10.10.16 – O entrevistado deste fim de semana é Raul Machado, diretor da BB Barcos, construtora e operadora de Catamarãs para transporte de passageiros.
Na opinião do senhor, por que o transporte marítimo não deslancha na Grande Florianópolis?
Temos uma autorização provisória com validade de dois anos concedida pelo Deter. Possuímos experiência no transporte marítimo e hidroviário, com embarcações operando em Porto Alegre, Ilha Comprida (SP), Santos, Ilhabela, São Luiz do Maranhão, Belém, Santarém e outros pequenos municípios. O maior problema na implantação do transporte marítimo na Grande Florianópolis é a burocracia. São muitos itens, e cada um demora para ser analisado. O Plamus, que serve de orientação a técnicos e autoridades, tem equívocos importantes de origem, fazendo com que o transporte marítimo seja considerado complementar, quando na verdade, pela geografia da Grande Florianópolis, deveria ser o principal.
O que falta e quanto custaria a integração deste modal?
Falta aprovação da Fatma e posteriormente da SPU. Após isto, pequena dragagem, diminuição e restauração do trapiche existente atrás do Centrosul. Temos quatro embarcações prontas para iniciarem a operação. O custo para os municípios será zero, enquanto os BRTs ficam na casa do bilhão de reais. Veja um exemplo: uma travessia entre o Bairro Aririu (Palhoça) e o Centrosul (Florianópolis) levaria apenas 15 minutos, com ar condicionado, duas TVs e sem jogar (balançar) nada, pela característica das embarcações. Tudo pelo preço médio de uma passagem de ônibus.
(Fonte: RAFAEL MARTINI – DIÁRIO CATARINENSE)
Repúdio – A audiência pública da Assembleia Legislativa para debater a situação das rodovias federais em Santa Catarina frustrou todas as expectativas. O diretor do DNIT não compareceu e nem mandou representante. O deputado Gabriel Ribeiro (PSD) propôs um ato de repúdio pelo desrespeito com a população.
(Fonte: MOACIR PEREIRA – DIÁRIO CATARINENSE)
Pedido de impeachment – Coletivo Itajaí, empresa responsável pelo transporte coletivo na cidade, encaminhou à Câmara de Vereadores um pedido de abertura de CPI e de processo de impeachment contra o prefeito Jandir Bellini (PP),alegando crime de responsabilidade.
A empresa afirma que a liberação de reajustes de passagens menores do que os solicitados e em desacordo com o contrato a levaram a um prejuízo de R$ 70 milhões.
A Coletivo alega ter alertado o município extrajudicialmente mais de uma vez , sem resultado. A denúncia foi lida em plenário e encaminhada para a Comissão Permanente de Fiscalização e para a Procuradoria Geral do Legislativo.
O último reajuste ocorreu em julho do ano passado, quando a passagem, paga na hora, passou para R$ 3,60. A antecipada custa R$ 3,27.
Em fevereiro o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC)confirmou uma decisão judicial que determinou a anulação do contrato de transporte coletivo em Itajaí, com base em um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que acusou o município de ter direcionado o resultado da licitação, feita em 2006.
A empresa, entretanto, recorreu da decisão _ o que permitiu que mantivesse os serviços.
(Fonte: DAGMARA SPAUTZ – DE PONTO A PONTO – DC)
Cheia de erros – Não é somente as grafias de Guatambu e Caxambu que estão erradas na placa instalada em Guatambu, anunciando a obra da SC-484, entre Guatambu e Caxambu do Sul. A informação de que os trabalhos se iniciaram em 3/10/2014 e seriam concluídos em 28/9/2015 não tem relação com a realidade de quem passa por uma estrada de 10 quilômetros de chão. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Infraestrutura do Estado, aumentou o preço do asfalto e não havia recursos para tocar todas as obras do Pacto por Santa Catarina. A secretaria está buscando outras fontes de recursos.
(Fonte: DARCI DEBONA – DE PONTO A PONTO – DC)
FCDL na audiência pública sobre obras nas BRs de SC – A manutenção e investimento governamentais em oito rodovias federais foi tema de audiência pública na quarta-feira, 5 de outubro, na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina). A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC) participou do ato, que contou com outras entidades do setor produtivo catarinense.
Foram apresentados dados de investimento do Governo Federal nas BRs 470, 101, 282, 280, 116, 153, 158 e 163, além do Contorno Viário da Grande Florianópolis. Coube à concessionária Arteris prestar contas com a exibição de informações e imagens da obra que pretende deslocar o fluxo no entroncamento do acesso à capital com a Via Expressa.
Na avaliação da FCDL/SC, a ausência de investimentos e de manutenção destas rodovias também afeta o varejo catarinense, à medida que encarece o transporte de mercadorias e desestimula o catarinense a percorrer o estado, conhecer e consumir em todas as regiões.
Para Ivan Tauffer, presidente da entidade, é crucial que haja diálogo entre os órgãos governamentais e o setor produtivo catarinense, “sob pena de prejudicar o cidadão que contribui com seus impostos religiosamente e vê pouco retorno”, afirma.
Ele ainda considera que os agronegócios no Oeste ficarão sem competitividade brevemente, afetando os empregos por falta de obras essenciais que possibilitem manter a economia na região, já sufocada pelo custo logístico.
O deputado Milton Hobus, que propôs a audiência, afirmou que o encontro teve como principal objetivo garantir unidade de voz e de encaminhamentos para que Santa Catarina possa ser olhada de modo diferente. “Se não fizermos o dever de casa, a economia de Santa Catarina será duramente afetada”, disse.
Na audiência, o vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias de SC), Mário Cesar Aguiar, fez uma apresentação dos dados de 57 obras que a entidade monitora e o resultado apontou que 56,7% estão em atraso ou com andamento comprometido. “Nem todos os problemas são falta de dinheiro. Há obras que aguardam licenciamentos ambientais, outras desapropriações e algumas dependem de projetos e estudos”, explica.
Para o setor de transportes, o custo da má conservação das rodovias ocasiona uma perda de faturamento de R$ 198 por hora parada. O mau estado das rodovias também tem um custo em acidentes, aumento das apólices de seguro, aumento do custo de manutenção dos veículos, perda de produtividade e de receita, atendimentos de saúde, perda de qualidade de vida e aumento da emissão de poluentes.
“Santa Catarina vai apresentar ao governo federal um pleito de necessidades coordenadas. Estamos comprometidos em ter uma voz única que represente entidades, instituições e governos. Precisamos avançar e contamos com a participação de todos”, ressaltou o deputado Hobus. Após a elaboração do documento, uma nova audiência pública será agendada para a apresentação da versão final do relatório.
O presidente da FCDL/SC estava acompanhado no encontro do vice-presidente para assuntos públicos e políticos, Raul Weiss; da diretora distrital da Federação (25º Distrito), Maria de Lourdes Rosa; do procurador jurídico da entidade, Rodrigo Titericz; do presidente da CDL Palhoça, Josué da Silva Mattos; e do gerente de articulação de negócios da CDL Florianópolis, Helio Leite.
(Fonte: Assessoria FCDL)