Infraestrutura aeroportuária aumenta competitividade e reduz custo logístico, por Ruy Gobbi*

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Infraestrutura aeroportuária aumenta competitividade e reduz custo logístico, por Ruy Gobbi*

Faz muito tempo que a ampliação do Aeroporto Hercílio Luz é um anseio tanto dos catarinenses quanto dos turistas que fazem de Florianópolis um dos destinos mais procurados do Brasil. E falar isso soa como um clichê: todos estão acostumados a escutar. O que poucos ouvem são as frustrações de quem utiliza o terminal de cargas para movimentar a economia do Estado.

Ao olhar para o terminal de passageiros sempre superlotado causa ansiedade, mesmo sabendo que com o processo de concessão o espaço será ampliado. No entanto, perceber que o de cargas ficará nas mesmas condições, mesmo depois de concedê-lo à administração indireta, é ver uma injeção de bons fluídos para a economia ser desperdiçada. É um descaso com os catarinenses. Uma falta de incentivo, profissionalismo e respeito com o desenvolvimento da cadeia do transporte de cargas.

A maioria da carga aérea catarinense é escoada por aeroportos de outros Estados, em especial o de Guarulhos (SP) e Viracopos (Campinas/SP), em virtude da estrutura precária que Santa Catarina dispõe.

A indústria catarinense é ampla e diversificada. Isso sem falar na produção de alimentos, em especial frutos do mar, que são direcionados para diversos estados Brasileiros e exportados para diversas partes do mundo. Estas cargas são perecíveis e necessitam agilidade logística. O remanejamento especializado aumenta o custo e o precioso tempo de movimentação, já que precisam ser direcionadas a outros aeroportos. Além de não valorizar o Estado, isso gera um aumento incontável no valor do produto para o consumidor final, que pode inviabilizar o negócio.

Que o Aeroporto Hercílio Luz não terá estrutura para receber aviões de grande porte, mesmo com a ampliação dos terminais em virtude da concessão, já é sabido. Mas há, sim, saídas para desenvolver a estrutura e, com isso, aumentar o volume de cargas de pequeno porte, pelo menos. E isso não apenas para o terminal da Capital, mas em todos os demais do Estado. O impacto positivo na economia seria gritante e apressado.

O investimento em infraestrutura aeroportuária em SC o igualaria ao modal portuário, hoje uma referência em termos de eficiência para o País. Isso aumentaria a competitividade, além de reduzir o custo logístico e impactar menos no bolso do consumidor, que desembolsaria menos dinheiro na hora de fazer as suas aquisições.

*Ruy Gobbi é presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga da Região de Florianópolis (Sindicargas).

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