‘É nossa obrigação concluir esta obra’, assegurou o superintendente da Autopista Litoral Sul sobre o Contorno Viário da Grande Florianópolis

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‘É nossa obrigação concluir esta obra’, assegurou o superintendente da Autopista Litoral Sul sobre o Contorno Viário da Grande Florianópolis

Florianópolis, 27.9.16 – Dezesseis quilômetros de cinquenta dos que delinearão o Contorno Viário da Grande Florianópolis já estão em andamento. Esta quantidade deverá ser dobrada até o final de 2016. “Precisamos estar com este trecho em andamento até o final do ano. Esta é a nossa meta para o Contorno Viário”.
Isso foi o que alegou o superintendente de Investimento da Autopista Litoral Sul, Marcelo Módolo, aos membros da diretoria da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) na tarde desta segunda-feira, 26 de setembro. Ele falou sobre o andamento e imbróglios das obras da rodovia que servirá como rota paralela à BR-101 na região e deverá receber cerca de 20% do tráfego de veículos pesados que hoje transitam pela estrada federal.
A transferência de tráfego para o Contorno Viário “não vai resolver 100% do problema de mobilidade neste trecho da BR-101, mas vai amenizar”, alegou Módolo. Embora vista como pequena diferença, a transferência do tráfego trará grandes benefícios aos transportadores, segundo o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. “Daremos mais qualidade ao transporte realizado na região, já que os caminhões transitarão por uma rodovia construída especialmente para veículos de grande porte”, destacou.
A fluidez no trânsito com a retirada dos caminhões e veículos maiores da BR-101 será apenas um dos benefícios que o Contorno Viário trará para a malha viária, na opinião de Rabaiolli. O presidente da Fetrancesc vê a redução de acidentes e congestionamentos como outro aspecto positivo. “Com isso, serão acionados menos seguros, haverá menos congestionamento e os carros e motocicletas não precisarão driblar as longas filas, perdendo tempo e gastando combustível. Os caminhões, por sua vez, pagarão por pedágios físicos, mas não os forçados, quando são contabilizadas perdas por eles ficarem parados em filas”, salientou.
O que deixou os líderes do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) de Santa Catarina satisfeitos foi saber que as obras estão andando. O vice-presidente regional da Fetrancesc, Lorisvaldo Piuco, foi um dos que ficaram animados com a apresentação de Marcelo. “Não sabia que já tinha tanta coisa pronta”, disparou ao saber dos 16 km em andamento. “O que me dá esperança de que vai sair esta obra é ter a confirmação de que está começado e em andamento”, acrescentou.

Imbróglios – Ao longo da execução do Contorno Viário, vários foram os imbróglios que exigiram a reelaboração do projeto inicial da obra e geraram enormes atrasos nas obras. Um deles foi acesso Sul, entre Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça, onde será necessária a inclusão de túneis para a finalização dos trabalhos. “Houve um crescimento elevadíssimo da região desde a elaboração do primeiro projeto e, em virtude disso, a obra causará grande impacto social naquela região”, destacou o superintendente.
Um aterro sanitário identificado na região de Biguaçu, localizado em um espaço de um quilômetro do local por onde deveria passar o traçado original, é motivo para outro imbróglio. De acordo com Marcelo, “está sendo feito um detalhamento da obra e do local para contemplar o afastamento do local por onde está o aterro”.

Regras específicas – Para transitar na nova rodovia, os motoristas precisarão ficar atentos às regras já estabelecidas no projeto: deverão manter uma velocidade de 100 Km/hora, explicou Marcelo Módolo. Limite que deveria ser padronizado, de acordo com o de todas as rodovias, na opinião do presidente do Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Carga em SC (Setcesc), Osmar Ricardo Labes. “Em uma é 100 Km/h, na outra 110. Por que não manter a mesma velocidade para todas elas?”, questionou.

As desapropriações – Durante muito tempo, as desapropriações de territórios por onde passará o Contorno Viário foram as principais razões para atrasos no início e continuidade das obras. Em 2013, por exemplo, houve apenas 22 acordos com proprietários de territórios. Já em 2014 este número subiu para 97. O grande destaque, por sua vez, foi em 2015, com a criação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon) na Vara Federal, em Florianópolis. Com a articulação de juízes conciliadores, 258 processos foram finalizados no último ano. A mesma quantidade deverá ser contabilizada até o final de 2016, adiantou Marcelo Módolo.
O superintendente apresentou, ainda, dados mensais das audiências conciliatórias e apontou julho/2016 como o mês recorde em definição de indenizações das desapropriações. Foram 74 casos definidos somente neste mês. Em janeiro houve 26; 19 em fevereiro; 14 em março; 26 em abril; 6 em maio; 9 em junho; 18 em agosto; e 28 até o final de setembro. Para os últimos meses de 2016, estão previstas 24 audiências em outubro, 10 em novembro e 4 em dezembro.

Obra garantida até o final – A conclusão das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis renderá benefícios em todos os aspectos para a região, sobretudo aos empresários do setor de transporte, que “conseguirão reduzir custos e aumentar a lucratividade”, apontou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli. Por isso, os membros da diretoria não hesitaram e fizeram desta dúvida a última pergunta da conversa com Marcelo. “É obrigação da Autopista concluir esta obra como contrapartida em investimentos da concessão. Está tudo aprovado e garantido. As modificações existem e são analisadas”, assegurou o superintendente de Investimentos.

Fonte: HA/Imprensa Fetrancesc

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