Criciúma, 20.5.16 – Termina hoje o prazo para doações do projeto Frutos do Conhecimento, promovido pela RBS TV em parceria com o Sest/Senat. Milhares de obras foram doadas pela comunidade e serão entregues gratuitamente no dia 4 de junho, na Praça Nereu Ramos.
Feirão do Imposto – A quarta edição do Feirão do Imposto, que visa despertar a atenção da população para a alta carga tributária, irá comercializar aproximadamente mil litros de gasolina sem impostos. “Diretamente, serão aproximadamente cem veículos contemplados com a campanha, destaca o coordenador da Aciva Jovem de Araranguá, Édio Kunhasky Júnior. Sem o valor do imposto, o litro será comercializado a R$ 1,99, totalizando um desconto de R$ 1,50 por litro. Ainda durante o Feirão será feito um abaixo-assinado para reforçar a importância de combater a corrupção por meio da legislação. (Fonte: Diário Catarinense – Ricardo Dias)
Transporte de animais nas linhas de ônibus
Neste mês foi sancionado o Projeto de Lei Complementar que permite o transporte de animais domésticos de pequeno porte nas linhas de ônibus municipais de Florianópolis. De acordo com a lei, a fiscalização fica a cargo dos cobradores, que devem ter atenção à possibilidade de transporte apenas de cães e gatos com até 10 quilos e um limite de dois bichinhos para cada usuário. A ideia agradou usuários e também representantes públicos de Biguaçu. Ontem foi apresentado o Projeto de Lei nº. 17/2016, de autoria do vereador Douglas Borba, que pretende assegurar os mesmos direitos: transportar animais de pequeno porte, em caixas próprias, nos ônibus do município da Grande Florianópolis. (Fonte: Diário Catarinense – Ana Paula Bittencourt)
Acidente com ônibus parou a BR-101, em Palhoça
Um acidente envolvendo um ônibus de turismo argentino, dois caminhões e dois carros de passeio parou a rodovia BR-101 no quilômetro 213, em Palhoça, nas proximidades do Centro Comercial Camelão, ontem.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engavetamento deixou os ocupantes dos veículos com ferimentos leves. O trânsito ficou congestionado das 10h45min às 12h no sentido de Palhoça a Paulo Lopes. A rodovia precisou ser fechada por alguns minutos para retirar o ônibus, os carros e o baú de um dos caminhões. (Fonte: Diário Catarinense)
Indenização
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou a Viação Praiana a pagar indenização de R$ 30 mil por danos morais e materiais a uma passageira que teve lesão na coluna após cair no ônibus em uma freada brusca. O relator do caso, desembargador substituto Jorge Luis Costa Beber, ressaltou que a empresa tem a obrigação de conduzir os passageiros ilesos até o destino final. A decisão foi unânime, mas a empresa ainda pode recorrer.
Cancelada – O desmanche da Secretaria Especial de Portos (SEP) provocou o cancelamento da reunião do Conselho de Autoridade Portuária do Porto de Itajaí (CAP), que ocorreria na próxima semana. O presidente do CAP era o representante da SEP, Thiago Andrade Godoi, que deixou o posto com as mudanças ministeriais. Aliás, uma semana após Michel Temer (PMDB) ter assumido interinamente a presidência da República, ainda não há um nome para comandar os portos em Brasília – e a lista de demandas é grande. (Fonte: Diário Catarinense – Dagmara Spautz)
Avião egípcio cai no Mediterrâneo
Um avião da EgyptAir que viajava de Paris ao Cairo caiu ontem (quarta-feira pelo horário de Brasília) perto de uma ilha grega com 66 pessoas a bordo, e as autoridades não descartam um possível ato terrorista. Há confusão sobre a possível descoberta de destroços do Airbus 320. As Forças Armadas gregas tinham anunciado em um primeiro momento a descoberta de restos do avião perto da Ilha de Creta.
Mais tarde, o presidente do Comitê de Segurança Aérea grego afirmou que “a análise dos restos encontrados indicam que não pertencem a um avião”.
– Meu colega egípcio confirmou também que não foi demonstrado que os restos fossem os do voo da EgyptAir – afirmou Athanassios Binis.
Mais cedo, a companhia tinha anunciado pelo Twitter “a descoberta de destroços do voo MS804”, informando que foram encontrados “coletes salva-vidas e pedaços de plástico” flutuando no mar perto da ilha grega de Kárpatos.
O voo desapareceu repentinamente dos radares na noite de ontem sem que o piloto tenha indicado nenhum problema e quando as condições do voo, que se aproximava da costa egípcia, eram excelentes. O ministro egípcio da Aviação Civil, Chérif Fathy, considerou que esta situação pode “levar a pensar que a probabilidade de um ataque terrorista é mais alta que de uma falha técnica” para explicar seu desaparecimento.
– Mas não quero tirar conclusões precipitadas – disse Chérif Fathy.
O presidente francês, François Hollande, declarou pouco antes que “não se descarta, nem se privilegia nenhuma hipótese”, falando de um acidente ou de um atentado terrorista.
A França enviou vários especialistas para o Egito para participar das investigações sobre as causas que levaram o avião a cair. O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, por sua vez, pediu para “intensificar a busca” pelos destroços.
A tripulação do Airbus 320 não enviou nenhuma mensagem de emergência, segundo as forças armadas egípcias e a aviação civil grega, o que sugeriria que algo repentino ocorreu. O voo MS804 levava 56 passageiros, incluindo uma criança e dois bebês, sete tripulantes e três agentes de segurança, indicou a companhia nacional egípcia.
Segundo a EgyptAir, viajavam na aeronave 30 egípcios, 15 franceses, dois iraquianos, um britânico, um canadense, um belga, um português, um argelino, um sudanês, um chadiano, um saudita e um kuweitiano. A falta de informações precisas sobre o desaparecimento aflige os parentes de quem estava a bordo. Os familiares recebiam assistência de médicos, psicólogos e tradutores dos governos francês e egípcio.
Piloto estava de bom humor, dizem gregos – A aeronave teria caído em frente à costa da Ilha de Kárpatos, situada entre Creta e Rodes, “quando se encontrava no espaço aéreo egípcio”, afirmou à AFP uma fonte da aviação civil grega. Depois de descer violentamente dando dois giros, o avião desapareceu dos radares às 21h39min de Brasília.
Antes de cair no mar, o piloto não apontou nenhum problema aos controladores de tráfego aéreo gregos em sua última conversa. Inclusive estava “de bom humor e agradeceu aos seus interlocutores em grego”, segundo seu chefe, Constantin Litzerakos. As forças armadas egípcias afirmaram que a tripulação não enviou nenhuma “mensagem de emergência”.
O Airbus caiu a 130 milhas náuticas da Ilha de Kárpatos, quando acabava de entrar no espaço aéreo egípcio, segundo as autoridades gregas. Os meios de comunicação da Grécia indicaram que um barco que navegava na zona teria visto uma bola de fogo no céu, uma informação que não foi confirmada oficialmente. (Fonte: Diário Catarinense)
SC registra taxa recorde de desocupação
O sonho é cursar Enfermagem, mas a realidade é bem mais dura para Juliana Ferreira da Silva, de 27 anos. Desempregada há oito meses, ela engrossa a estatística divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que traz a maior taxa de desocupação em Santa Catarina desde o início da série histórica, em 2012, embora o resultado ainda seja o melhor do país. Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, com dados trimestrais, o índice foi de 6% no Estado entre janeiro e março de 2016, o que representa 219 mil pessoas fora do mercado de trabalho.
– Desde que fui demitida, por conta de corte de gastos no escritório em que eu trabalhava no administrativo, tenho mandado currículos e procurado emprego em vários lugares. Mas até agora não consegui nada, está bem difícil. Queria me qualificar, mas primeiro preciso de um emprego para me manter – lamenta Juliana, que ontem deu uma nova conferida nas vagas do Sine de Florianópolis.
A Pnad revela ainda que, do último trimestre de 2015 até o primeiro trimestre de 2016, a desocupação registrou um salto de 1,8%. Se comparado com o mesmo período do ano passado, o aumento do início de 2016 chega a 2,1%.
Segundo a economista e consultora da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Graciella Martignago, apesar da forte retração que o Brasil vive, o resultado menos negativo no Estado se deve ao fato de SC ter uma economia diversificada.
– A retração acontece em todo o país, mas aqui temos uma economia mais diversificada, o que faz com que SC não sofra tanto quanto São Paulo, que depende do petróleo, por exemplo. Apesar disso, o setor está mais em alerta do que nunca – analisa Martignago.
A avaliação é semelhante em entidades e sindicatos patronais e de trabalhadores. Na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de SC, o presidente Bruno Breithaup explica que, mesmo diante da forte recessão brasileira, o Estado mantém o desemprego em níveis moderados por conta da economia diversificada.
– Esse elemento é fundamental para o dinamismo do mercado, pois dá melhores condições para a economia catarinense minimizar os efeitos negativos da crise e cria condições para uma retomada do crescimento mais rápida e eficiente – destaca.
Salário médio tem queda – Dentro de cada setor também existem diversificações que permitem certa estabilidade. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Mecânicas de Joinville e região cita que alguns segmentos, como usinagem, operam praticamente dentro da normalidade, enquanto outros como ferramentaria estão se recuperando, porém, algumas áreas mais voltadas para prestação de serviços enfrentam mais dificuldades.
– Há demissões e sabemos que a economia precisa reagir, mas não é uma situação desesperadora. Um ponto que vem segurando é a exportação, porque as empresas médias estão se organizando para isso – afirma o presidente do sindicato, Evangelista dos Santos.
A indústria têxtil também teve aumento de demissões nos últimos meses, mas o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial observa que o fechamento de vagas não tem sido a principal movimentação no setor, mas sim a rotatividade.
– Temos sentido que funcionários com salários maiores são demitidos e há contratações, mas com salários mais baixos. Aí ocorre que aquele pessoal que já trabalhou em fábrica e foi demitido procura emprego na área de novo e, diante do rendimento muito baixo, vai para outro setor – diz a presidente do sindicato, Vivian Kreutzfeld.
A percepção da sindicalista vai ao encontro de outro dado revelado pela Pnad, de que o rendimento real médio do catarinense também está pior. O recuo foi de 1,4% na comparação com o último trimestre do ano passado e 8,8% em relação ao 1o trimestre de 2015. Em termos absolutos, o valor chegou a R$ 2.045 agora, contra R$ 2.077 do período entre outubro e dezembro de 2015. (Fonte: Diário Catarinense – Caroline Borges/Victor Pereira)
É hora de ajustes profundos, afirmam economistas
Para colocar as contas públicas no tamanho suportável pela população brasileira, tanto o governo federal quanto governos estaduais terão que fazer cortes profundos. Se não fizerem isso, a economia vai entrar em colapso nos próximos anos. Este cenário foi traçado no painel sobre ambiente institucional, ontem à tarde, na Fiesc, pelos economistas Cláudio Frischtak, da Inter. B Consultoria Internacional, Samuel Pessoa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) e pelo jornalista da Rede Globo, William Waack, com mediação do presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.
Ao ser questionado por Côrte sobre a negociação das dívidas estaduais, um pleito nacional levantado pelo governador Raimundo Colombo, o economista Samuel Pessoa disse que é possível negociar, mas os Estados terão que aceitar cortar gastos. Na avaliação do economista, para ter equilíbrio nas contas públicas, as legislações precisam mudar para o setor público, que deverá aceitar cortar salários, adotar redução de jornada de trabalho e demissão de servidores. Só assim, será possível fazer uma gestão equilibrada. Outra medida é acabar com a gerra fiscal entre os Estados, que afeta as receitas.
Para Frischtak, se todos os governadores solicitarem um prazo de carência para as dívidas, isso pode derrubar a confiança no mercado brasileiro e pressionar os juros futuros, que hoje estão em queda. Ele vê nessa negociação uma oportunidade de mudar a legislação atual, para uma flexibilização de gastos públicos pelo menos em momentos de crise profunda, como agora. William Waack foi o que mostrou menos confiança na recuperação do Brasil porque o problema é político e os políticos não mudaram sua forma de atuação. Tanto Pessoa quanto Frischtak defenderam cortes profundos nos gastos públicos e acreditam que há espaço para isso. Segundo Pessoa, uma das razões do desequilíbrio das contas públicas federais é que o governo vem gastando anualmente 0,35 ponto percentual do PIB a mais.
Preços da gasolina – Em plena recessão, o segmento de postos de combustíveis da Grande Florianópolis desenvolv
uma disputa de redução de preços que favorece o consumidor, embora este deva ficar atento sobre a qualidade dos produtos. Mas essa guerra está aprofundando a crise para as empresas, afirma Aldo Nienkotter, diretor da rede de postos Nienkotter. Segundo ele, mais de 10 postos fecharam e muitos estão operando no vermelho. Devido à concorrência, a Nienkotter pratica preços diferentes para a gasolina em seus próprios postos, que enfrentam queda de vendas de 25% a 40%. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
As dúvidas do governo Temer
O governo provisório do presidente interino Michel Temer acertou em cheio na escolha da equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e atirou no alvo com a nomeação do senador José Serra para o Ministério das Relações Exteriores. Mas está frustrando setores da opinião pública com algumas indicações políticas.
Essa é a síntese das palestras e debates na Jornada da Inovação da Fiesc, com a participação dos economistas Cláudio Frischtak e Samuel de Abreu Pessoa, e do jornalista William Waack sobre os desafios e os cenários econômicos e políticos do Brasil.
A situação econômica é muito mais grave do que revelavam os dados iniciais na aprovação do impeachment da presidente Dilma. O rombo nas contas públicas, inicialmente em R$ 90 bilhões, passou para R$ 125 bilhões uma semana depois. Na sequência, com o estouro da Eletrobras, superou os R$ 160 bilhões e já se fala em R$ 200 bilhões.
Os três conferencistas condenaram o “populismo fiscal” dos governos petistas, responsáveis pelo aumento da inflação e das taxas de juros e pelos 12 milhões de desempregados. Os governos do PT gastaram demais no assistencialismo, sem respaldo na receita.
O economista Cláudio Frischtak classificou o cenário econômico de desastroso, mas fez projeções com relativo otimismo. Primeiro pela equipe econômica e pela experiência de Temer. Segundo porque há muita poupança no exterior para novos investimentos, beneficiando o Brasil, se houver estabilidade política e segurança jurídica. Além disso, com a oitava economia e o 25o lugar em exportações, o Brasil pode duplicar as vendas.
Samuel Pessoa e William Waack não arriscaram prognósticos. Elogiaram a equipe econômica, mas fizeram reparos em relação à indicação de alguns ministros e à escolha do deputado André Moura para líder do governo, “frustrando a voz das ruas”.
Os três concordam que o clima melhorou com Temer e que, com Dilma, o Brasil caminhava para um cenário caótico e ainda mais desastroso.
Dívida – A polêmica dívida dos Estados com o governo federal voltou a ser examinada em Florianópolis durante visita que o economista Paulo Rabello de Castro fez ao secretário da Fazenda e técnicos da pasta. Autor do livro O Mito do Governo Grátis e crítico severo do déficit público, Castro ouviu de Antônio Gavazzoni: “Enquanto a saúde financeira dos Estados estiver comprometida, o Brasil não voltará a crescer”. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)