Florianópolis, 8.10.15 – É preciso conhecer o planejamento dos diferentes órgãos públicos federais, estaduais, municipais e os privados para áreas como abastecimento de água, de energia, de saneamento básico, meio ambiente, logística, transporte, ocupação urbana, segurança pública e sistema viário para estabelecer os planos conjuntos da Grande Florianópolis. Essas foram as observações feitas na reunião de ontem, pelos integrantes do Comitê para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Florianópolis (Coderf).
Por isso, para o próximo encontro serão convidados representantes de alguns segmentos para falar de seus planos para a região e especialmente para que seja definido o trabalho conjunto.O Diretor Técnico da Superintendência para o Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianopolis (Suderf), Lanes Randal Prates Marques, se mostrou satisfeito com o andamento dos trabalhos e disse que com a apresentação das propostas existentes para a região já é possível fazer estabelecer as diretrizes para um projeto macro.
Marques fez a avaliação após a apresentação pela representante do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, arquiteya Sueli Lenzi, do trabalho, Floripa 2030 – Agenda Estratégica de Desenvolvimento Sustentável de Florianopolis na Regiao, desenvolvido pela organização Floripa Amanhã.
É um documento resultado e amplo debate realizado em 2008 com diversos atores sociais e que estabelece o que deve ser pactuado para o futuro baseado em estratégias, como Florianópolis sinônimo de qualidade; cidade multicultural e polinuclearidade; pioneira em reserva de Biosfera em Ambiente Urbano; demanda de maior mobilidade urbana e a integração dos municípios da Grande Florianópolis.
Mas a arquiteta afirmou que neste documento o transporte de carga não foi estudado. O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, disse que o Grupo Paritário Trabalho da BR-101, que esteve reunido na terca-feira, em Joinville, decidiu antecipar as soluções previstas para o trecho da Grande Florianópolis, que prevê a construção de um eixão para desafogar o tráfego urbano que se transformou a rodovia. O documento do GPT com as soluções está em análise na ANTT. A sugestão do grupo e que a Autopista Litoral Sul faca a obra e seja aumentado o prazo de concessão. O representante da Suderf, Guilherme Medeiros, ressaltou que é necessário retomar o diálogo com a Autopista e iniciar com o GPT, já que a proposta prevista pela Superintendência é criar um corredor de Transporte coletivo da BR-101 que segue pela via expressa até Florianopolis. E isso precisa estar inserido na proposta do GPT. Para essa conversa, Lopes vai levar um convite para uma reunião conjunta.
Lopes também levou o assunto das empresas de transporte de entulhos, que fazem centenas de viagens diárias com material de construção que poderia ser reciclado e reaproveitado. Hoje é descartado.
Outro tema levado pelo presidente da Fetrancesc é a preocupação dos supermercadistas e dos distribuidores atacadistas com relação ao transporte na Grande Florianópolis. Nas cidades, destacou, as administrações municipais só querem tirar os caminhões das vias. Sempre pensam em tirar os caminhões, esquecem que tudo chega pelo caminhão ao comercio, à industria, construção civil e outros. Lopes também defendeu o novo traçado do Contorno em Palhoça. Segundo ele, o projeto tem qualidade técnica que contribui para desafogar o trânsito também da BR -282 me Santo Amaro da Imperatriz, na chegada à 101.
Ele também sugeriu que haja um controle maior na autorização de construções. É preciso que as prefeituras, a Celesc e a Casan vejam com seriedade e analise técnica a liberação de novas obras. Precisa ter certeza que esses locais têm viabilidade de tráfego, de transporte de abastecimento de água e luz, de saneamento básico, escolas, comércio e emprego, pois as pessoas moram ou trabalham no local, mas precisam se deslocar para o outro lado da cidade para seus compromissos.
Sueli Lenzi ressaltou que é necessário repensar a ocupação urbana que está baseada em exclusão.
O presidente das empresas de transporte coletivo Emflotur e Biguaçu, Leo Mauro Xavier falou. Foi feito um estudo técnico, em fase de solução, pela empresa para o transporte coletivo para a região de sua atuação.
Os representantes dos municípios de Santo Amaro da Imperatriz, São Pedro de Alcântara e de Águas Mornas mostraram preocupação com o abastecimento de água para a Grande Florianópolis, especialmente pela baixa reserva, falta de maior proteção do Parque da Serra do Tabuleiro e o uso elevado de agrotóxicos. Além da ligação de energia elétrica que não sabem se segue critérios técnicos.
Por isso, nas próximas reuniões devem participar reles tantos das empresas desses serviços para apresentar seus planos e responder a essas questões. Fonte:JP/Imprensa Fetrancesc
Fotos: juraci perboni
Fotos: juraci perboni