CNT aponta que apenas 40,7% das estradas em SC são ótimas ou boas

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CNT aponta que apenas 40,7% das estradas em SC são ótimas ou boas

A 20ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias constatou que dos 3.179 km analisados no Estado de Santa Catarina, 59,3% estão entre regular e péssimo no estado geral, cuja avaliação considera as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Foram avaliadas 30 rodovias com extensão estadual e federal em Santa Catarina. Os piores trechos no Estado são de jurisdição estadual: a rodovia SC-451 entre o município de Caçador e a BR-153; e a SC-473 (atualmente denominada SC-305) entre o município de São Lourenço do Oeste até a BR-163.  O estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e do SEST SENAT abrange toda a extensão da malha pavimentada federal e as principais rodovias estaduais pavimentadas.

De acordo com a pesquisa, em relação ao pavimento,  56,7% foram classificados com ótimo ou bom, e 43,3% entre regular, ruim ou péssimo. Quanto a sinalização, a pesquisa apontou que 58,5% são mal sinalizadas. Já a geometria da via, um dado preocupante: 76,9% encontram-se avaliadas entre regular, ruim ou péssimo. Na geometria da via são identificadas as condições das características geométricas da via, subdivididas em tipo de rodovia, perfil da rodovia, presença de faixa adicional de subida, presença de pontes e viadutos, presença de curvas perigosas, condição da curva perigosa, presença de acostamento e condição do pavimento do acostamento.

A pesquisa da CNT também avaliou as rodovias conforme a administração de cada uma, ou seja: gestão pública (estadual e federal) e gestão concedida. O levantamento apontou que apenas 30% das rodovias administradas pela gestão pública estão ótimas ou boas, sendo que deste total 54,3% são de responsabilidade do Governo Federal. Apenas 3,9% das rodovias estaduais foram consideradas boas, enquanto 96,1% foram avaliadas entre regular e péssima. Por outro lado; 90,9% das rodovias concedidas, ou seja, 508 km dos trechos avaliados na pesquisa, estão em condições ótimas ou boas e apenas 9,1% foram consideradas regular.  

“Precisamos de fortes investimentos na infraestrutura de transporte e logística, e de modernização da infraestrutura rodoviária”, disse o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Ari Rabaiolli, que se mostrou surpreso com a avaliação da BR-470, que segue do município de Itajaí, no norte do Estado, a Campos Novos na região Oeste de Santa Catarina. “A minha surpresa foi a 470 não ter sido considerada como péssima”. A BR-470 foi avaliada como regular no estado geral.

Custo operacional – De acordo com a pesquisa, somente os problemas no pavimento geram um aumento médio de 24,9% no custo operacional do transporte. A má qualidade das rodovias é reflexo de um histórico de baixos investimentos no setor. Em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor investido em rodovias (R$ 5,95 bilhões) foi quase a metade do que o país gastou com acidentes apenas na malha federal (R$ 11,15 bilhões) em 2015. Já em 2016, até setembro, dos R$ 6,55 bilhões autorizados para investimento em infraestrutura rodoviária, R$ 6,34 bilhões foram pagos.

A CNT calcula que, para adequar a malha rodoviária brasileira, com obras de duplicação, construção, restauração e solução de pontos críticos, seriam necessários investimentos de R$ 292,54 bilhões. A etapa de coleta da Pesquisa CNT de Rodovias 2016 durou 30 dias (de 4 de julho a 2 de agosto).

Fonte: Assessoria de Imprensa/ Fetrancesc

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