Florianópolis, 11.4.16 – A chance de ter uma oportunidade de fazer um teste em um grande clube de futebol esteve em apenas um olhar, neste fim de semana para 160 atletas dos 10 aos 17 anos das Escolinhas de Futebol do SEST SENAT Florianópolis e Espaço Aberto. Eles foram avaliados pelo observador técnico do Sport Club Internacional, Paulo Amaral.
No tempo de 40 a 60 minutos, os pequenos e jovens jogadores, escalados em equipes de acordo com a sua categoria, entraram em campo no 63º Batalhão de Infantaria do Exército, para mostrar técnica, tática, competitividade, movimentação, intensidade de jogo e personalidade no gramado. Esses foram os requisitos levados em conta por Amaral. E nos próximos dias, ele vai informar se houve selecionados.
Todos, depois de deixar o campo, acreditavam que tinham tido um bom desempenho em campo. Um deles, que já leva o nome do ídolo de seu pai, Vagner Love Machado Oliveira, 11 anos, atuou como goleiro e considerou que teve uma boa apresentação com saídas do gol rápidas e precisas, bom encaixe, sem furar e sem levar “frango”. Para ele, ganhar uma oportunidade no Internacional seria uma grande homenagem ao pai que faleceu de acidente de moto, há três anos,Ele era goleiro do Esporte Clube Unidos da Vila Aparecida, de Florianópolis e “muito treinou comigome ensinou a fazer boas defesas”, lembra.
Paulo Amaral explicou que a vinda Florianópolis aconteceu após conhecer o grupo e o coordenador das Escolinhas, professor Cleber Abreu, em uma disputa das equipes do Polo Olímpico, em Nova Londrina, no Paraná. Ele disse que desde que a Fifa proibiu a intermediação e empresários junto a futuras promessas, o Sport Club Internacional começou no final do ano passado o projeto Observadores Técnicos. São profissionais que conhecem o futebol e que fazem o papel de olheiros. Acompanham treinos e disputas de jovens atletas para descobrir futuros jogadores.
Segundo Amaral, se das seletivas são escolhidos alguns, eles são convidados a passar de uma a duas semanas no Clube para avaliação dos técnicos das respetivas categorias. Mas adiantou que são muito rigorosos na seleção, porque esse trabalho além da responsabilidade, pois alimenta esperanças e sonhos, tem um custo para o clube que são as despesas da permanência do jovem no Clube.
O garoto da Escolinha do Sest Senat, Bernardo Borges, 11 anos, que atua na função e atacante, conhece um pouco dessa dedicação, pois seu pai, Jaques Borges, hoje empresário, foi jogador profissional pelo Brasil de Pelotas e Caxias, ambos no Rio Grande do Sul. E além disso, fazer um teste no Internacional seria estar no mesmo palco do eterno ídolo, Fernandão.Ele acredita ter boas caraterísticas para ser jogador como buscar a bola no meio do campo e lançar para quem está na frente ao aproveitar a oportunidade de gol quando recebe a bola de um companheiro.
O professor Cleber Abreu disse que tem levado os garotos para disputas em torneios e campeonatos como uma possibilidade de serem descobertos por olheiros. Mas frisa que sempre há muita conversa com os jovens, pois ser atleta é muito diferente de ser jogador de futebol. “Jogador de futebol qualquer um pode ser”. Além disso, afirma ele, é preciso cuidado, pois muitos pais querem tornar os filhos jogadores de futebol e nem sempre é isso que querem. OU até pode surgir uma oportunidade, mas na maioria das vezes não passam de uma oportunidade. Junto com sua equipe, os auxiliares técnicos,Marcos ViniciusAraújo, Fábio Souza e o estagiário Felipe Neto já encaminharam jovens para clubes profissionais como o Luverdense, o Guarani de Palhoça e o Atlético Paranaense.
Fonte: JP/Imprensa Fetrancesc/SEST SENAT
Fotos: Juraci Perboni e Marcos Vinicius Araújo/Divulgação SEST SENAT