Clipping Imprensa – Pouco espaço para muita gente

Clipping Imprensa – Pouco espaço para muita gente

Florianópolis, 5.1.16 – O movimento no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, neste início de temporada acompanha a expectativa do Estado em receber 30% a mais de turistas este ano. Só na última semana de dezembro, 8.000 passageiros embarcaram e desembarcaram por dia no aeroporto, mil a menos que nesta primeira semana do ano. Só de janeiro a novembro de 2015, 3,3 milhões de usuários passaram pelo Hercílio Luz.
Embora os números demonstrem grandiosidade e reforcem o selo internacional, a infraestrutura deixa muito a desejar. É o que diz o casal mineiro José Osvaldo Santos e Roselane Santos. Depois de sete dias na praia de Ingleses, eles aguardavam o embarque para Belo Horizonte sentados nas escadas próximas ao check-in. “Não tem lugar. É o jeito”, disse Roselane enquanto manuseava o tablet. “Não há conforto aqui, uma diferença grande em relação aos outros aeroportos nas capitais”, acrescentou José Osvaldo, que também queixou-se da falta de opção para comer: “Tem poucos restaurantes”.
Enquanto muitos passageiros aguardavam o embarque na mesma situação que José Osvaldo e Roselane, do outro lado do checkin um carro de luxo em exposição ocupava o lugar de cinco filas de poltronas destinadas aos usuários. Algo que não passou despercebido pelo casal mineiro. “É estranho fazer isso com tão pouco espaço”, disse o turista.
Já o estudante de administração Rodolfo Alves, 22, de São Paulo, criticou a internet wi-fi disponibilizada no aeroporto. Ele tentava acessar no celular enquanto esperava na fila do check-in. “Não consegui acessar quando cheguei, no dia 27 e não estou conseguindo agora. De resto não tenho queixas”, disse ele, que esteve pela primeira vez no litoral catarinense, na Praia do Rosa, em Garopaba.
As reclamações apontadas são as principais feitas pelos turistas, segundo um comerciante do aeroporto que não quis se identificar. “Essa falta de espaço e de estrutura atrapalha o comércio daqui. Esperamos que com a concessão, isso mude”, afirmou.

Estrangeiros não param de chegar – O Aeroporto Internacional Hercílio Luz recebe 3,6 milhões de passageiros por ano, maior movimentação do estado. Até o Carnaval, o terminal receberá 760 voos charters internacionais (argentina, Chile e Uruguai) e 624 voos extras domésticos. Só de novembro de 2015 a março de 2016, foram autorizados, segundo a Infraero, 385 voos charters internacionais, 93 a mais que na última temporada, quando foram aprovados 292. O destaque maior de estrangeiros é da argentina, 162 voos na temporada 2014/2015 e expectativa de 267 neste ano. Na tarde de ontem, um voo charter de Buenos aires pousou na ilha às 15h15 e deixou 161 argentinos. Vinte e dois deles foram para o santinho, 24 na Cachoeira de Bom jesus e 115 em Canasvieiras. O argentino Leonardo Dias trouxe as duas filhas e a mãe para passar as férias no Costão do Santinho. Ele já esteve outras vezes na ilha, mas essa é a primeira vez delas. “Gosto muito do calor daqui, do mar, das pessoas e da música”, disse. (Fonte: Notícias do Dia – Kelli Magri)

Flanelinhas batem ponto em estacionamento do Detran

Flanelinhas trabalham livremente dentro do pátio da sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no bairro Estreito, em Florianópolis. O problema é conhecido pelos despachantes e funcionários do órgão público, mas ninguém quer comprar essa briga. Em poucas horas, os guardadores de carros conseguem uma bela quantia em dinheiro.
O quarteirão onde funciona o Detran da Capital, na Rua Ursulina de Senna Castro, é cercado pelos supostos guardadores de carros. O motorista precisa apenas trafegar em baixa velocidade para ser abordado. O loteamento das vagas de uso comum é antigo, mas ninguém quer se indispor com esses homens.
– É constrangedor chegar a um serviço público e ter uma pessoa cobrando pela vaga que é de todos. Muitos pagam porque não querem comprar uma briga ou porque se sentem ameaçados. Eu coloquei o carro no pátio e não vou pagar – contou o servidor público, 41 anos, que prefere não ser identificado.
A reportagem do Hora, jornal do Grupo RBS, esteve em duas oportunidades no pátio do Detran. Na primeira, o flanelinha que estava dentro do departamento tentou intimidar a equipe. Quando percebeu que estava sendo fotografado, veio em direção ao repórter.
– Você está tirando fotos? Aqui ninguém cobra nada, as pessoas dão apenas o que querem – disse, em tom de intimidação.

Polícia já foi chamada, mas cobradores voltam – A verdade é que as vagas públicas neste quarteirão têm alguns “donos”. A reportagem identificou seis flanelinhas, sendo que alguns se revezam no mesmo ponto. Eles trabalham livremente e não ficam intimidados com a presença da imprensa ou da polícia.
Normalmente, eles estão de bermuda, camiseta e de óculos escuro. Uma funcionária do órgão desabafou quando soube da reportagem.
– A Polícia Militar já foi chamada várias vezes, mas eles voltam. O problema é que não podemos fazer nada, porque nós estamos aqui todos os dias e tememos por represálias – comentou a servidora.
Sem saber que estava conversando com um repórter, um segurança do Detran confirmou as frequentes queixas dos usuários.
– Recebo reclamações todos os dias e encaminho as pessoas para a Ouvidoria – revelou.
A diretoria do Detran de SC informa que já existe um estudo para fechar o pátio e delimitar a área de estacionamento do órgão. Assim, haveria cancelas para controlar a entrada e a saída dos usuários. A nota ressaltava que tudo deve ocorrer em um futuro próximo e o Detran busca recursos para viabilizar o projeto. (Fonte: Jornal Hora de Santa Catarina – Michael Gonçalves)

Bolsa chinesa treme e abala resto do mundo

Sem que os analistas tenham conseguido identificar de forma clara a razão de movimento tão brusco, o mercado acionário chinês teve ontem um novo pregão de forte queda, espalhando aversão ao risco para as demais grandes bolsas de Ásia, Europa e Américas. Com o gatilho do indicador que mostrou, sem surpresas, retração da atividade industrial do país pelo décimo mês consecutivo, Xangai encerrou a segunda-feira com retração de 6,86%. A curiosidade é que a forte baixa levou ao acionamento do circuit breaker, mecanismo que interrompe os negócios quando há grande variação dos índices de ações, logo no dia de estreia.
À reboque do mercado chinês e das incertezas quanto à aterrissagem da economia do gigante asiático, a bolsa de Tóquio, no Japão, caiu 3%, Frankfurt, na Alemanha, recuou 4,28% e o índice Dow Jones, da Bolsa Mercantil de Nova York, teve queda de 2,16%.
Em uma situação ainda mais frágil, o Brasil não escapou do contágio. Enquanto o índice Ibovespa teve perda de 2,79%, o dólar subiu 2,18% e voltou a superar a barreira dos R$ 4. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 4,039, o maior valor desde 29 de setembro.
– O que se pode ver são os vários indicadores ruins, com a economia chinesa crescendo em um ritmo menor, o que impacta o preço das commodities, principalmente minério de ferro e petróleo, que em 2015 já caiu bastante. E isso no Brasil impacta tanto na bolsa quanto na economia real – diz Wagner Salaverry, sócio-diretor da Quantitas.
Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, apesar de parecer que os resultados fracos da indústria chinesa disparam as ordens de venda mundo afora, por trás do movimento está a percepção de que 2016 será mais um ano ruim para os emergentes.
– Também nada favorável às bolsas por causa da alta dos juros nos EUA – afirma Perfeito.
Outro motivo especulado como motivador foi a aproximação do fim do período de proibição de grandes investidores, com participação superior a 5% no capital de empresas, de se desfazerem dos papéis. Imposta em julho de 2015 pelo governo chinês, a norma expira neste mês e pode ter levado investidores menores a se anteciparem ao fim da restrição.
Roberto Dumas Damas, especialista em economia chinesa do Insper, sustenta que não há surpresa nem nos dados ruins da indústria chinesa ou na queda da bolsa local. O quadro faz parte da ação planejada de transição da economia do país asiático para um modelo baseado no investimento para o consumo interno. Com isso, a taxa de crescimento chinês, de 10% na última década, será reduzida para algo entre 4,5% e 5,5% nos próximos 10 anos.

O que é circuit breaker – É um mecanismo de controle da variação brusca dos índices de ações utilizados pelas bolsas.
– São acionados, com a interrupção dos negócios, quando a alta ou baixa supera um limite anteriormente estabelecido.
– É uma proteção à volatilidade excessiva em momentos atípicos do mercado.
– No caso da Bovespa, é usado quando a variação chega a 10%. Na China, a tolerância é de 5%, e o mecanismo foi usado no primeiro dia em que começou a valer – ontem. (Fonte: Diário Catarinense – Caio Cigana)

A esperança em Wagner

O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) abriu o ano falante. E indicou o discurso do Planalto: mea culpa tímido dos vacilos do governo Dilma Rousseff, promessa de suor para reverter a recessão, confiança na derrubada do impeachment, pancadas em Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o mantra, acertado, de que “impopularidade não é crime”. Ontem, ele trouxe nas redes sociais um discurso correto. Não listou erros, mas admitiu que o governo cometeu “alguns”. Reduziu a responsabilização de terceiros. Também desqualificou o impeachment que “nasceu como um instrumento de vingança”. O Planalto fragiliza o afastamento quando o vincula ao presidente da Câmara, denunciado por corrupção. Wagner deve liderar a coalizão para salvar Dilma. “Habilidoso” e “jeitoso” são adjetivos corriqueiros sobre o ministro, que ganha visibilidade. Ex-governador da Bahia, ele é o presidenciável petista caso Lula desista. Se Wagner tiver sucesso ao reerguer Dilma, salva a biografia da amiga e ganha cacife para 2018.

Reforço – A Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou a força-tarefa da Operação Lava-Jato com cinco subprocuradores-gerais. Na relação está o catarinense Mario José Gisi. Natural de São Carlos, ele construiu a carreira no Paraná.

Acordos – Ala de oposição do PMDB da Câmara se reúne com o líder Leonardo Picciani (RJ), aliado do governo. Cobra o acordo de fevereiro passado, no qual o líder só seria reeleito com dois terços dos votos da bancada em sufrágio secreto. Se o acordo melar, seguirá a guerra de listas que derrubou e reconduziu Picciani ao cargo em uma semana. O próximo líder indicará os nomes do PMDB na comissão do impeachment. (Fonte: Diário Catarinense – Guilherme Mazui)

Fila e reclamação no pedágio

A cobrança do pedágio ambiental para estrangeiros em Bombinhas tem provocado filas e reclamações. Como não há possibilidade de pagamento posterior para turistas que vêm de outros países, a taxa tem que ser quitada no primeiro posto da taxa, no morro de acesso à cidade. Só que o volume de carros vindos do exterior é maior do que o previsto pela prefeitura.
O resultado é que falta espaço para estacionar nos horários de pico, e o entra e sai dos veículos nas vagas acaba atravancando ainda mais o já congestionado trânsito no local. O município tentou minimizar o problema, deixando o pagamento disponível 24 horas nesta temporada. Mas não há como controlar o horário de entrada dos carros, que são muitos: uma média de 12 mil por dia desde o início da cobrança, em 15 de novembro.
A prefeitura informou ontem que está estudando alternativas para agilizar o pagamento por parte dos hermanos.
Nesta temporada já entraram em Bombinhas 340 mil veículos. Descontados os que têm direito à isenção, o município já contabilizou R$ 3,8 milhões com a taxa neste verão.

Negócios com a Itália – O posicionamento de Itajaí como polo náutico do Brasil tem rendido frutos. A cidade vai sediar em maio a Fimar – Feira Internacional da Economia do Mar Brasil-Itália. O município, que é sede do único estaleiro da italiana Azimut fora da Europa, deve receber mais de 30 empresas do país em busca de parceiros catarinenses. Os focos principais dos seminários que integram a programação serão portos, marinas, sustentabilidade, pesca e turismo náutico. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)

Crise ameaça novos radares

Prevista para março, a instalação dos novos lotes de radares pode ser adiada. Até agora, foram colocados 50 equipamentos, exatamente como previsto no contrato assinado no início do ano passado. Só que a crise está levando o Detran a analisar se vai mesmo autorizar a operação dos demais 50. O motivo é a crise. O aluguel dos 50 radares instalados consome R$ 240 mil mensais. A conta dos Correios, para mandar as notificações das multas, leva outros R$ 280 mil por mês. Só aí já são R$ 520 mil mensais. A receita com as multas é maior do que esse montante, mas o sistema ainda não se paga porque a prefeitura tem de dividir a arrecadação com outros órgãos, como as polícias e fundos, além dos demais custos para a operação do sistema.

Em alta – Depois da gasolina, com salto de 19%, o diesel foi o combustível com maior aumento em Joinville em 2015, com o preço médio do litro passando de R$ 2,613 para R$ 2,970 – a última medição foi feita no dia 21 de dezembro. A pesquisa é da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

strong>Perfil dos motoristas – Os homens ainda são maioria entre os motoristas de Joinville, com fatia de 62%. Mas se for levada em conta somente a carteira B, exclusiva para carros, as mulheres já tomaram a liderança, com 75 mil habilitadas, contra 60 mil homens. Joinville tem 292 mil motoristas com carteira de habilitação. A maioria da população adulta da cidade, 70%, tem carteira de habilitação. Mas se forem levados em conta somente os homens, esse índice sobe para incríveis 90%. O que mostra que são poucos moradores homens que não dirigem. (Fonte: Diário Catarinense – Jefferson Saavedra)

Primeira ciclovia em construção

O prefeito Luciano Buligon (PSD) assinou ontem a ordem de serviço para a primeira etapa do Programa Acelerando o Desenvolvimento, onde vão ser investidos R$ 15,4 milhões – recursos do Fundo Social do Governo do Estado.
Os trabalhos iniciaram pela Avenida São Pedro, onde será implantada a primeira ciclovia de Chapecó. A avenida está em péssimo estado e é a principal ligação entre o centro e as agroindústrias, além de ser o principal acesso à Unochapecó e à UFFS. As avenidas Getúlio Vargas, Fernando Machado, Attilio Fontana e Irineu Bornhausen, entre outras, também estão na lista.
Na primeira etapa vão ser feitos 30 quilômetros de obras, para melhorias no asfalto, ajustes de meio-fio, na sinalização e revisão da drenagem urbana.
A prefeitura trabalha para liberar outros R$ 20 milhões para a segunda etapa do programa. Os recursos devem vir do Badesc. A previsão é licitar a segunda fase dos serviços ainda neste semestre.

Erro se repete – O erro de engenharia era pra ter sido corrigido em 2005, quando o Deinfra colocou uma tubulação adicional na SC-150, entre Joaçaba e Lacerdópolis, após o asfalto ceder. Mas após a chuvarada da última sexta-feira a cena se repetiu, no mesmo lugar, mostrando que os engenheiros erraram de novo. A tubulação não conseguiu escoar tanta água, estourou e a enxurrada abriu uma cratera no meio da pista, que precisou ser interrompida. Agora os técnicos falam que é preciso instalar galerias ou fazer uma ponte. A obra é tratada como prioridade pelo governo. Ainda assim, de acordo com o superintendente regional do Deinfra, Alceu Peruzzo, deve demorar 30 ou talvez até 40 dias, para ficar pronta. A alternativa é seguir por Campos Novos, o que aumenta em mais de 100 quilômetros o trajeto. A promessa é que até o meio-dia de hoje a rodovia seja parcialmente liberada. (Fonte: Diário Catarinense – Eduardo Cristofoli)

Trabalho na Serra do Rio do Rastro

O superintendente regional Sul do Deinfra, Lourival Pizzolo, disse que o trabalho para liberação total da SC-390, na Serra do Rio do Rastro, interrompida desde sábado após deslizamento de terra, deve durar até quinta-feira. A empresa Setep vai usar equipamentos para quebrar as pedras maiores que caíram sobre a pista, mas não se descarta o uso de explosivos. O risco de deslizamento já havia sido alertado pela Defesa Civil em vistorias anteriores. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)

Lei vai acelerar a inovação e a pesquisa no país

Um dos maiores avanços para a economia do brasil será a sanção da nova Lei de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), segunda-feira, pela presidente Dilma Rousseff. O setor de tecnologia está muito otimista porque as mudanças aprovadas retiram uma série de entraves e poderão dobrar os resultados obtidos com os investimentos atuais, avalia o presidente do conselho nacional das fundações estaduais de amparo à pesquisa (Confap), o catarinense Sergio Luiz Gargioni, também presidente da Fapesc, a fundação de amparo à pesquisa de SC.

Quais são os maiores desafios para o setor?
Em pesquisa temos dois desafios grandes. Um é recurso. Sempre falta. O outro é burocracia em excesso. Temos as duas coisas no Brasil: pouco dinheiro e muita burocracia. Há quatro anos, Confap resolveu criar um grupo de trabalho e daí saiu a proposta de um novo Código de Ciência e Tecnologia. Enviamos ao Congresso que ouviu 60 entidades. Como a Constituição não cobria algumas propostas, foi criada a PEC 190 (proposta de emenda constitucional). Em fevereiro de 2015 foi aprovada criada a emenda constitucional 85, que já está vigorando.

Quais leis mudam com essa nova legislação?
Ela altera nove leis. Muda a Lei de Inovação, acrescentando 30 modificações; o Estatuto do Estrangeiro, que permitirá a contratação de cientistas e técnicos e tecnólogos; a Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas; Lei da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público; a Lei das Fundações de Apoio; Lei de Importação de Bens e Insumos à Pesquisa; Lei do Plano de Carreira do Magistério Superior e outras.

O que destaca da PEC 85?
Um dos pontos da PEC diz que só para ciência e tecnologia o poder público pode transpor verba de equipamento para custeio. Outra coisa. Na constituição só estava previsto apoio à ciência, educação e cultura. Não falava em tecnologia, inovação e extensão como função do Estado. Agora, parques tecnológicos e incubadoras podem receber apoio. Universidades e centros de tecnologia poderão ter filial no exterior. Após a sanção da presidente, os Estados farão suas leis para se adaptar à nacional. Pretendemos fazer logo a legislação de SC.

O que muda na relação com as empresas?
A Constituição agora diz que você pode dar apoio à pequena e média empresa. A relação público-privada fica clara. A lei também regulamenta o uso de equipamento público de universidade para pesquisas de empresas. O professor poderá fazer 416 horas de pesquisa. Um servidor público pode trabalhar no setor privado, sendo remunerado por uma bolsa, num projeto.

Como ficará o Brasil frente aos países desenvolvidos?
Faremos muito parecidos com os EUA, Rússia e outros.

Como estão os investimentos do Estado em P&D?
A previsão é de 1% da receita líquida, o que corresponderia a R$ 140 milhões/ano. Mas por contenção, ficado em 40% desse valor, em média. O que a Fapesc faz é alavancar mais com outras linhas de recursos.

E quanto o Brasil investe?
O governo brasileiro aplica 0,5% do PIB em P&D, como na Coreia do Sul. A lei da inovação vai permitir que esse recurso seja melhor aplicado, mais rápido, mais efetivo. O mesmo dinheiro vai render o dobro, na minha opinião. Quem investe pouco aqui é o setor privado. Na Coreia e EUA, eles aplicam em P&D 1,5% do PIB. Na Alemanha, cerca de 3%. No Brasil, considerando privado e público chegamos a 1,2% do PIB.

Ano começa com mais crise – Os brasileiros sabiam que este ano começaria hoje, na prática, com muitas dificuldades na economia e volatilidade no mercado financeiro. Mas foi pior com a crise nas bolsas chinesas, que interromperam pregões ontem por lá.A bolsa caiu aqui 2,68% e o dólar subiu 2,12%. Este é um péssimo sinal para o Brasil por dois motivos: a China, principal parceiro comercial do país, está com mais problemas econômicos do que se imagina e o mercado mundial não passa por uma boa fase. Além disso, o setor privado do país enfrenta nesta virada de ano uma série de aumentos de custos com a elevação de impostos e fim da desoneração da folha, mais pessimismo e indústria em queda. Há, também, a continuidade da falta de confiança no governo Dilma e a indefinição da crise política. Por isso investidores estrangeiros torcem por mudanças rápidas por aqui. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)

Promessas

Das 23 promessas feitas pelo governador Raimundo Colombo na campanha eleitoral de 2014, somente duas foram cumpridas. É o que revela minucioso levantamento feito pelo jornal O Globo. Sete delas foram cumpridas parcialmente e 14 promessas não foram atendidas.

Retórica – O mesmo estudo indica que das 55 promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff, apenas seis foram cumpridas no primeiro ano do segundo mandato 24 delas foram executadas apenas em parte. E 25 não foram cumpridas. O trabalho enumera as razões do calote nos principais itens.

Os melhores – Santa Catarina é o terceiro Estado mais competitivo do Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Centro de Liderança Pública e pela Consultoria Tendências. Foram avaliados 64 indicadores de todos os Estados. O primeiro colocado é São Paulo, seguido do Paraná. O último é Alagoas, o Estado do senador Renan Calheiros (PMDB).

Os bons – O Estado catarinense aparece entre os cinco melhores nos cinco indicadores mais importantes. Em infraestrutura é o quarto colocado, em segurança pública aparece na terceira posição, em solidez fiscal está em quinto lugar, em sustentabilidade social desponta em primeiro e em educação ocupa a quarta colocação. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)

Sobrevivemos

Já estamos no quinto dia de 2016, e a verdade é que eu ainda rumino o chiclete sem gosto de 2015. Dirão: está doido, é masoquista, desapega, Deus me livre. Paciência. O fato é que eu ainda penso mesmo no que aconteceu em 2015, e o faço pela influência – não sei se benfazeja, não sei se deletéria – das retrospectivas que vi na televisão. E eu vejo todas.
Convenhamos, há algo de superficial nesses programas de fim de ano. Os apresentadores relembram os feitos elogiáveis com emoção, às vezes com voz quase embargada. As tragédias, os acidentes, os desastres, as picaretagens, os momentos de tensão total, ou de tristeza completa, nos são reavivados com um tom diferente, mais grave.
É como se editores e apresentadores calculassem que, instalados na segurança do sofá, ao revermos aqueles fatos hediondos, erguêssemos as mãos para os céus e agradecêssemos por ainda estar aqui. Pior: sempre há uma imagem espetacular – quase sempre brutal – que você não conhecia e fica chocado ao assistir pela primeira vez.
No fundo, eu resmungo, mas compreendo. Afinal, se a história é escrita pelos vencedores, as retrospectivas são a narrativa do ano contadas pelos que sobreviveram a ele. Acontece que, como aquela, esta também é incompleta, pois nem tudo na vida são fatos históricos.
Se sobrevivemos a terremotos e tsunamis, chuvaradas e temporais, geadas, nevascas, chuva fina que dura dias e vento de ressacada no litoral, fenômenos que se abatem sobre populações inteiras, também conseguimos escapar ilesos dos pequenos eventos cotidianos que podem nos tirar a graça e o riso, um pouco da saúde e um tanto de dinheiro, mas aos quais também sobrevivemos – vento encanado no corredor, friagem na saída do banho, madrugadas geladas de ar-condicionado, banhos de chuva e de mangueira em dias não lá muito quentes, picolé e sorvete no inverno.
Sobrevivemos a chefes desalmados, empregos excruciantes, namoros de mentirinha e casamentos infelizes, relacionamentos de má qualidade e amizades tóxicas. A grosserias na rua, mau atendimento no comércio, barbeiragens no trânsito, elevador emperrado, falta de luz, de tesão e de amor, cobranças indevidas, juros escorchantes e até a diagnósticos errados feitos por médicos displicentes.
Com bravura e estoicismo, conseguimos seguir adiante mesmo depois de sermos deixados, ouvirmos mentiras, traírem nossa confiança, perdermos dinheiro em algo que julgávamos vantajoso, sermos tratados como imbecis por um corretor, um segurador, um investidor, um policial, um político ou um programa de computador. Não somos abatidos nem por mecânicos desonestos nem por vizinhos intolerantes, e sobrevivemos inclusive ao trabalho dos interinos dos nossos colunistas prediletos. (Fonte: Diário Catarinense – Felipe Lenhart)

Relações promíscuas

É evidente que a denúncia de favorecimento a um dos doadores da campanha do vice-presidente Michel Temer faz parte do jogo de desconstituir rivais políticos. Ameaçado pelo processo de impeachment, o governo e seus defensores estrategicamente colocados no aparelho estatal não param de gerar más notícias e suspeitas sobre aqueles que os ameaçam, especialmente o complicado presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o primeiro nome da sucessão, o vice Michel Temer. Isso não significa, porém, que essas raposas da política não tenham culpa em cartório.
A suspeita de uso de medida provisória para beneficiar um grupo econômico, doador da campanha eleitoral do vice, apenas evidencia as relações promíscuas entre os ocupantes do poder e grupos que se valem das famigeradas doações de campanha para garantir vantagens junto à administração pública. A troca de denúncias entre os que, dependendo do ponto de vista, são acusadores ou acusados tem pelo menos um aspecto positivo. Tornam-se públicas, além das táticas usadas contra os adversários, algumas informações que poderiam ficar protegidas por sigilo. O eleitor saberá julgar as posturas de uns e outros, num ambiente cada vez mais propício à guerra de desqualificação entre inimigos.
São atos de um recesso parlamentar que, pela amostragem disponível até agora, talvez venha a ser marcado pela belicosidade. As expectativas do país são outras. Seria bom para a política e para a economia que o período de descanso fosse aproveitado também para o estudo das grandes questões que o Congresso e o governo precisam enfrentar no início de 2016. O país torce ao mesmo tempo para que as instituições, em especial a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário, aperfeiçoem os esforços moralizadores que renderam bons resultados em 2015. (Fonte: Diário Catarinense – Editorial)

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