Florianópolis, 14.4.16 – A duplicação tem potencial de reduzir em 54% o número de mortos em acidentes no trecho da BR-116 que passa por Santa Catarina. A estimativa foi apresentada pelo engenheiro Newton Gava, que realizou estudo sobre a viabilidade da obra para a concessionária Autopista Planalto Sul. Segundo o especialista, as colisões frontais foram responsáveis por 42% das mortes entre 2011 e 2014, enquanto as colisões transversais causaram 12% dos falecimentos. Com a duplicação das pistas e eliminação dos cruzamentos em nível, estes tipos de acidente tenderiam a zero. Gava falou sobre seu estudo em reunião da Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
De acordo com o engenheiro, dos 380 quilômetros da rodovia sob concessão no Paraná e em Santa Catarina, a duplicação se mostrou viável no trecho entre Curitiba e Lages, com 270 km ainda em situação de pista simples. Esta obra teria custo aproximado de R$ 3 bilhões e estaria concluída em sete anos. O estudo mostrou que a duplicação, se realizada unicamente com recursos da concessionária, teria potencial para mais que dobrar o valor do pedágio na rodovia.
O presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou a importância de melhorar a segurança da rodovia, mas manifestou preocupação com os custos. “Esta perspectiva de aumento no valor pago pelos usuários é preocupante. É preciso encontrar uma solução que viabilize esta importante obra sem que o custo seja repassado para as tarifas de pedágio”, ressaltou.
Para Antonio Cesar Sass, diretor-superintendente da Autopista Planalto Sul, a rodovia precisa estar a altura da dinâmica economia da região e de sua posição estratégica de ligação com os países do Mercosul, como já acontece com a BR-101. Neste sentido, o engenheiro Gava destacou ainda que a melhoria das condições da BR-116 atrairia parte da demanda que utiliza a BR-101, ajudando a aliviar a saturação da rodovia litorânea. Fonte: Imprensa FIESC. Foto: O primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, Pedro Lopes e Antonio C Sass. Foto: Heraldo Carnieri/Divulgação FIESC.
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