As duplicações das BRs 101 (conclusão), 470, 282 e 280 são grandes anseios dos catarinenses. Os conterrâneos da Heroína dos dois Mundos, a Anita Garibaldi, também batalham pela restauração completa da Ponte Hercílio Luz, a recuperação do Porto de Itajaí, o desfecho do Contorno Viário da Grande Florianópolis, a construção de uma rodovia paralela à 101 exclusiva para veículos de grande porte e a conservação de rodovias.
Quando pontuamos alguns deles, parecem ser muitas batalhas. Inclusive, há diversos outros pedidos em áreas como a saúde, educação e segurança pública. Então, a resposta acaba sendo: a sociedade pede muito. O detalhe é que, por mais que sejam várias as necessidades, apenas aparentam serem difíceis de serem solucionadas. Isso porque, na prática, exigem injeções de recursos em pilares que, literalmente, sustentam toda a população brasileira, e não apenas Santa Catarina, desde os mais humildes aos da classe A.
Investimentos mobilizam diversos braços para o desenvolvimento do País. São Ministérios, grupos políticos, forças empresariais e, sobretudo, grandes investidores. E é justamente por este aspecto, o da destinação de capital, que reforço: não é tão difícil quanto aparenta ser, ou quanto faz-se ser, investir naquilo que é básico para a população. Aliás, é o mínimo.
Faço esta afirmação ao constatar que, ao longo de treze anos, de 2002 até 2015, o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) financiou mais de 14 bilhões de dólares para outros países. O que empregou maior valor foi a Venezuela com 3,2 bilhões, seguido da Republica Dominicana com 2,5 bilhões, e a Argentina com 2 bilhões.
Se comparado com os valores liberados para o Brasil, 800 bilhões de reais, cerca de 200 bilhões de dólares com a atual cotação, este número demonstra ser simbólico. Mas se pensarmos no quanto este dinheiro ajudaria se empregado em financiamentos de grandes necessidades do brasileiro?
Com estes 14 bilhões de dólares corretamente aplicados, o motorista poderia contar com rodovias de primeiro mundo, portos com estrutura digna de arrecadações milionárias, infraestrutura de transporte impecável em todos os modais, além de saúde, educação e segurança, referências para todos os países. O mais interessante deste aglomerado de informações, é que eles questionam meios de fazer o País sair da inércia, caminhar para frente.
E é isso que queremos: que hajam mais investimentos no nosso país e que não continuemos passivos, para que sejamos senhores do nosso mundo. Ver o Brasil caminhar para frente é a consequência positiva disso tudo.
*Ari Rabaiolli é presidente da Fetrancesc.
Leia as edições da coluna da Fetrancesc desta quinta-feira, 18 de agosto:
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