O Estado de Iguaçu, por Pedro Lopes*

O Estado de Iguaçu, por Pedro Lopes*

Renasceu no Oeste Catarinense uma realidade sobre a qual poucos acreditavam que viria a acontecer: o desmembramento do Estado de Iguaçu de parte de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Foi esta a constatação que fizemos por ocasião da reunião do Conselho das Entidades Empresariais de Chapecó e região, realizada para debater a proposta de concessão, praças de pedágio e tarifas do lote que inclui as rodovias BR-476 no Paraná e as BRs 153, 282 e 480 em Santa Catarina.
A região do Oeste, principalmente os transportadores de cargas, depende desta ligação para o escoamento da produção para o Centro-Oeste ou Porto de Paranaguá.  A região não se interessa pelos portos do litoral catarinense.  A razão, dizem eles, foi o esquecimento das melhorias nas rodovias BR-280 e BR-470 que ligam aos terminais portuários no Litoral.
Enquanto o Oeste foi contemplado com um lote para a concessão, as regiões do Vale e Litoral ficaram ouvindo promessas de campanhas que não foram cumpridas.
Hoje está, literalmente, fora de qualquer propósito a sonhada, prometida e desenhada ferrovia Chapecó-Itajaí.  A concessão do trecho rodoviário no Oeste ligando ao Paraná se transformou na Rodovia do Frango, substituindo a Ferrovia do Frango, esta ligando o Oeste a Leste.
O trecho das BRs 476, 153, 282 e 480 planejado para concessão, com custo de R$ 4,3 bilhões, valores de janeiro de 2014, é aprovado e esperado pelo Oeste desviando a economia para porto do Paraná.
Imaginem o que esta realidade nos mostra e o que será dos nossos portos no futuro. Podemos minimizar um pouco o impacto se tivermos duplicada a BR-116.
Temos que aceitar duas realidades: a Ferrovia Norte-Sul e a Rodovia do Frango ligando o Oeste de Santa Catarina com o Paraná. E, quem sabe, o Estado de Iguaçu.

*Pedro Lopes é presidente da Fetrancesc.

Coluna Fetrancesc – Diário Catarinense
Coluna Fetrancesc – Jornal de Santa Catarina
Coluna Fetrancesc – A Notícia

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