A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou, nesta quarta-feira (21), o Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas. Segundo o documento, a tarifa aérea média doméstica real (atualizada pela inflação) fechou 2017 em R$ 357,16, representando uma redução de 0,6% – na comparação com 2016. A agência informa que esse é o menor valor registrado na série histórica desde 2011.
O preço do quilômetro pago por passageiro (ou, tecnicamente, Yield Tarifa Aérea Médio Doméstico Real), que permite a comparação entre ligações com diferentes distâncias, teve queda de -3,1% em 2017 com relação a 2016. Fechou em R$ 0,308, também o menor da série histórica.
Ao longo de 2017, mais da metade das passagens aéreas efetivamente vendidas, 52,9%, foram comercializadas abaixo de R$ 300,00, sendo que parte delas, o equivalente a 6,6% do total, foi vendida abaixo de R$ 100,00. Do total, 0,7% foi comercializado acima de R$ 1.500,00.
Ainda de acordo com o levantamento, na comparação com 2016, a procura por voos domésticos no país subiu 3,2% em 2017. A oferta doméstica de transporte aéreo, por sua vez, também cresceu em 2017 (1,4%), revertendo a retração de 0,5% observada no primeiro semestre, em comparação com iguais períodos de 2016.
A taxa de ocupação (aproveitamento dos assentos das aeronaves) em voos domésticos foi de 81,5%, o que equivale a um crescimento de 1,8% na comparação com 2016. Em relação aos passageiros pagos transportados, o crescimento foi de 2,2% no ano, totalizando 90,6 milhões.
Os resultados coincidem com o período em que entrou em vigor a Resolução nº 400 da ANAC, que, entre outros assuntos, desregulamentou a franquia de bagagem despachada em voos domésticos e internacionais no país.
O levantamento também mostra que, em 2017, o item combustível representou cerca de 30% dos custos e das despesas dos serviços de transporte aéreo de passageiros. No primeiro semestre do ano passado, o valor médio do litro do QAV (querosene de aviação) oscilou entre R$ 1,51 e R$ 1,60, atingindo R$ 1,81 no final do ano, tendo permanecido até 24% acima dos valores médios praticados em 2016, com exceção do mês de julho, quando o preço médio ficou 4,5% abaixo.
Assessoria ABTC