Florianópolis, 1.2.16 – Estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), apresentado na sexta-feira, revela péssimas condições na BR-282, bem como a falta de manutenção e terceiras faixas também nas BRs 158 e 163 – principais rodovias de escoamento da produção do Oeste. Mesmo após quatro anos, quando o problema da deterioração já havia sido alertado às autoridades, os serviços de manutenção feitos na rodovia estão aquém da necessidade e colocam em xeque a segurança dos usuários e a economia do Estado.
A BR-282 é a principal ligação do Oeste aos portos de SC e há pelo menos 10 anos aguarda pela duplicação. Os dados levantados serão a base de uma reunião entre os dirigentes da federação e o Ministério dos Transportes ainda no mês de fevereiro, para a cobrança de ações. Entre as reivindicações está o pedido de celeridade na concessão do trecho entre Irani e o acesso à Chapecó, que ainda não tem data para ocorrer.
– Cerca de 70% das obras federais no Estado estão atrasadas, com cronograma comprometido, paradas ou com problemas de projeto. No nosso entendimento, SC tem que tomar uma atitude mais ostensiva. Estamos dando subsídios tanto para o governo como às representações políticas para que atuem. Temos fundamentos para exigir e cobrar um tratamento melhor em relação à sua infraestrutura – afirma o presidente da Fiesc, Glauco Cortê.
Contrato rescindido e obras paralisadas – Consultores da Fiesc percorreram todo o trecho analisado durante mês de novembro de 2015. Segundo o levantamento, há áreas com afundamento, desagregação e recalques na pista, causados pela falta de manutenção, restauração e conservação. O trabalho, que tem apoio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, aponta que em 2012 o DNIT previu no programa Crema obras nos 193 quilômetros da rodovia entre Chapecó e São Miguel do Oeste; Maravilha a Iraí; e São Miguel do Oeste a Dionísio Cerqueira. Após dois anos e meio, o contrato foi rescindido sem a realização das restaurações, terceiras faixas e sinalizações previstas. Na conclusão da Fiesc, faltam novas frentes de trabalho, já que as obras existentes se encontram em um ritmo lento e não contemplam todo o trecho.
– O seguimento que está sendo executado em Maravilha é um sistema muito bem feito. Porém, a operação tapa-buraco deixa a desejar, sendo mal feita. No seguimento de Chapecó a São Miguel do Oeste e também no trecho entre Maravilha e Irani, na BR-158, só temos uma frente trabalho. No ritmo que as obras estão andando ali, vamos ficar sem condições de tráfego – diz o engenheiro Ricardo Saporiti, responsável pelo estudo.
A análise recomenda abertura de novas frentes de trabalho. Segundo a Fiesc, 1,1 mil carretas de 30 toneladas percorrem as BRs 158, 282 e 163 diariamente. Na 163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, obras de ampliação foram iniciadas, mas o contrato está paralisado desde o final de 2014 por falta de recursos e indenizações de desapropriação.
O que diz o Dnit – Responsável pela manutenção e por projetos de ampliação das rodovias, o DNIT afirma que os serviços previstos no programa como Crema estão sendo atualizados desde a rescisão do contrato, em março de 2015. A partir disso, o órgão assinou contratos de manutenção que, segundo ele, atendem as demandas básicas da região, no curto prazo, afim de restabelecer as condições de tráfego e sinalização após longo período de chuvas de 2015. “Por outro lado, com intuito de atender incrementar a capacidade operacional das rodovias do Oeste catarinense, o novo projeto de restauração com adequação de capacidade que inclui terceiras faixas, vias marginais e novas interseções encontra-se em fase final de desenvolvimento, inclusive com obras anteriormente não previstas no programa Crema”, diz a nota enviada ao DC. A expectativa do DNIT é concluir este projeto ainda no primeiro trimestre de 2016 para que, “junto com a força dos parlamentares e sociedade organizada, seja viabilizada a suplementação orçamentária necessária à garantia desta licitação ainda no primeiro semestre de 2016”. Sobre a falta de mais frentes de trabalho na região apontada pela Fiesc, o departamento afirmou que o contrato em andamento trata de intervenções de manutenção e conservação das rodovias e não de restaurações profundas que necessitam de levantamentos detalhados como as previstas no programa Crema. O novo projeto de restauração, incluindo as rodovias BR-282 e BR-158, estaria em fase final de elaboração no órgão. Quanto à necessidade de medidas emergenciais para as desapropriações e obras na BR-163, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, o DNIT afirmou que em 2015 foram realizados dois mutirões na rodovia e garantidos empenhos necessários para um terceiro, assim que os recursos já empenhados forem liberados.
(Fonte: Diário Catarinense – Mônica Foltran)
BR-282: Brasília despreza SC
O relatório sobre a situação da BR-282, a espinha dorsal do agronegócio e parte da economia catarinense, revela uma realidade caótica. Realizado pelo engenheiro Ricardo Saporiti, com o aval da Fiesc, o estudo retrata omissões, displicência e também irresponsabilidade do DNIT em relação até aos contratos de melhoria das condições das rodovias federais.
Um dos principais contratos – o Crema 2 – é o retrato da incompetência e da falta de cobrança do Fórum Parlamentar Catarinense e das autoridades estaduais. Assinado em 2012, previa terceiras faixas, restauração, sinalização e obras no acostamento. As terceiras faixas, que dariam maior segurança aos usuários e mais facilidade no trânsito de veículos em trechos críticos, continuam no papel. Foram contratados 43 quilômetros e até agora nada. Pior: o novo contrato de manutenção se omitiu em relação à inadiável construção das terceiras faixas.
Há pelo menos 10 anos Santa Catarina espera a duplicação do governo federal. Não se duplica a estrada, não há alargamento, nem restauração. E permitem que o leito existente se deteriore.
Afinal, por que o governador Raimundo Colombo (PSD) declara fidelidade a Dilma Rousseff e não cobra mais respeito com Santa Catarina? Por que o deputado Jorginho Mello (PR) mantém seu pupilo na superintendência do DNIT com este desprezo do Planalto?
Sabem o que Michel Temer disse sobre este cenário caótico para a economia e trágico para os usuários na visita a Florianópolis?
Retórica, política partidária e nada sobre os apelos do Estado. (Fonte: Diário Catarinense – Moacir Pereira)
Lançamento das obras do Ponto de Parada e Descanso será em março, anunciou Pedro Lopes
Pista mais segura
Essa é para a turma que ainda questiona as concessões para a iniciativa privada. As rodovias administradas pela Autopista Litoral Sul, entre Curitiba e Florianópolis, reduziram em 17% o número de mortes na comparação entre 2015 e o ano anterior, com destaque para a queda de 92% do número de vítimas de engavetamentos, 64% em colisões frontais e 50% em saídas de pista. (Fonte: Diário Catarinense – Rafael Martini)
Novo serviço deixa população apreensiva
Depois de uma semana marcada por dúvidas de passageiros e trabalhadores, a prefeitura de Blumenau anuncia neste sábado como vai funcionar o sistema emergencial do transporte coletivo, que começa a operar na segunda-feira.
Os detalhes do funcionamento dependem das demissões dos antigos funcionários do Consórcio Siga – que reunia cerca de 1,3 mil colaboradores – e da absorção desta força de trabalho por parte da Piracicabana, empresa que assinou contrato com o poder público na segunda-feira para prestar o serviço em caráter emergencial.
A companhia paulista vai trabalhar neste sábado e domingo para agilizar as contratações dos motoristas e cobradores que pertenciam ao Siga. A orientação é que quem já teve baixa na carteira compareça com a documentação na garagem da Nossa Senhora da Penha, localizada na Rua Almirante Tamandaré, 1.500. Somente após a definição de quantos trabalhadores forem admitidos é que a prefeitura vai dar detalhes de números de ônibus, escalas e horários que vão operar na segunda-feira.
Contrato permite futuras alterações – O contrato assinado entre a prefeitura de Blumenau e Piracicabana no início desta semana permite que se faça uma intervenção no sistema emergencial de transporte coletivo se o serviço oferecido à população for considerado deficitário. Ou seja, em caso de novas paralisações ou atrasos de salários de funcionários, o poder público pode assumir temporariamente o comando das operações, como ocorreu no caso do Siga.
A intervenção poderá ocorrer em casos de redução não autorizada de circulação de ônibus por mais de 48 horas, desrespeito a itinerários e horários pré- estabelecidos e irregularidades contábeis, fiscais e administrativas. A medida também valeria por 180 dias.
Pelo acordo, a Piracicabana é obrigada a disponibilizar uma frota de 240 veículos com idade média inferior a 10 anos. Outra exigência é de que pelo menos 90% dos ônibus sejam adaptados com elevador para pessoas com restrição de mobilidade. No início das atividades, no entanto, o contrato permite que a empresa opere com uma frota menor, de 190 veículos. Os demais devem entrar em circulação em até 30 dias. (Fonte: Diário Catarinense – Larissa Neumann)
Ônibus voltam a circular em Blumenau
Os olhares ainda foram um pouco desconfiados, mas na maioria das pessoas a expressão de esperança ontem de manhã era maior do que as incertezas que uma mudança tão radical pode causar. Uma semana após o rompimento do contrato de concessão do transporte coletivo e da determinação de que todos os veículos do Consórcio Siga fossem recolhidos, ônibus voltaram a circular em Blumenau. Pelos menos 57 veículos operaram as principais linhas.
A Viação Piracicabana, contratada emergencialmente pela prefeitura para prestar o serviço, ainda corre contra o tempo para admitir mais profissionais e definir uma tabela fixa de linhas e horários. O principal desafio da empresa, no entanto, é outro e bem mais difícil: fazer os usuários superarem o trauma dos recentes problemas do transporte coletivo, que continuam frescos na memória da cidade.
– A garantia que nós temos que o sistema funcione é a experiência dos funcionários. Ainda não é o desejável, mas estes primeiros dias serão de adaptação – reconhece Maurício Queiroz Andrade, diretor jurídico e institucional do Grupo Comporte, que controla a Piracicabana.
Tanto a empresa quanto o poder público têm pedido paciência aos usuários. A reportagem conversou com alguns deles nos terminais da Fonte e do Aterro. E ouviu uma frase em comum da maioria, que resume a expectativa em torno do novo sistema: “Tomara que dê certo”.
Segundo o vigilante Dino César França, que ficou de plantão desde às 16h30min no Terminal do Aterro, o fluxo de passageiros – cerca de 50 – se manteve estável e não houve reclamações quanto às linhas que estavam operando.
Contratações continuam ao longo da semana – A admissão de novos trabalhadores para a Piracicabana continua sendo feita ao longo da semana. Até sábado, haviam sido contratados 590 profissionais. De acordo com Maurício Queiroz Andrade, diretor jurídico e institucional do grupo que controla a empresa, a expectativa é que a situação da maior parte dos antigos colaboradores da Glória seja definida até quarta-feira.
Nos planos da prefeitura, o novo sistema teria 190 ônibus nas ruas a partir de hoje, mas essa indefinição pode atrapalhar o cronograma. Praticamente todo efetivo da Rodovel e da Verde Vale já foi absorvido.
Queiroz explica que é comum, em casos como esse de migração, que até 20% da antiga força de trabalho deixem o sistema. Os novos motoristas e cobradores receberão o piso de cada categoria, mas o primeiro pagamento, entra na conta só no quinto dia útil de março. O vale-alimentação, de R$ 550, já será depositado integralmente hoje, e 40% do salário de fevereiro serão pagos de maneira antecipada no dia 20 do mês, como prevê a convenção coletiva da categoria
Voto de confiança no novo sistema – A técnica em edificações Luzidete Ferreira de Oliveira, 53 anos, embarcou na Ponta Aguda pela manhã em direção ao Terminal da Fonte. Ela conta que o ônibus atrasou 10 minutos em relação ao horário previsto – nada de mais diante da situação na avaliação da usuária, que deu nota 7 para a viagem:
– Não é excelente, mas é bom e a gente torce para que funcione.
O motorista Gilmar Silveira, 49 anos, foi escalado para operar a linha Troncal 12, que liga os terminais do Aterro e da Fonte, passando pela Escola Agrícola e pelo Terminal Proeb. Ele aprovou as condições mecânicas do ônibus que dirigiu ontem.
– Está redondinho, suspensão inteira, não sente bater. Agora começa tudo do zero. A gente tem fé e sabe que no primeiro momento v
i ser difícil – contou.
A reportagem fez o trajeto do Troncal 12 em um dos novos ônibus. Internamente, os veículos seguem praticamente o mesmo padrão de design dos antigos. Em alguns deles, menores, os assentos são um pouco mais apertados.
Para a diarista Regina Martins da Luz, 50 anos, a prévia de ontem já serviu para tranquilizar quem depende do transporte público para trabalhar.
– Achei o serviço bom, mas precisa de mais organização. Tem muito atraso – avaliou.
Novidades, improvisos e dúvidas no primeiro dia – No primeiro dia de funcionamento do sistema emergencial, as catracas foram liberadas para os passageiros até as 18h. A gratuidade atraiu a alguns terminais curiosos que queriam conferir de perto a novidade.
– Os ônibus da Piracicabana que estão em Blumenau vieram da Baixada Santista e de São José dos Campos (SP). Com média de uso de seis anos, eles não têm ar-condicionado e nem todos possuem assento para cobrador. Nesses casos, o profissional responsável pela cobrança ficará sentado no primeiro banco após a roleta, explica Queiroz.
– Diferentemente dos coletivos do Siga, que eram em sua maioria amarelos ou azuis, os novos ônibus são brancos e já receberam a pintura da bandeira de Blumenau. A nova cor, porém, ainda precisa ser assimilada. Passageiros nos pontos ameaçavam se levantar toda vez que um veículo se aproximava, sem saber se eram as linhas que esperavam que estavam chegando.
– De longe ainda é difícil identificar para onde os coletivos vão. Na maioria dos casos, os displays superiores que anunciam as linhas não estão sendo usados. As linhas são identificadas por um cartaz no lado direito do painel do motorista.
– Neste primeiro momento, a prefeitura deve emitir boletins diários informando as linhas que vão operar no dia seguinte. A boa notícia é que quem tem créditos no Cartão Siga poderá usá-los normalmente.
– Por enquanto, porém, ainda não se sabe como os créditos serão recarregados. A ideia da empresa é permitir que os cerca de 160 mil cartões já existentes continuem valendo, já que um recadastramento de toda a base demandaria muito tempo e um grande esforço de tecnologia, segundo Queiroz.
(Fonte: Diário Catarinense/Jornal de Santa Catarina – Pedro Machado)
Eficiência energética
O governo do Estado começou estudo para descobrir se há viabilidade técnica para trazer Gás Natural Liquefeito (GNL) para o país por meio do Porto de Imbituba. A regaseificadora garantiria a eficiência energética de SC, Paraná e São Paulo, além de um incremento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de R$ 300 milhões por ano. A análise ainda está no começo. Segundo a SCGás, o Estado consome, hoje, dois milhões de metros cúbicos de GNL por dia que vêm da Bolívia. (Fonte: Diário Catarinense – Marco Antônio Mendes)
Paciência em dobro com o transporte
Mudanças importantes na cidade vão testar a paciência dos blumenauenses nos próximos dias. A do transporte coletivo é a mais esperada. Não podemos mais conviver com as incertezas geradas pela falta de informação. Pelo contrato que foi assinado no início da semana, a Viação Piracicabana tem que colocar os ônibus nas ruas na segunda-feira. O problema é que ainda não se sabe, por exemplo, se o sistema de bilhetagem eletrônica funcionará em sua plenitude. Afinal, os usuários poderão usar/carregar seus cartões? Por via das dúvidas, é bom que todos saiam com algum dinheiro de casa.
No dia da assinatura do contrato, o próprio diretor jurídico e institucional do Grupo Comporte, Mauricio Queiroz, do qual faz parte a Piracicabana, pediu paciência:
– Não vai ser um início fácil, principalmente na primeira semana.
Benefícios – Nas conversas que tem com lideranças e formadores de opinião da cidade, o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) tem destacado os benefícios indiretos que, segundo ele, a operação da Piracicabana traz à cidade. Com o compromisso da empresa de priorizar fornecedores locais, sempre que possível, abrem-se oportunidades de negócio com as demais operações da empresa em outras cidades e até mesmo com outras empresas do grupo. Tem sentido, mas enquanto isso, tem muita gente amargando despesas expressivas.
Prejuízos – Um bom exemplo do impacto negativo que gera a falta de transporte coletivo da cidade pode ser dado com a Cooper. Para suprir a necessidade de deslocamento de cerca de 60% dos 1,6 mil funcionários que trabalham nos supermercados espalhados por Blumenau, a cooperativa contratou de 20 a 25 veículos terceirizados. A “brincadeira” custa cerca de R$ 50 mil por semana, segundo os cálculos do presidente, Hercílio Schmitt.
Ônibus zero – Na entrevista coletiva que concedeu no sábado, o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), revelou uma das exigências que serão feitas no edital da próxima concessão do transporte público da cidade. Segundo ele, quem vencer a licitação terá que operar com a frota inteiramente nova, ou seja, todos os ônibus terão que ser zero quilômetro. Hoje são necessários pouco mais de 200 ônibus para atender a demanda da população, segundo o presidente da autarquia que controla o transporte público da cidade, Carlos Lange. O novo edital de licitação deve ser lançado nos próximos meses.
A entrevista foi convocada para comunicar que a empresa contratada emergencialmente, a Viação Piracicabana, colocaria os primeiros ônibus nas ruas ontem, como um teste. A Piracicabana já trouxe 190 ônibus para a cidade e até o final de fevereiro outros 50 devem chegar.
Integração de transporte – Dos pedidos feitos pela ABC Ciclovias, ONG que incentiva o uso da bicicleta em Blumenau, à prefeitura tendo em vista as mudanças no transporte coletivo da cidade, um deve ser recebido com atenção. A entidade pede para que a nova licitação exija carros com piso rebaixado e espaço para bicicletas e carrinhos de bebês, além do já oferecido para cadeirantes. Quanto mais estímulo ao transporte coletivo e alternativo, melhor. (Fonte: Diário Catarinense – Pancho)
Horários extras
Para que todos possam curtir as festas de Carnaval sem grandes problemas com transporte público, a Secretaria de Mobilidade Urbana da Capital, anunciou o reforço das linhas madrugadão em dias de eventos especiais. Os horários diferenciados foram pensados para poder auxiliar no transporte no dia do Concurso da Rainha do Carnaval (28), Berbigão do Boca, 29, e Enterro da Tristeza (4 de fevereiro).
Por mais segurança – Um grande grupo de ciclistas, conforme programado, percorreu o trajeto do Koxixos na Beira-Mar Norte até o Centro Administrativo ontem pedindo mais segurança na SC-401, onde dois ciclistas, Róger Bitencourt e Micheli Bridi, morreram recentemente vítimas de atropelamento. Quando chegaram ao ponto de chegada, os dois sentidos da rodovia mais movimentada de SC foram interrompidos. (Fonte: Diário Catarinense – Mônica Jorge)
Finalmente
As obras do novo terminal de passageiros do aeroporto de Caçador, (foto), que está há três anos sem a estrutura, foi adiado pela terceira vez. O novo prazo é final de fevereiro. Em dezembro, o diretor de transporte da Secretaria Estadual de Infraestrutura, José Carlos Muller Filho, disse que a obra não andou no ritmo esperado por limitações financeiras. A justificativa desse novo atraso foi o excesso de chuva e as folgas dadas aos trabalhadores para as festas de fim de ano. O prédio custou R$ 1,5 milhão. (Fonte: Diário Catarinense – Eduardo Cristófoli)
Contas do setor público fecham ano com déficit recorde de R$ 111, 2 bi
A União, os estados e os municípios fecharam 2015 com déficit de R$ 111,249 bilhões nas contas públicas. O défícit primário, receitas menos despesas sem considerar os gastos com juros, é o pior da série histórica iniciada em 2001 e o segundo resultado anual negativo seguido. Em 2014, o déficit primário ficou em R$ 32,536 bilhões. Em dezembro, o déficit primário ficou em R$ 71,729 bilhões, contra o resultado negativo de R$ 12,894 bilhões registrados no mesmo mês de 2014.
O déficit do setor público correspondeu a 1,88% de tudo o que o país produz, o Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, essa relação ficou em 0,57%.
No ano passado, o Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) registrou déficit primário de R$ 116,656 bilhões. Os governos estaduais registraram superávit primário de R$ 9,075 bilhões, e os municipais de R$ 609 milhões. As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 4,278 bilhões em 2015.
Os gastos com os juros que incidem sobre a dívida chegaram a R$ 501,786 bilhões em 2015, contra R$311,380 bilhões registrados no ano anterior. Em relação ao PIB, os gastos com juros no ano passado ficaram em 8,46%.
O déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, chegou a R$ 613,035 bilhões no ano passado, ante R$ 343,916 bilhões de 2014. O resultado negativo correspondeu a 10,34% do PIB em 2015.
A dívida líquida do setor público (o balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 2,136 trilhões em dezembro, o que corresponde a 36% do PIB, com aumento de 1,7 ponto percentual em relação a novembro. A dívida bruta (que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,927 trilhões ou 66,2% do PIB, com alta de 1,1 ponto percentual em relação a novembro. (Fonte: Agencia Brasil – Extraído do Portal AdjoriBR)
Raul Velloso defende o apoio dos governadores a reformas
Um dos maiores especialistas em contas públicas do Brasil, o economista Raul Velloso, Ph.D. pela Yale University (EUA), defende o apoio dos governadores à aprovação de reformas pelo Congresso Nacional para reduzir o risco Brasil e, assim, viabilizar a volta dos investimentos e retomada do crescimento econômico. Para ele, quem tem que lidera o envio das propostas de reformas ao Congresso e defendê-las é a presidente Dilma Rousseff. O economista (segundo à esq.) conversou na sexta-feira com o governador Raimundo Colombo e os secretários de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni (D), e do Planejamento, Murilo Flores (E).Colombo disse a ele que também acredita na união dos Estados para conseguir mudanças. Velloso veio ver o que SC está fazendo para enfrentar esse período difícil de recessão. Confira a entrevista:
Na sua avaliação, as medidas de crédito anunciadas pela presidente Dilma na reunião do Conselhão vão permitir a retomada do crescimento econômico?
Numa visão geral, esse tipo de medida tende a não ter muito resultado em termos de ajuda na recuperação da economia. O problema é que eles estão ampliando as possibilidades das pessoas tomarem empréstimos. Isso ajuda a expandir o crédito, mas é preciso saber se do ponto de vista das pessoas, elas vão querer isso. No caso do crédito consignado, se o banco reduzir a taxa, pode ser que algumas pessoas tenham espaço para se endividar mais.
O que a presidente Dilma precisa fazer para a economia melhorar?
Ela tem que mudar a percepção de risco do país, que está muito ruim. Esse é o ponto central: melhorar essa percepção de risco que afeta todos os que transacionam com o Brasil. Se você olhar a taxa de risco do país medida no exterior, hoje ela está muito, muito maior do que era há seis meses. Isso se traduz num custo de dinheiro muito mais alto. Tem duas coisas que acompanham a subida da taxa de risco: a elevação do custo do dinheiro para investimentos e da taxa de câmbio. A taxa de risco subindo, derruba a taxa de investimento. Para o país sair da recessão, a presidente Dilma tem que criar condições para a taxa de investimento subir, e a maneira mais rápida de fazer isso é reduzindo a taxa de risco.
Como reduzir o risco Brasil?
Aí vem para o lado fiscal, que é a minha área. A única coisa que ninguém consegue arrumar é o lado fiscal. Eu continuo chamando a atenção para esse problema. Para mudar isso, o país precisa de superávit fiscal elevado. Hoje, temos um déficit. É preciso transformar déficit em superávit. O mercado aponta que este ano teremos um déficit primário de 1,4% do PIB enquanto precisaríamos de um superávit primário de 2%. É um ajuste de 3,4% para que as expectativas melhorem e a percepção de risco Brasil caia.
A presidente pediu apoio para a aprovação da CPMF. É a saída?
A reação das pessoas é: por que um imposto novo? Ela teria que cortar na carne. Vão sugerir para mandar embora funcionários públicos. Ela não pode fazer isso porque eles têm estabilidade.
Então, o que é possível fazer?
Eu acredito que resolveria a presidente apresentar um programa de mudanças estruturais que vão exigir mexer na constituição. À medida que forem aprovadas, ainda que a implementação não seja imediata, elas vão melhorar as expectativas. As pessoas entendem a impossibilidade imediata de redução de custos. Mas saberão que com as mudanças na lei, no médio prazo, as mudanças vão acontecer. Aí a taxa de risco vai desabar de uma hora para outra. Basta aprovar as mudanças estruturais.
Quais são as reformas principais?
As áreas principais para reforma são a Previdência, assistência e pessoal. S&ati
de;o três áreas críticas para reformas. O ideal seria a presidente Dilma estender reformas para outros segmentos. Isso ajudaria a economia crescer mais. Você também ajusta pelo lado da economia porque o que importa é sempre a relação dívida/PIB. Por exemplo, reformas na área da rigidez da legislação trabalhista.
Qual é o motivo da sua visita ao governo de Santa Catarina?
Como sou consultor e palestrante, quando visito Estados procuro conversar com os governos para entender como estão enfrentando a crise.
O que sugere aos governadores?
Eu acho que os governadores deveriam se juntar ao governo federal e ajudar a viabilizar as reformas no Congresso Nacional que eu mencionei antereiormente porque depois eles se beneficiariam pela retomada do crescimento econômico. Daí a arrecadação cresce e os Estados saem da crise. Ou eles se juntam ao governo federal num programa que reduz o risco, faz a economia investir mais a crescer mais, ou o país não vai sair desse embróglio de crise tão cedo.
Brasil vai mal na complexidade de exportações – Quanto maior a variedade de produtos e serviços que um país exporta e quanto mais exclusivos forem esses bens, maior a complexidade econômica. Isso significa mais competitividade no presente e no futuro e salto na geração de riqueza. A última avaliação desse ranking, o Atlas da Complexidade Econômica 2014, elaborado por economistas da Universidade de Harvard e do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), dos EUA, mantém o Japão em primeiro lugar entre 123 países, seguido por Alemanha, Suíça, Coreia do Sul, Suécia e Áustria. O Brasil, que detinha a 41a posição em 2004, caiu para a 51a em 2014. Ficou atrás de países como México, Uruguai e El Salvador. Quando são consideradas regiões produtoras, São Paulo e Rio de Janeiro se destacam mais. Santa Catarina conta com Joinville e Jaraguá do Sul bem posicionadas na lista das cidades exportadoras de máquinas.
A análise brasileira do Atlas da Complexidade foi realizada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) a partir da base de dados DataViva, de MG. São destaques no ranking os saltos da Coreia do Sul da 15a posição para a 4a e da China, de 33a para a 17a.
Os cinco produtos mais complexos integram os grupos de máquinas, químicos e saúde. Os menos complexos são de petróleo, mineração e agrícolas. A análise aponta que a complexidade tem mais peso na geração de renda do que o próprio avanço na qualificação de profissionais. Pesam mais a inovação e a capacidade de dinamizar outras atividades econômicas. O atlas alerta que a economia do país só avançará se gerar mais valor. (Fonte: Diário Catarinense – Estela Benetti)
Doa a quem doer
Se Lula ficar fora da disputa à presidência em 2018, PT ficará sem pai nem mãe. Lideranças do partido disfarçam, mas o PT está em pânico com as investigações envolvendo o ex-presidente Lula. Qualquer arranhão na imagem dele representa um prejuízo político incalculável para o partido que já amargou baixas importantes. José Dirceu, José Genoíno e Antonio Palocci são apenas alguns dos figurões do passado que caíram ao sabor dos escândalos. Com uma histórica dificuldade na renovação de seus quadros, o PT tem em Lula mais do que o seu líder supremo, símbolo e guru. O partido não preparou outro candidato competitivo para 2018.
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, é citado como um reserva na disputa presidencial. Mas se Lula não tiver condições de concorrer, a consequência é direta: nenhum outro petista entrará na batalha de maneira competitiva.
A defesa do ex-presidente nega as suspeitas envolvendo a reforma da OAS no apartamento do Guarujá (SP). Se há ou não alguma relação pouco republicana do ex-presidente com a empreiteira, isso é o que deve ser desvendado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Não há como engavetar. O promotor de Justiça de São Paulo Cássio Conserino convocou Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia para depor sobre o caso do triplex. Será a primeira vez que os dois vão depor como investigados. Uma situação nada corriqueira para um ex-presidente da República.
Não à toa, dois dos ministros mais importantes do governo Dilma – Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça) – saíram em defesa de Lula. Padrinho de Dilma, o ex-presidente nunca esteve tão presente em Brasília como nos últimos meses. A liberação de crédito para incentivar o consumo tem a digital do petista. Não há como descolar uma figura da outra. O desgaste político de Lula alimenta a crise política de Dilma.
Enterro dos ossos – O governo do Estado assina acordo de renegociação da dívida do Estado com a União ainda em fevereiro, depois do Carnaval. Nesta segunda-feira, o governador Raimundo Colombo estará em Brasília para reunião de governadores e o principal assunto são as contas dos Estados e a necessidade de ajuda do governo federal.
Alvo de apelos – Estados em crise financeira querem do governo Dilma um prazo de carência para o pagamento da dívida com a União. Esse desejo não é de hoje, mas agora há articulação concreta liderada nos bastidores pelo Rio de Janeiro e acompanhada de perto pelo Rio Grande do Sul. Esse deverá ser um dos assuntos da reunião dos governadores que ocorre hoje, em Brasília, com a presença do catarinense Raimundo Colombo. Neste debate, Santa Catarina está em uma situação bastante confortável, sem desespero para fechar as contas. Politicamente, no entanto, o Estado receberá o apelo das demais regiões para que ajude a convencer a equipe econômica. O interesse imediato do governador Colombo é assinar ainda em fevereiro o contrato do novo indexador da dívida, abrindo espaço fiscal para a tomada de novos financiamentos. Santa Catarina também precisa que a União retome o ritmo de investimentos em infraestrutura. Governadores têm interesses diversos, mas poderão se unir para pressionar o Planalto.
Grito de carnaval – Altas temperaturas na volta das atividades do Congresso, a partir de amanhã. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enfrenta denúncias sobre novas contas no exterior. Do lado petista, as suspeitas envolvendo Lula desgastam o PT e alimentam a oposição. Trabalho mesmo, só depois do Carnaval.
Tentativa – O governador Raimundo Colombo ainda aproveita a viagem a Brasília para uma reunião na Secretaria de Aviação Civil. A concessão do aeroporto de Florianópolis e investimentos nos terminais de Chapecó e Jaguaruna estão na pauta. A ideia é transformar este último em um aeroporto de cargas. Vale lembrar que desde a saída de Eliseu Padilha da pasta, em dezembro, o ministério está sob o comando de um interino.
Era uma vez… – O plano de aviação regional ainda patina. Fora das concessões, essas obras dependem dos escassos recursos do orçamento da União.
Olho no olho – Em princípio, o ministro Jaques Wagner (Casa Civil) se prepara para ir amanhã ao Congresso para ler a mensagem presidencial à retomada dos trabalhos. A presidente Dilma, no entanto, foi aconselhada a tomar a iniciativa e enfrentar o plenário. (Fonte: Diário Catarinense – Carolina Bahia)
Boa ideia
A forma mais rápida e barata de implantar uma ciclovia ligando o Centro a Canasvieiras e livrando os ciclistas da SC 401 é resgatar a estrada antiga, com seus enormes trechos abandonados. Por ser patrimônio público, não pode ser apossada e fechada como ocorre em alguns trechos. Transformá-la em uma maravilhosa ciclovia seria uma dádiva para todos os ciclistas.
Para o ex-vereador do Partido Verde André Fresysleben Ferreira, essa nova ciclovia poderia ser em forma de parceria público-privado em sua exploração comercial. “Pode vir a ser uma importante via de deslocamento saudável, funcional e turístico! Até a ponte pode virar uma atração novamente! Vamos resgatar a estrada velha”, convoca o ex-vereador. (Fonte: Diário Catarinense – Cacau Menezes)