Brasília, 17.2.16 – Depois da polêmica sobre o projeto que prevê não ser mais obrigatório o porte da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ao dirigir um veículo, eis que agora surge uma outra proposta inovadora na Câmara dos Deputados. O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) propôs um projeto de lei para aumentar o número de pontos permitidos na CNH de motoristas profissionais.
A ideia é que taxistas e motoristas de empresas e transporte escolar, por exemplo, tenham direito a somar 40 pontos de penalização no total, sendo 20 destinados à infrações leves e médias e o restante para infrações graves e gravíssimas. Dessa forma, diminui o risco de suspensão da CNH. Atualmente, a pontuação máxima para qualquer tipo de motorista habilitado é de 20 pontos. Se o condutor atingir essa soma, ele terá a CNH suspensa pelo prazo de um ano.
Mais uma vez, nossos representantes parecem buscar meios para favorecer quem é infrator no trânsito. Tudo bem que muitas vezes somos multados e discordamos da penalidade — já cometi uma infração por passar 1km/h acima do permitido pelo radar —, mas isso não me autoriza a ultrapassar os limites da via. Somar 20 pontos em um ano já é uma enormidade, imagina então permitir a soma de 40 pontos. Motoristas de táxi, de vans e ônibus devem dar o exemplo e não fazer o contrário. Mas cada caso é um caso. Aguardemos os desdobramentos da questão. Fonte: Blog Joinville Motor.
Brasil apresentará à Argentina oferta de livre-comércio no setor automotivo
O Brasil apresentará ao novo governo argentino de Mauricio Macri, em reunião em Buenos Aires nesta quinta-feira, 18, uma proposta de acordo de livre-comércio no setor automotivo. “Caminhamos para o livre-comércio no setor automotivo dentro do Mercosul. As condições estão dadas”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Ele aposta na postura liberal do novo governo argentino para costurar a proposta. No ano passado, um acordo liberando o comércio automotivo foi assinado com o Uruguai.
O ministro disse que há espaço para que o comércio automotivo entre o Brasil e a Argentina possa se fortalecer, assim como em toda a região. Um acordo automotivo também foi assinado com a Colômbia em 2015. A estratégia brasileira é aumentar o acesso a mercados, principalmente nesse momento em que a taxa de câmbio no Brasil está mais favorável para os produtos brasileiros.
Para Monteiro, o aumento das exportações é a saída para as empresas enfrentarem a redução da demanda doméstica, que não deve se recuperar tão cedo. Ele avaliou que a balança comercial vai surpreender este ano e apresentar um resultado maior do que a previsão de US$ 35 bilhões de superávit.
A liberalização do comércio de veículos com a Argentina é uma agenda antiga que enfrentou resistência do governo e dos empresários do país, que temem uma invasão de veículos brasileiros. Monteiro diz, porém, que a Argentina tem vendido muitos veículos para o Brasil e o livre-comércio vai beneficiar os dois lados. Fonte: O Estado de S. Paulo
Acelerar concessão da BR 470 e novo lote da BR 282 amenizaria perda com duplicação rumo ao PR
O Governo Federal deve responder em duas semanas sobre as solicitações das lideranças catarinenses que estiveram ontem no Ministério dos Transportes e na Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), solicitando a duplicação das BRs 282 e 470.
Deputados cobram mudanças nas concessões de rodovias do Oeste
O objetivo é evitar que toda a produção do Oeste Catarinense acabe indo para o Paraná, prejudicando os portos catarinenses. A audiência foi marcada pela deputada estadual Luciane Carminatti (PT).
Acontece que o primeiro lote de concessões, que prevê conceder para a iniciativa privada trechos da BRs 480-282-153 e 476, saindo de Chapecó até o trevo do Irani e subindo em direção ao Paraná, está em análise do Tribunal de Contas da União desde o ano passado e o edital deve sair nos próximos meses. Fica difícil alterar os trechos pela urgência que o próprio Governo Federal tem em tocar esses projetos.
Na avaliação do presidente do Centro Empresarial de Chapecó, Clóvis Afonso Spohr, uma das prioridades é acelerar a concessão dos novos lotes previstos para Santa Catarina, que contemplam a BR 282 do trevo da BR 153 até Campos Novos, e da BR 470. Caso contrário ficaria mais fácil ir para o Paraná até para tratamentos de saúde, turismo e outras demandas. As lideranças catarinenses também pediram a extensão da duplicação da BR 282 até São Miguel do Oeste, o que será avaliado pelo Governo Federal, mas com chances menores de êxito. Fonte: Darci Debona/ClicRBS
Dnit, Deinfra Secretaria de Infraestrutura apresentam Planos de Ação Para 2016
Os planos de ação para 2016 do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), da Secretaria de Estado de Infraestrutura e do Deinfra serão apresentados durante reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC. O encontro será nesta quarta-feira (17), às 14 horas, em Florianópolis, na sede da FIESC. Estão confirmadas as presenças do secretário de Infraestrutura, João Carlos Ecker, e do presidente do Deinfra, Wanderley Agostini.
Os interessados em participar devem fazer a inscrição pelo e-mail camara.logistica@fiesc.com.br. Informações adicionais pelo telefone 48 3231-4302.
Veja a programação.
14h – Abertura
Mario Cezar de Aguiar – Presidente da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da FIESC
14h30
Plano de Ações da Secretaria de Infraestrutura para 2016
– João Carlos Ecker – Secretário de Estado de Infraestrutura
15h10
Plano de Ações do Deinfra para 2016
Wanderley Agostini – Presidente DEINFRA/SC
15h50
* Plano de Ações do DNIT/SC para 2016
Representante do DNIT/SC – * a confirmar
16h30 – Assuntos Gerais
17h – Encerramento
Fonte: Imprensa: Fiesc
Aeroporto: mais dúvidas
O principal aeroporto de Santa Catarina o Hercílio Luz conta hoje com uma marca na lista dos maiores administrados pela Infraero: é, disparado, o mais acanhado e o pior do Brasil. Há mais de 16 anos o governo federal enrola os catarinenses com projetos de um novo terminal. O atual movimentava no ano 2000 cerca de 400 mil passageiros. De lá para cá teve como obra apenas um puxadinho. E 3,6 milhões de pessoas transportadas em 2015. Nove vezes mais.
Depois de muita polêmica e promessas não cumpridas pelos governos Lula e Dilma, veio uma proposta que foi festejada como a solução: a inclusão do Hercílio Luz no programa de privatizações. O tema foi tratado ontem em Brasília durante audiência com o ministro da Aviação Civil, Guilherme Ramalho, tendo presente uma expressiva delegação de Santa Catarina, com senadores, deputados e empresários.
Muitas indagações ficaram sem resposta. Exemplos:
1) Por que o valor da concessão passou de R$ 300 milhões para R$ 900 milhões?
2) Qual a definição do Tribunal de Contas da União que examina o edital de licitação?
3) Como ficará o contrato rescindido com a Espaço Aberto, judicializado no ano passado?
4) E a segunda colocada, que depois foi contratada pela mesma Infraero? Quem garante, com toda essa confusão, que a concorrência saia mesmo no segundo semestre?
Resumindo: o novo terminal depende agora do TCU, da Infraero e da Aviação Civil.
A “Velhinha de Taubaté” acredita que em dois anos, como informa o governo, o terminal estará pronto. Fonte: Moacir Pereira/DC
Dengue
Presidente Glauco Corte lança amanhã, às 9h, na sede da Fiesc, a campanha A indústria contra a dengue. Pretende orientar os trabalhadores, envolvendo as unidades do Sesi, presentes em 259 municípios catarinenses, na luta contra o Aedes aegypti. O secretário da Saúde, João Kleinubing, estará presente no ato. Coluna: Moacir Pereira.
Boa notícia. Procura-se
Meu reino por uma boa notícia. Uma só. As primeiras notícias que li de manhã eram bem “azedinhas”.
“Desemprego segue em dois dígitos.”
“Inflação não cede apesar da estagnação econômica.”
“Dengue e zika ameaçam Olimpíada.”
Meu Deus! Parece que o Todo-Poderoso desistiu de sua cidadania brasileira e mandou para a Terra Papagalis uma nova versão das “Sete Pragas do Egito”. Quando este povo, como o do Egito, será liberto para chegar à terra tão prometida?
As notícias se sucedem, ainda piores. O Congresso se reúne pela primeira vez para trabalhar. Estaria preocupado com o malfadado, mas necessário ajuste fiscal, sem o qual o país não volta a crescer? Teria entre sua pauta de votações antídotos contra a paralisia econômica, o desemprego crônico, a inadiável reforma tributária? Ao contrário. Em se tratando de tributos, o que está no horizonte de deputados e senadores é a indecorosa proposta de ressuscitar a CPMF, a malsinada Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, o Imposto do Cheque – jabuticaba que não existe em nenhum país do mundo civilizado.
Vale tudo para criar novos impostos. Não importa que morra muita gente de zika e dengue, que o PIB despenque mais um pouco, que mais empresas fechem as suas portas, mais trabalhadores sejam demitidos ou que a Previdência quebre. Tudo o que importa é avançar no bolso do brasileiro para compensar o inacreditável déficit fiscal de 2015, que chegou a inenarráveis R$ 119 bilhões.
Depois de dois meses de recesso, quais as matérias habitam o coração e a mente dos parlamentares? Estariam sensibilizados com as más notícias que têm atormentado o sossego dos brasileiros?
Ora, suas excelências vivem em outro mundo. Sua primeira preocupação nesta quarta-feira é com a disputa pelo cargo de líder do PMDB na Casa, confronto no qual se engalfinham o deputado Leonardo Picciani, aliado do governo, e o deputado Hugo Motta, protegido de Eduardo Cunha.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, preocupa-se com seu julgamento no STF, por sua parceiragem com empreiteiras que lhe pagavam despesas pessoais. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preocupa-se com seu duplo processo no Supremo, por propinas descobertas pela Lava-Jato, mais o pedido de afastamento da presidência, formulado pelo Ministério Público Federal.
A agenda do Congresso segue à deriva, longe dos interesses do país. Seu único interesse é tirar a corda do pescoço dos enforcados. Ninguém está interessado em dar uma boa notícia ao Brasil. Fonte: Colunista Sérgio da Costa Ramos/DC.
Trinta dias para trocar de partido
Aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional, a emenda constitucional que vai criar uma janela de 30 dias para que deputados estaduais e federais mudem de partido sem perder os mandatos tem potencial para provocar uma revoada nas bancadas catarinenses. O período de liberdade partidária começa a valer a partir da promulgação da emenda, prometida para amanhã pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Em Santa Catarina, as especulações envolvem os nomes de pelo menos nove parlamentares. Nenhum deles confirma que a decisão esteja tomada, mas admitem as sondagens e dão pistas sobre os motivos pelos quais abandonariam a legenda que os elegeu. Na Câmara dos Deputados, Carmen Zanotto (PPS) e Geovânia de Sá (PSDB) estão na lista. Presidente do PPS catarinense, Carmen afirma ter recebido convite do PSB, mas que decidiu permanecer no partido.
– Os convites são naturais, o próprio PPS vai filiar, agora na quarta-feira, o senador Cristóvão Buarque (PDT). Decidi que o momento é de continuar – diz a deputada, que já comunicou a decisão aos correligionários.
A tucana Geovânia de Sá garante estar bem no PSDB, ressaltando a participação em nível estadual e nacional, mas não descarta a mudança. Nos bastidores, é dada como certa a transição para o PSD, em um movimento que contaria com o aval de lideranças dos dois partidos. Fora do ninho tucano, ela abriria mão de concorrer à prefeitura de Criciúma – onde enfrenta resistência do ex-prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Questionada sobre a mudança, a deputada desconversa.
– Tem uma frase que eu gosto muito que é “o futuro a Deus pertence” – brinca.
Na Assembleia Legislativa, sete deputados são alvo de assédio ou podem usar a janela proporcionada pela emenda constitucional para deixar seus partidos. O maior afetado pode ser o PT, que ficaria sem dois de seus cinco deputados estaduais: Neodi Saretta e Padre Pedro Baldissera. Eles admitem desconfortos e convites, mas afirmam ainda não terem feito o debate interno sobre uma mudança.
– Eu defendo um PT militante, que resgate princípios como transparência e lealdade, uma volta às origens. Às vezes, isso incomoda alguns – provoca Baldissera, que está em rota de colisão com a direção estadual da sigla.
Composições locais e até preocupação com a futura reeleição também entram no pacote que pode levar à troca de partido. O deputado estadual Maurício Eskudlark (PSD), por exemplo, calcula que no atual partido serão necessários de 45 mil a 50 mil votos para renovar o mandato em 2018. Por isso, admite migrar para uma legenda menor dentro da base governista.
– O PSD tem uma nominata muito forte. Se eu encontrar outro partido em que me sinta bem e possa representar minhas regiões, posso mudar – afirma. Fonte: Upiara Boschi/DC.
Os cotados à troca
Neodi Saretta (PT), deputado estadual
– Diz que vai esperar pela janela para discutir o tema, mas admite convites de outras legendas e não descarta ficar sem partido.
Mário Marcondes (PR), deputado estadual
– Admite sondagens de partidos como PMDB e PPS, mas ainda não decidiu se sai. Quer ser candidato a prefeito de São José.
Padre Pedro Baldissera (PT), deputado estadual
– Vai debater internamente a questão até o final do mês. Diz que pretende permanecer, mas não descarta ficar sem partido.
Patrício Destro (PSB), deputado estadual
– Já esteve com um pé no PR, mas afirma que dificilmente deixa o PSB por já ter feito o planejamento da eleição municipal.
Carmen Zanotto (PPS), deputada federal
– Cotada para filiar-se ao PSB, admite o convite. Diz que decidiu permanecer no PPS.
Geovânia de Sá (PSDB), deputada federal
– Nos bastidores, é dada como certa a migração para o PSD. Diz estar satisfeita no PSDB, mas não descarta mudar.
Cesar Valduga (PCdoB), deputado estadual
– Chegou a ser convidado a migrar para o PMDB para concorrer à prefeitura de Chapecó. Diz que será candidato, mas pelo PCdoB.
Maurício Eskudlark (PSD), deputado estadual
– Diz não ter problemas com o PSD, mas admite trocá-lo por outro partido da base governista. PSB e PR são opções.
Ricardo Guidi (PPS), deputado estadual
– Em 2015, teve sondagens do PSD, que esbarraram em questões paroquiais em Criciúma. Sofre assédio do PR.
Governo tenta conseguir apoio para reformar a Previdência
Sem consenso nem mesmo no governo, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, deve apresentar hoje, a empresários e sindicalistas que integram o Fórum de Trabalho e Previdência, em Brasília, os principais pontos da proposta de reforma previdenciária. O esboço, sobre o qual se sabe apenas linhas gerais, já é alvo de resistências.
Barbosa planeja propor a adoção de um modelo único de aposentadoria, que começaria a ser implementado em 2027. Após período de transição de 13 anos, os benefícios passariam a ser concedidos por idade, estipulada em 65 anos para homens e mulheres (confira quadro ao lado).
A reforma se transformou na principal bandeira da presidente Dilma Rousseff para melhorar a imagem do governo. Com ela, Dilma pretende sinalizar ao mercado a perspectiva de freio nas despesas públicas e, ao mesmo tempo, tornar viável a volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
Especialista tem dúvidas sobre capacidade de ação –O problema é a controvérsia em torno das medidas. Até o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, tem defendido debate mais amplo sobre o tema. Entre especialistas, as alterações são vistas com ressalvas. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, Jane Berwanger diz que a unificação “é justificável”, mas implica dificuldades.
– Donas de casa, trabalhadores rurais e trabalhadores com deficiência têm regras diferentes de contribuição. Como equipará-los, sem ferir um dos princípios gerais do Estado brasileiro, que é tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais? – questiona Jane.
Para o economista Fabio Giambiagi, a conversão para um modelo de regras únicas “é razoável”, mas ele tem dúvidas sobre a capacidade de ação do governo:
– Não basta apresentar um rascunho. Participei do fórum previdenciário em 2007. Houve muitas discussões, que não deram em nada. Isso é recorrente.
Tanto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), vinculada ao PT, quanto a Força Sindical, que faz oposição ao governo federal, pretendem barrar as pretensões de Barbosa, pois temem prejuízos aos trabalhadores. Na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o clima é de expectativa. Segundo Flávio Castelo Branco, gerente-executivo de política econômica da entidade, a CNI é favorável à revisão do sistema:
– Esperamos que o governo dê sustentabilidade à Previdência e apresente medidas realistas, que comecem a surtir efeito no curto prazo. Fonte: Juliana Biblitz/DC
Tráfego no país recua pelo sexto mês consecutivo
A demanda doméstica por viagens aéreas recuou 4,01% em janeiro, na comparação com igual período do ano passado, segundo levantamento divulgado ontem pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne os dados das principais companhias brasileiras (TAM, Gol, Azul e Avianca).
Há seis meses consecutivos, o setor registra queda na procura, com baixas que variaram de 0,6% (agosto) a 7,9% (novembro). Nem mesmo nos meses de alta temporada, como dezembro ou janeiro, houve expansão.
A oferta também apresentou retração no mês passado – de 2,38% em relação a janeiro de 2015. Com isso, a taxa de ocupação teve queda de 1,41 ponto percentual, para 83,18%. No total, as empresas aéreas brasileiras embarcaram em janeiro 9,04 milhões de passageiros no mercado doméstico.
– Janeiro foi continuidade de um cenário que progressivamente se agrava – disse Maurício Emboaba, consultor da Abear.Fonte: Diário Catarinense.
Morte do vigilante traz à tona a falta de segurança da categoria
Eder James Correa da Silveira, 52 anos, o vigilante do carro-forte morto no assalto, tinha mais de 20 anos de profissão, era casado e pai de dois filhos. Amigos e colegas de profissão de todo o Estado compartilham o clima de luto, revolta e dor com a morte.
Também morreu no confronto um dos assaltantes identificado como sendo Carlos Eduardo Tomaz, o Cadu, 18 anos.
– O pessoal fica revoltado (com a morte). É uma atividade de risco e começaram os assaltos a carro-forte de novo em Florianópolis, assim como em todo o país – lamentou Vilson Soares, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte, Guarda, Transporte de Valores e Escolta Armada de Santa Catarina.
Há uma reivindicação também do Sindicato dos Empregados em Empresas de Vigilância e Segurança Privada pela existência de lugares adequados e fechados para o remanejamento dos malotes com dinheiro, a fim de aumentar a segurança. Segundo Soares, há uma lei municipal (402/2011) em Florianópolis que prevê essa medida.
Esse foi o segundo assalto a carro-forte em menos de dois meses em Florianópolis. O outro ataque aconteceu em dezembro em um supermercado na Costeira Sul da Ilha, quando assaltantes levaram malotes com R$ 300 mil.
BRDE integra fundo de inovação
Banco de Desenvolvimento da Região Sul, o BRDE passa a ser um dos cotistas do Criatec 3, fundo de R$ 202,5 milhões liderado pelo BNDES, que reúne instituições de investimentos para ter participação acionária em micro e pequenas empresas que desenvolvem inovação.
– Sem excluir outras áreas, o Criatec 3 investirá em tecnologia da informação e comunicação (TI), biotecnologia, agronegócio, novos materiais e nanotecnologia. O próprio BNDES destacou que Santa Catarina, junto com Minas Gerais, é que se diferencia nestas áreas de tecnologia de ponta com negócios inovadores para conquistar mercados – comentou o presidente do BRDE, Neuto de Conto, que participou da reunião do Criatec no Rio.
O fundo vai apoiar empresas com receita operacional líquida anual de até R$ 12 milhões e um dos polos do projeto pode ser em SC. Fonte: Estela Benetti/DC.
Somando esforços
Inovação na educação será o tema abordado pelo senador Cristovam Buarque dia 18 de maio, em Florianópolis, na Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense promovida pela Federação das Indústrias (Fiesc). O presidente da entidade, Glauco José Côrte (D), almoçou ontem com o senador, em Brasília. Falou sobre o Movimento A Indústria pela Educação e reforçou o convite. Buarque foi ministro da Educação de 2003 a 2004.
Tanto o parlamentar quanto Côrte, reconhecido em SC como o Senhor educação, confiam que a principal chave para o país ter bons profissionais, bons cidadãos e atingir um desenvolvimento mais consistente é pela educação de qualidade para todos. Fonte: Estela Benetti/DC.
Governo vai renovar programa de subsídio ao plantio do milho
O governo do Estado vai dar continuidade ao Programa Terra Boa, que subsidia o plantio de milho, pastagens e apicultura. O governador Raimundo Colombo e o secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, devem anunciar R$ 48 milhões para o programa hoje, às 10h, na abertura da Tecnoeste, em Concórdia.
Os produtores serão beneficiados com 220 mil sacas de milho, 300 mil toneladas de calcário, 3,5 mil kits forrageiros e 294 kits apicultura. No caso do milho, os agricultores devolvem de quatro a 20 sacas de produto, para cada saca de semente. No caso do mel há um empréstimo com subsídio no pagamento.
A medida não conseguiu evitar a redução da área de milho no Estado. Mas, sem o programa, certamente essa redução seria maior, aumentando ainda mais a dependência do cereal no Estado, que fica entre 2,5 milhões e 3 milhões de toneladas. Fonte: Darci Debona/DC
Modernização do aeroporto
O processo de modernização do Aeroporto Municipal Serafim Enoss Bertaso, que já se arrasta desde 2012, parece estar começando a andar novamente. Ontem houve uma reunião na Secretaria da Aviação Civil com o ministro da pasta, Guilherme Ramalho. Estiveram presentes o secretário de Infraestrutura do Estado, João Carlo Ecker e alguns deputados catarinenses. O deputado estadual César Valduga disse que o processo deve andar a partir de agora com o compromisso do Estado em atuar junto com o município nas desapropriações. Um estudo preliminar apontou a necessidade de desapropriar uma área de cerca de 260 mil metros quadrados para implantar um novo terminal, no lado oposto do atual.
A nova estrutura deve comportar oito aeronaves e 500 passageiros por hora – a atual atende 40 mil embarques e desembarques por mês. Valduga disse que a desapropriação era condição necessária para iniciar a segunda etapa do estudo preliminar sobre o novo terminal.Fonte: Darci Debona/DC
O que falta
Impasse sobre a desapropriação impede a conclusão da pavimentação da Estrada Rio do Morro, entre Joinville e Araquari. A obra é do governo do Estado, mas a compra de imóveis é atribuição dos municípios – no trecho ainda a ser asfaltado, é com a Araquari. Não há prazo da retomada dos trabalhos na via que pode ser um novo acesso à BR-280 pela zona Sul.
Desenvolvimento econômico
Prefeitura e Sebrae se uniram para criar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico de Blumenau. No dia 23, um grande seminário com a participação de toda a comunidade vai definir cinco eixos de desenvolvimento que ganharão atenção especial do poder público nos próximos anos.
Gostaria de ser otimista, mas me preocupo com a iniciativa. Há anos tenho visto trabalhos semelhantes sendo elaborados e morrendo em seguida. A cada troca de administração, troca-se também o nome do projeto, as metodologias, as estratégias e as certezas que cada administrador público tem. De certo e comum, apenas o fato de que Blumenau perde terreno para outras cidades a cada ano e que algo precisa ser feito para soltar esse freio de mão puxado há muito tempo.
O ponto positivo, dessa vez, é o fato de envolver uma instituição como o Sebrae, que preparou um diagnóstico da cidade a ser usado para definir os eixos estratégicos. Ainda assim, o trabalho do Sebrae é pontual, orientando na elaboração do plano. Para que a execução não dependa somente do poder público, a ideia é fazer com que as entidades se envolvam, cobrando permanentemente as ações a serem definidas. Fonte/ Pancho/O Santa
O tempo dirá – Nesse ponto, retomo minha preocupação. Vejam o exemplo do Blumenau 2050, o mais fresco na nossa memória. Capitaneado pela administração anterior, veio com o mesmo discurso de que a sociedade deveria se apropriar do projeto e cobrar o acompanhamento e a execução da prefeitura. O projeto lançado em 2008 também tinha cinco eixos de desenvolvimento e um deles era o econômico. Alguém tem notícias do Blumenau 2050? O tempo dirá se desta vez faremos algo diferente para mudar essa tendência. Fonte/ Pancho/O Santa.