Lages, 24.6.16 – Entender o que o outro passa e sente é fundamental para que o ser humano entenda situações do cotidiano. Por isso, a empatia é um método utilizado em treinamentos, pelo menos nos realizados pelo SEST SENAT Lages. É o caso, por exemplo, do curso de Atendimento com Excelência para Pessoas com Restrições de Mobilidade, em que motoristas do transporte coletivo de passageiros vivenciam situações comuns do dia-a-dia, mas com redução de mobilidade.
Foi o caso do motorista da empresa Reunidas, Valdelino Alves Garcia, que integrou uma das turmas da série de treinamentos realizada na última semana. Ele teve os olhos vendados para passar por situações enfrentadas por deficientes visuais e também entendeu a realidade daqueles que utilizam cadeira de rodas. “A gente está trabalhando as especificidades das pessoas que têm dificuldades para poder atender melhor os clientes”, comentou.
Deficiente físico desde os 16 anos, Silvemar Souza Zanelato, participou desta série de treinamentos para os colaboradores da empresa Reunidas. Garante que a proposta de os alunos se colocarem no lugar de passageiros com limitações para o deslocamento faz os “motoristas sentirem na pele o que é ser deficiente físico” e isso “conscientiza os profissionais do volante”.
Ele participou do treinamento em Lages, mas houve outros na sede da empresa em Curitibanos. A lição que Zanelato tirou do curso foi o reforço à necessidade de paciência dos motoristas de ônibus para o transporte de pessoas com limitações, seja por deficiência ou por ser idoso ou gestante.
O treinamento – A série de treinamentos realizado para os colaboradores da empresa Reunidas foi dividida em seis turmas. Três delas aconteceram na sede da empresa em Lages e as demais em Curitibanos. A missão do curso, segundo a psicóloga e instrutora do SEST SENAT Lages, Rosângela Matos, é garantir condições de um transporte seguro e digno aos passageiros. “Conhecer os tipos de deficiência e as limitações das pessoas com restrição de mobilidade e saber como trabalhar para minimizar essas dificuldades e obstáculos é fundamental para a prestação de um excelente atendimento”, destacou.
Rosângela explicou que o treinamento é dividido em etapas. Há a parte teórica, em que os motoristas são orientados sobre como atender os passageiros corretamente e a prática, quando são colocados no lugar de passageiros com limitação para entender qual o melhor atendimento a ser oferecido. Segundo o gerente da Unidade, Renato Macedo, o curso faz com que se entenda que “as pessoas com deficiência ou restrição de mobilidade não precisam apenas de transporte com infraestrutura e veículos acessíveis. Elas precisam, também, de atendimento com excelência”.
Fonte: HA/Imprensa Fetrancesc/SEST SENAT
Fotos: SEST SENAT/Divulgação