Florianópolis, 26.11.15 – Lamento como procuram expor o valente transporte rodoviário de carga, ridicularizando um segmento que presta relevante serviço à economia e ao povo brasileiro. É preciso esclarecer que o consumo de drogas está presente em todos os âmbitos sociais, inclusive das mais simples às mais abastadas famílias da nossa sociedade.
Esperava ver encerrado o assunto do uso de entorpecentes por caminhoneiros. Esperava, ainda, que, comparando as reportagens veiculadas anteriormente, já tivéssemos um plano de fiscalização mais eficiente ou pelo menos anunciado. Como em um programa de repressão, em que o empresário do transporte, consciente e responsável, constata, trabalha na própria empresa ou utiliza do Sest (Serviço Social do Transporte) programa específico através dos psicólogos e fisioterapeutas.
O que assistimos na televisão atingiu empresas e autônomos, levando todos à vala comum. Ratifico: por que não fornecem nomes, se é que os tem? Será que isto tem a ver com a greve que os autônomos realizaram outro dia?
A alteração da lei de controle da jornada do motorista determina o limite de trabalho do profissional, exige fiscalização e não permite que isto aconteça. O que queremos, portanto, é que se denuncie os que estimulam práticas como esta, mas não se generalize, o que é uma injustiça.
*Pedro Lopes é presidente da Fetrancesc.