Clipping Imprensa – OAB Nacional defende exame toxicológico para motoristas profissionais

Clipping Imprensa – OAB Nacional defende exame toxicológico para motoristas profissionais

Florianópolis, 29.1.16 – A obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas profissionais ganhou mais um aliado. A OAB Nacional acaba de ingressar como parte interessada na ação que corre no STF para defender a necessidade de exame toxicológico para motoristas com CNH nas categorias C, D e E.
De acordo com o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, não há inconstitucionalidade na exigência do novo teste toxicológico para os caminhoneiros e outros profissionais.
“A questão deve ser abordada do ponto de vista da segurança da sociedade. O exame virá em benefício dos motoristas profissionais para assegurar a qualidade no trabalho”, ressalta.
O exame já está regulamentado pela Lei Federal 13.103/15 e sua obrigatoriedade terá início em 02 de março para a emissão e renovação da CNH e na admissão e desligamento de motoristas profissionais. O teste irá detectar a utilização recorrente de drogas como maconha, cocaína, opiáceos, anfetaminas e metanfetaminas, com visão retroativa mínima 90 dias.
Na ação, Marcus Vinícius aponta que a obrigatoriedade do exame prevista na Lei justifica-se pela dramaticidade dos números decorrentes dos acidentes com veículos pesados de carga e passageiros. (Fonte: Revista Carga Pesada)

CNT divulga pesquisa inédita sobre taxistas. Crise econômica e clandestinos estão entre as queixas

A Confederação Nacional do Transporte divulgou hoje (28/1/2016) na internet sua primeira Pesquisa CNT de Perfil dos Taxistas, com informações gerais sobre o profissional e a atividade. Foram entrevistados 1.001 taxistas nas principais regiões metropolitanas de 12 Unidades da Federação.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 14 de novembro de 2015 em locais de grande fluxo de taxistas, como regiões centrais, aeroportos, estações rodoviárias, de metrôs e de trens urbanos. Os taxistas responderam questões sobre saúde, rotina de trabalho, segurança e concorrência com o Uber, entre outros assuntos.
A maioria (94,9%) acredita que houve diminuição na demanda por seus serviços no ano passado. Para 43%, o motivo foi a crise econômica do país e 30,3% consideram que a causa seja consequência do transporte clandestino/ilegal.
Mais de dois terços (72%) são taxistas há mais de cinco anos e 93,9% possuem veículos com até seis anos de uso. A maior parte (45,7%) concluiu o ensino médio. Entre os pontos positivos citados em relação à profissão, 62,3% alegam ter autonomia para definir o horário de trabalho e 40,7% gostam da flexibilidade da jornada. Mas 74,6% consideram a profissão perigosa e 51,4%, desgastante. Ao comentar sobre os riscos, 28,5% disseram ter sido vítimas de assalto pelo menos uma vez nos últimos dois anos.
Os taxistas comentaram o que pensam sobre o aplicativo Uber. Entre os 92,1% que já ouviram falar desse serviço de transporte de passageiros, 72,0% disseram ser contra a legalização. 59,9% consideram a possibilidade de oferecer um serviço diferenciado em seu táxi para torná-lo mais vantajoso na concorrência com o Uber. Nas cidades onde o Uber opera (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua atividade devido a esse serviço, pois houve diminuição de passageiros.

Confira os principais dados
Idade média: 47,2 anos/Renda mensal líquida: R$ 2.675,42
Dados do veículo  93,9% possuem veículos com até seis anos de uso
Demanda 94,9% acreditam na diminuição da demanda por seus serviços em 2015. Para 43%, o motivo foi a crise econômica e para 30,3%, o transporte clandestino/ilegal
Reivindicações e custos Maior fiscalização do transporte clandestino/ilegal (57,8%)/Redução de taxas e impostos no consumo de combustível (57,6%)/ Mais segurança policial (55,9%)/Financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de táxi (42,5%). Os entrevistados gastam, em média, R$ 1.361,06 com combustível
Uber  92,1% já ouviram falar. Desse total, 72,0% são contra a legalização. 59,9% consideram oferecer no seu táxi serviço diferenciado para torná-lo mais vantajoso na concorrência com o Uber. Caso o Uber seja regulamentando na cidade em que atuam, 23,6% têm interesse em trabalhar com ele. Nas cidades onde o Uber opera (Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília), 68,6% dos taxistas perceberam impacto negativo em sua atividade.
Riscos 28,5% foram vítimas de assalto pelo menos uma vez nos últimos 2 anos
Atividade de taxista 72% são taxistas há mais de cinco anos.Pontos positivos: 62,3% alegam ter autonomia para definir o horário de trabalho como o principal ponto positivo da profissão; 40,7% consideram a flexibilidade de horário da jornada * Pontos negativos: 74,6% acham a profissão perigosa
Entraves 41,7% citam a burocracia para obter a permissão como o principal problema para se tornar taxista e 30,2% acreditam que o valor da permissão é o principal problema
Saúde 74,2% estão acima do peso/46,2% procuram profissionais de saúde de forma preventiva/ 82,2% não possuem plano odontológico/16,7% já tiveram ou se trataram de problemas de pressão alta, 16,4% de problemas de visão e 14,7% de problemas de coluna.
Refeições 45,9% não têm local certo de fazer refeições e 28,1% se alimentam em casa/ 83,6% fazem mais de três refeições diárias
Internet * 78,5% utilizam. Dentre eles, o principal local de acesso é o aparelho celular (85,2%) e 63,0% acessam em casa
Endividamento 49,4% têm dívidas a vencer. Desse total, 35,2% têm dívida superior a R$ 6.000
Forma de operação 72,0% operam em ponto fixo, 33,4% operam com cooperativa/empresa e 33,0% operam por aplicativos
Medicamentos receitados 25,0% utilizam remédios controlados. Desses 52,4% são remédios para problemas de hipertensão, 22,0% para problemas de diabetes e 10,8% para problemas cardíacos (Fonte: Agência CNT – Extraído do Portal Adjori BR)

Vale quanto pesa

O governo do Estado pretende investir R$ 24 milhões na recuperação das rodovias estaduais em 2016. O dinheiro poderá ser desperdiçado caso a fiscalização do transporte de cargas de caminhões continue desativada. O Deinfra chegou a ter sete balanças pelo Estado, mas desde 2006 nenhuma está em operação.

Aliás – SC tem 4 mil quilômetros de rodovias estaduais e deve chegar a 5 mil até 2018. A recuperação completa de cada quilômetro, com nova camada de asfalto, custa cerca de R$ 1 milhão. Mas dá para fazer tapa-buraco até com R$ 150 mil. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)

Bilhetagem

O usuário do sistema de transporte público de Blumenau não deve ter problemas com o uso e a recarga do cartão Siga quando a Piracicabana começar a operar na cidade.
Na tarde de ontem, a Justiça concedeu decisão liminar em ação movida pelo Ministério Público, a pedido da prefeitura de Blumenau, obrigando as empresas do consórcio Siga a liberar, em 48 horas, o acesso ao sistema de geração de créditos. Era o que faltava, segundo o prefeito Napoleão Bernardes, para garantir uma transição mais tranquila para o usuário em relação ao uso e recarga dos cartões.
O advogado do consórcio Siga, Antônio Marchiori, ficou sabendo da decisão pela coluna e preferiu se manifestar depois de analisar o teor completo da decisão. Lembrando que a Viação Piracicabana foi contratada na segunda-feira em regime emergencial depois que a prefeitura rescindiu o contrato com o consórcio Siga, que prestava o serviço na cidade desde 2007. A previsão é que o serviço comece a ser prestado na segunda-feira, depois de uma semana de paralisação.

Sem concessão – No mesmo dia em que assinou o contrato emergencial do transporte público em Blumenau, a Viação Piracicabana recebeu a notícia de que não poderia mais operar no Distrito Federal. Lá a Justiça anulou a licitação que concedeu parte do serviço à empresa. Segundo a decisão, as vencedoras foram beneficiadas no processo.
O prefeito Napoleão Bernardes diz que lá a decisão é de primeira instância e que ainda cabe recurso às empresas. Por enquanto, ele diz que não se preocupa e prefere se apegar ao fato de que a Viação Piracicabana é uma empresa sólida com mais 14 mil funcionários e que atua no transporte coletivo de 17 cidades brasileiras, sempre com a mesma razão social.

Mais prazo para a BR-470 – O Ministério dos Transportes prorrogou o prazo para a apresentação dos estudos técnicos necessários à concessão da BR-470. O prazo que expirou na segunda-feira, dia 25 de janeiro, passou para 15 de junho. Os estudos serão avaliados por uma comissão formada por técnicos da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) e Secretaria de Fomento para Ações de Transporte (Sfat), do Ministério dos Transportes. O alerta foi feito em redes sociais pela Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs), que acompanha todo o processo. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)

Sem apoio da polícia rodoviária, protesto contra violência no trânsito divide opiniões

A pedalada programada para ocorrer hoje, a partir das 19h, na SC-401, em Florianópolis, não terá o apoio da Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRv). O evento marcado pelas redes sociais já conta com mais de 600 confirmados e é um protesto contra a falta de segurança na rodovia e pela morte da ciclista Simoni Bridi, atropelada no último domingo.
Segundo a PMRv, o horário e dia escolhidos para a manifestação não oferece uma “interação saudável com pedestres e motoristas”, ressaltando o período de férias e os constantes congestionamentos no local. Uma nova data foi sugerida durante reunião com representantes da PMRv, 4o BPM e Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis, a Viaciclo. na sede do batalhão, ontem à tarde. Uma nova passeata ficou agendada para o próximo dia 14. Mesmo assim, o evento de hoje segue confirmado.

Data do evento levanta debate – O diretor da Viaciclo, o biólogo Daniel de Araújo Costa, diz não concordar com a realização do manifestação em uma sexta-feira, fim de tarde, por conta dos riscos à segurança dos próprios ciclistas.
– Entendo os ânimos exaltados. Estamos lutando por uma ciclovia na SC-401 desde 2001 e nada acontece. Mas concordo que não é o melhor dia para a realização da manifestação – defende.
No evento criado no Facebook, a mobilização marcada para as 19h, tendo como ponto inicial de encontro o Koxixos, na Beira-Mar Norte, seguindo até o Centro Administrativo do Governo do Estado de SC, na SC-401, onde farão um ato e lerão uma carta de reivindicações.
Rodrigo Herd, responsável pela criação do evento na rede social, disse que a manifestação vai ocorrer mesmo sem o apoio da PMRv e de outras entidades.
Em menos de dois meses, dois ciclistas e uma pedestre foram mortos por ato de imprudência dos motoristas: Roger Bitencourt, Simoni Bridi e Micheli Bitencourt. Nos dois últimos casos, os responsáveis sequer prestaram socorro e a polícia investiga quem seriam os autores. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Foltran)

Por que o Conselhão está de volta?

A reedição do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, é uma tentativa da presidente Dilma de começar 2016 com o pé direito. As crises econômica e política levaram a presidente a um isolamento no ano passado. De empresários a sindicalistas, todos mostram descontentamento. Ameaçada pelo impeachment, Dilma precisa reconstruir pontes. Por isso afirma que está aberta ao diálogo e pede respaldo para batalhas complicadas, como a volta da CPMF. Para quem viu a presidente desprezando o Conselhão em seu primeiro mandato, o difícil é acreditar que todo esse barulho não passará de um factoide de véspera de Carnaval. A crise exige, no entanto, que a presidente ouça.

Melhorou – Veterano do Conselhão, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor Müller, considerou este começo melhor do que o primeiro dia do grupo anterior. Müller acompanhou os trabalhos no primeiro mandato de Dilma e saiu ontem do Planalto com a impressão de que a interação e a participação dos conselheiros terão mais importância.

Quem quer? – Apesar do apelo da presidente Dilma pela volta da CPMF, conselheiros saíram da primeira reunião afirmando que esta é uma proposta de difícil acordo. Ninguém quer saber de aumento de carga tributária.

Reação – Questionado na saída do Conselhão, o ministro Aloízio Mercadante (Educação) levava em uma pasta o projeto de acordo com o Sistema “S” para assegurar o funcionamento do Pronatec neste ano em todo o país. Será uma parceria com o MEC e entidades como Sesc e Senac. As medidas devem ser lançadas o mais breve possível.

Agora vai – Pressionado pelos movimentos sociais, o governo ressuscita também o tema da reforma agrária. O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário) instalou ontem uma sala de situação para levantar o número de acampados, o perfil das famílias e as terras disponíveis para desapropriação. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)

Medidas de Dilma não devem animar economia

Balançada pela afirmação do FMI de que o Brasil terá um segundo ano de recessão profunda e
inda sob o risco de sofrer impeachment, a presidente Dilma Rousseff convidou estrelas nacionais de diversos setores para compor o Conselhão e aproveitou a primeira reunião, ontem, para anunciar um pacote de medidas para tentar a retomada do crescimento econômico e um pouco do ajuste fiscal. Entre os 92 integrantes do conselho estão dois catarinenses, o presidente do conselho da WEG, Décio da Silva, de Jaraguá do Sul; e a ex-jogadora de vôlei Ana Beatriz Moser, de Blumenau. A principal medida de impacto foi a linha de crédito de R$ 83 bilhões. Mas como as taxas de juros serão altas, não esses recursos não devem registrar corrida aos bancos. Outra preocupação é o crédito ao consumidor, que já está muito endividado. Também chamou atenção o fato de a presidente dizer que quer ouvir os integrantes do conselho, mas o que fez, de fato, foi usá-los para pedir apoio à medidas de ajuste que não teve coragem de implementar até agora como a reforma da Previdência e aprovação de nova CPMF para ampliar receitas.
Tudo indica que essa reunião de ontem será marcada mesmo pela tentativa da presidente de mostrar que vai mudar sua postura de comandante única da economia do país, que resultou nesse estrago generalizado, e que vai ouvir diversos setores. A dúvida é se alguém vai acreditar nisso. Vale lembrar que o Conselhão existe desde o primeiro mandato do presidente Lula, mas foi Dilma quem menos valorizou o grupo desde que assumiu o comando do país. Agora, num período de dificuldade, tenta mostrar nova postura.
A proposta de reforma da Previdência, sempre negada pelo partido da presidente desde a eleição de 2002, já foi criticada ontem por sindicalistas, mas é necessária porque o país não tem dinheiro para pagar aposentadorias a pessoas com cerca de 54 anos ou um pouco mais. Já o pedido de apoio para a aprovação da CPMF parece demais porque o Brasil não suporta mais alta de impostos. Dilma falou que o país fez um ajuste profundo, mas não é verdade. Por isso, muito pouco pode-se esperar de resultados positivos dessa reunião do Conselhão.

Catarinenses no Conselhão – Dois nomes fortes de Santa Catarina integram esse novo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social: Décio da Silva, da WEG, e Ana Moser. No Conselhão anterior, a então presidente da Dudalina, Sônia Hess, era uma das integrantes. Empresário de sucesso internacional pela sua atuação na multinacional da família, Décio, a exemplo de outros líderes, tem sugestões concretas para melhorar o país. Entre as razões de sucesso da WEG estão o planejamento de longo prazo e a qualidade das pessoas. Isto vale também para um país. O problema é que os governantes brasileiros não conseguem pensar além da próxima eleição. Ana, 47 anos, que integrou a equipe que trouxe a primeira medalha olímpica de vôlei ao país, também é referência na sua trajetória como atleta e no trabalho que faz hoje à frente do Instituto & Esporte Educação, em São Paulo.

Fiesc cobra ações do vice – Mais convicto de que o impeachment está distante e que Dilma poderá terminar seu mandato, o vice-presidente Michel Temer falou em Florianópolis em unidade e retomada do crescimento econômico. Citou o projeto do seu partido, o Ponte para o futuro, que tem propostas elogiadas para a recuperação da economia. Resta saber se sairão do papél. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, anfitrião do evento do vice com empresários, citou, ponto a ponto, as prioridades empresariais e cobrou condições para poder trabalhar. O fato é que a gestão Temer-Dilma, além de desequilibrar a economia, virou as costas para a competitividade brasileira no mundo. Entre as falhas bem lembradas por Côrte estão a falta de produtividade e de inserção internacional da economia. São muitas coisas a serem consertadas. Temer precisa ajudar.

Crise profunda – No Norte do Estado, o que mais se comenta é o impacto da crise e do Petrolão na economia da região. A queda nas vendas de autopeças e para o segmento de óleo e gás estão causando dificuldades grandes para alguns grupos empresariais importantes. A expectativa é de que eles consigam reverter as dificuldades no médio prazo. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)

Caminhos para o desenvolvimento

Depois de um ano e meio de isolamento e de muitas decisões equivocadas, a presidente Dilma Rousseff reuniu ontem o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social com o propósito de receber dos representantes da sociedade brasileira sugestões de estratégias para o enfrentamento da crise. O Conselhão – como é chamado – é composto por empresários, sindicalistas, representantes de movimentos sociais e de outros setores representativos dos cidadãos. A pauta da reunião não poderia ser mais desafiadora: apontar caminhos para o desenvolvimento em meio a uma das maiores crises da história do país.
Ainda que o processo de impeachment esteja em banho-maria e tenda a ficar paralisado até depois do Carnaval, talvez até março, a verdade é que a tempestade de frustrações ainda não passou. Com a nova fase da Operação Lava-Jato voltada para a investigação de um negócio imobiliário suspeito envolvendo a família do ex-presidente Lula, a crise política recrudesce, por conta da proximidade entre o ex-presidente e o Planalto. Somam-se a ela a gravíssima questão da saúde decorrente da epidemia de zika vírus, a retração econômica que não dá mostras de arrefecer, a inflação descontrolada, o desemprego crescente e a violência urbana, que já se tornou rotineira. Recolocar o país no rumo do crescimento em 2016 é um desafio monumental para os governantes, para as lideranças políticas e de todos os setores da sociedade brasileira. Resta esperar que as sugestões dos conselheiros ajudem o governo a redefinir prioridades e a encontrar saídas para a crise. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)

Temer: a viagem das frustrações

Industriais catarinenses, que batalham na busca de soluções diante das adversidades da grave crise nacional, viajaram mais de 150 quilômetros do norte e do sul para ouvir o vice-presidente da República. Dirigentes do sistema Fiesc atenderam o convite do presidente Glauco Côrte e percorreram outros 400 quilômetros do Vale do Rio do Peixe para ouvir Michel Temer. Outros suspenderam atividades, atravessaram o Estado percorrendo mais de 600 quilômetros esperando algum fato que os animasse diante deste cenário caótico.
A esmagadora maioria dos empresários que foi prestigiar a iniciativa da Fiesc retornou com justificada decepção e mais desânimo.
Esperavam que o presidente Michel Temer assumisse algum compromisso político de, no mínimo, defender a execução do plano Ponte para o Futuro, com propostas modernizadoras para tirar o Brasil deste triste atoleiro. Afinal, o documento foi elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães e subscrito pelo sr. Michel Temer.
A fala de Glauco Côrte teve mais conteúdo e estava mais identificada com o tradicional otimismo do empresariado de vencer esta catástrofe do lulopetismo, do que a resposta do sr. Michel Temer. Perdeu uma oportunidade de ouro. Ficou centrado em concepções teóricas, depois elogiou o documento com 15 itens da Fiesc, aprovou a fala de Côrte e fez apenas uma menção sobre a flexibilização da lei trabalhista.
– Um sabão – definiu o empresário André Gaidzinski, da Facisc.
– Nem devia ter vindo – completou Ingo Fischer, vitorioso industrial do Vale do Itajaí.
Ambos refletiram as frustrações da plateia, cuja síntese era: “O que ele veio fazer aqui?”

Investimentos – Durante a reunião do secretariado estadual, em Lages, Raimundo Colombo enfatizou que o governo tem garantidos R$ 2,5 bilhões do pacto para Santa Catarina no orçamento deste ano. São recursos de financiamentos já contratados e disponíveis. O tesouro tem previsto mais R$ 1,2 bilhão, o que deverá gerar mais empregos e permitir o enfrentamento da crise.

Engarrafamentos – Toda solidariedade aos parentes dos ciclistas mortos na SC-401. Apoio integral para as entidades e ciclistas que pedem medidas de segurança. Mas esta proposta de fechar a mais movimentada rodovia estadual catarinense para fazer protesto, numa sexta-feira, não pode prosperar. As autoridades têm que vetar o pedido. Se acontecer, vai aumentar o caos no trânsito da Ilha de Santa Catarina. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)

Temer defende candidatura do PMDB na eleição presidencial

A palavra união teve preferência nos pronunciamentos do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), durante a agenda partidária que cumpriu em Florianópolis e Curitiba ontem. No entanto, no principal anúncio do dia, o recado foi outro. O peemedebista garantiu que o partido, atual aliado do governo petista, terá candidato próprio na corrida presidencial de 2018. Temer cumpre agenda em todos os Estados do país com a chamada Caravana da Unidade, pela campanha nas eleições internas do PMDB, prevista para ocorrerem em março. Durante a tarde de ontem, o vice-presidente se encontrou com líderes da legenda no Estado na sede da Assembleia Legislativa (Alesc) e depois com empresários na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Após cumprir agenda do partido em Curitiba, Michel Temer chegou em Florianópolis por volta das 15h40min. Com um atraso de cerca de 40 minutos em relação ao cronograma oficial, o encontro a portas fechadas com líderes do PMDB catarinense teve que ser curto na Alesc. Em seguida, o vice-presidente anunciou que o partido vai ter um candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018, mas não adiantou nomes. Questionado se isso não significaria uma cisão com a presidente Dilma Rousseff, Temer respondeu:
– O nosso partido tem o direito de se manifestar e propor soluções para o país, como outros partidos como PSDB e PT também fazem. É o que a Caravana da União está fazendo. Estamos pensando nessa unidade em 2018, então eu asseguro que o PMDB terá um candidato próprio à Presidência da República.
Ele foi recebido por lideranças estaduais do PMDB, como o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, o senador Dario Berger e o deputado federal Mauro Mariani. Temer está em campanha para reeleição na presidência do partido e teve apoio em Santa Catarina.
– A presença dos líderes do PMDB de SC hoje é um sinal de que estamos apoiando Temer – disse Pinho Moreira.
Após os recentes episódios de racha no partido, com parte apoiando a presidente Dilma Rousseff e outra fazendo campanha pelo impeachment, o discurso de união interna foi comentado.
– A natureza do PMDB é de um partido dividido, mas apoiamos juntos o movimento nacional pela união. Temos que ter um projeto de governabilidade – afirmou o deputado federal Mauro Mariani.

Fiesc faz 15 pedidos de recuperação à economia – A lista com 15 pedidos de ações que seriam prioritárias para a recuperação da economia brasileira entregue pela presidência da Fiesc tinha pleitos antigos dos empresários, como mais investimentos em infraestrutura e logística, além de redução da carga tributária. Mas o presidente da entidade, Glauco José Côrte, afirma que um item pode ser essencial para a melhora do país:
— Nenhuma proposta que estamos entregando é nova, apenas precisamos de um ambiente político melhor para fazer as reformas que não fizemos quando o país estava crescendo. O país perdeu 1,5 milhão de empregos no último ano e isso é a face mais cruel da nossa situação econômica. Além disso, o Estado gasta 14% com logística, enquanto nossos concorrentes de outros países não chegam a ter 9% com essa despesa.
Acompanhado dos ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, respectivamente presidente e vice-presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Temer lembrou do programa Uma ponte para o futuro em palestra para a Fiesc, apresentado pelo PMDB junto com a fundação no ano passado. O documento continha medidas para a retomada do crescimento do país.
– Para um país crescer, é preciso ter um governo forte, que representa as instituições; a governança, representada pelo apoio político; e a governabilidade, que é o apoio da sociedade. No caso atual, estamos sem esse último apoio, que é representado pela desconfiança da população e dos empresários – afirmou o vice-presidente da República.
“Muitos programas importantes implementados no país na última década dependeram do apoio do PMDB. Há divergências internas que nós temos administrado com muita tranquilidade. Aliás, essa divergência faz a grandeza do nosso partido.” – Michel Temer, Vice-presidente da República.
“Precisamos de um ambiente político melhor para retomar o crescimento. O cenário atual é crítico. Não há consenso em torno de um projeto nacional de governo para a economia e isso se reflete na perda de empregos.” – Glauco José Côrte, Presidente da Fiesc. (Fonte: Diário Catarinense – Hyury Potter)

Política na crise

Na prefeitura de Florianópolis houve quem lamentasse que o vice-presidente Michel Temer tenha vindo à cidade de avião particular, ou seja, sem passar pelo caótico terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Hercílio Luz.
O que se esperava era que Temer trouxesse na bagagem alguma boa notícia para a Capital ou para o Estado, como a liberação de recursos para a ampliação do aeroporto, por exemplo. Mas não foi o que aconteceu. O vice-presidente da República, que nem sequer comunicou ao governador do Estado ou ao prefeito sua vinda, deixou Brasília num dia útil, com recursos p&u
cute;blicos, para fazer política partidária.

Trânsito – Fechar a entrada da Beira-Mar Norte que sobe para a Mauro Ramos, obrigando todo o trânsito a seguir até o próximo acesso, onde se encontra todo o fluxo que vem das praias e Trindade, parece não ser a melhor solução. O congestionamento monstro de ontem que acabou travando toda a cidade mostrou a ineficiência da medida. É sabido que, em dia de chuva no verão, os turistas vão para o shopping, mas é preciso ordenar também as filas que se formam para acessar os estacionamentos. É hora de repensar!

Feio – Aproveitando o acidente na SC-405, terça-feira, quando caíram árvores e poste bem na curva do Morro das Pedras, provocando transtornos e mostrando como é fantástica a vista daquela parte da Ilha, bem que a Celesc poderia retirar os 11 postes, tortos e desalinhados, fazendo a fiação subterrânea, ampliando ainda mais o panorâmico visual, ponto de parada de turistas e nativos. Na Dinamarca dá. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)

Saudável desorganização

Começou. Ensaios, blocos, a República do Carnaval substituindo esta outra, destituída de todo o prestígio. O Carná promete. Nas ruas, os sujos desfraldarão o estandarte da sujeira política e da crise moral e econômica.
Tomara que o samba inaugure um supermercado de boas ilusões, o “tríduo” que inaugura a feira de prazeres e irresponsabilidades. Um pouco de tudo do que precisamos neste momento, enquanto vigora lá fora um sol adriático no palco da Ilha mais bela do mundo.
Como nem tudo é perfeito, a previsão do tempo está informando que o Carnaval terá uma mistura de chuva e sol e será regido por uma oscilação climática, com direito a calorão, mas também a vento sul.
Ainda bem que a previsão do tempo também é imprevisível. Será ótimo desligar a psiquê deste fatigado universo de pequenas e grandes tragédias que é o Brasil – e hastear no horizonte um pouco da alegria perdida com tantas mazelas políticas.
Será bom pensar numa alegoria bem apropriada. A fantasia “Brasil”, talvez. Que se resume em sair por aí de bunda de fora, com um cartaz na mão:
“A corrupção é uma erva daninha!”
O Carnaval precisa se transformar num “estado de espírito”, durar o ano inteiro. Três dias, dentre 365, não bastam para passar mercúrio cromo nas feridas do povo e calibrar a paciência para mais uma campanha eleitoral neste ano de 2016 – que deverá ser “limpinha”, como sempre…
O cidadão não deve esperar que o governo, esse folião falido, patrocine o seu Carnaval. Como toda empresa enxuta, o Carnaval deve ser conduzido pelos seus próprios interessados, os foliões.
Convocai vossas costureiras – ó folião! Esticai o couro dos vossos tamborins e mandai fazer uma fantasia bem transparente!
Muito mais transparente do que todas as administrações públicas. Mas não deixai meia ou cueca carnavalesca ao alcance de certas “otoridades”. Elas adoram misturar purpurina com propina.
O Carnaval, mesmo em meio à crise, é a última instituição séria deste planeta, principalmente porque não há nenhum governo organizando a sua saudável desorganização.
A festa de Momo é um daqueles raros momentos em que o governo sempre tem chance de acertar em cheio. (Fonte: Diário Catarinense – Sérgio da Costa Ramos)

Ciclistas conscientes

Muito se fala sobre acidentes envolvendo veículos e bicicletas. Infelizmente com registro de mortos e feridos. Culpa-se a imprudência dos motoristas – os principais culpados –, mas não se pode esquecer que, em muitos casos, os ciclistas também não seguem as regras de trânsito. Ontem, na esquina de casa, o semáforo ficou verde para mim e, quando avancei, não atropelei por questão de segundos um ciclista que furou o sinal. Se ocorresse a colisão, com certeza, a culpa recairia sobre o automóvel. Há poucos dias, uma bicicleta, sem nenhuma luz de alerta, surgiu na minha frente na contramão. Com muita sorte, consegui desviar do ciclista. E são vários os exemplos. É preciso enxergar os dois lados da moeda. Assim como motoristas, há também os ciclistas conscientes e os imprudentes.
Só no primeiro semestre de 2015, o Ministério da Saúde registrou 4.871 internações de ciclistas acidentados no país. Com certeza estes números estão subestimados, porque muitos casos não são sequer registrados. Mariana da Silveira, mestra em Engenharia de Transportes, acredita que a capacitação do ciclista deveria ser realizada ainda na infância, o que acontece naturalmente em países referência em bikes, como Alemanha e Holanda. Segundo a engenheira, já há iniciativas do terceiro setor que buscam capacitar ciclistas e motoristas para compartilharem o espaço em harmonia.
Uma dessas iniciativas é a Bike Anjo, que oferece orientação gratuita aos iniciantes. Os ciclistas mais experientes orientam os que estão começando e são apelidados de “anjos”. Atualmente já são 2.020 voluntários cadastrados em 348 cidades brasileiras. Uma grande ideia. Espero que se espalhe pelo Brasil inteiro. Entre as dicas básicas repassadas pela ONG estão: pedale com segurança, exerça direção defensiva, nunca pedale na contramão, ocupe pelo menos um terço da faixa de rolamento, cuidado com a abertura de portas dos carros parados e respeite o que diz o Código de Trânsito Brasileiro. Somente se cada um de nós fizer a sua parte, teremos no futuro um trânsito mais humano. (Fonte: Diário Catarinense – Viviane Bevilacqua)

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