Cinco das dez rodovias federais mais violentas em 2020 no Brasil, segundo o Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, estão ou cortam Santa Catarina. A BR-101 está no topo do ranking, seguido da 116 (2ª), 153 (5ª), 163 (7ª) e 376 (10ª).
Em paralelo, no universo das rodovias federais com maior incidência de mortes em acidentes no País, o Estado também catarinense está presente, desta vez com quatro das dez rodovias, excluindo-se apenas a 376 da lista anterior.
Neste cenário, a BR-101 também está no topo das rodovias federais catarinenses que mais tiveram acidentes com vítimas em 2020. Em seguida, na segunda posição, está a BR-470, seguido da 282 (3ª), 280 (4ª), 116 (5ª), 153 (6ª), 163 (7ª), 480 (8ª), 158 (9ª). Já as que contabilizam o maior número de mortos em acidentes são quatro em SC: 116 (1ª), 101 (2ª), 153 (3ª), 163 (6ª).
Estas rodovias federais que cortam SC e integram estas tristes estatísticas somaram, somente no ano passado, 7.217 acidentes, sendo 6.031 com vítimas e 380 mortos. O índice se soma ao acumulado dos últimos 13 anos, de 2007 a 2020, quando houve mais de 201 mil acidentes e quase 100 mil vítimas, sendo quase 7 mil vidas perdidas.
Enquanto por um lado 2020 totalizou 256 acidentes com vítimas a cada 100 km de rodovia federal catarinense, na mesma proporção, a cada 100 acidentes, seis pessoas morreram.
No ranking das rodovias federais com o maior percentual de acidentes em Santa Catarina, a BR-101 também está na liderança: ao todo, foram contabilizadas 2.882 ocorrências com vítimas. Da mesma forma, ela foi a que mais matou, com 115 vítimas fatais.
Curiosamente, o automóvel é o que mais se envolve em acidentes com vítimas (47,1%), na projeção de 2020. Na sequência, as motos representam 33,1% e os caminhões estão na terceira posição, com menos de 15% das ocorrências.
Todos estes números representaram o custo anual estimado em mais de R$ 1 bilhão, reitera-se, apenas no ano passado, relativo a acidentes em SC, 10% do total nacional, que atingiu R$ 10,22 bilhões.
A Região Sul – Os três Estados do Sul somaram 18,5 mil acidentes em 2020 nas rodovias federais, sendo 15 mil deles com vítimas e um total 1.142 mortes. O número compõe o acumulado de 536.591 acidentes e 248.656 vítimas em 13 anos (2007-2020), além de quase 21 mil mortes. O tipo mais frequente de acidente é a colisão, o equivalente a 9,5 mil ocorrências (62,8%) no ano passado.
Da mesma forma que em Santa Catarina e no Brasil, a BR-101 é a que mais contabilizou acidentes em 2020 na Região Sul, quase 3 mil deles com vítimas. Por outro lado, foi na BR-277 em que se registrou mais mortes (154).
O cenário brasileiro – De acordo com o Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, apenas em 2020 ocorreram 63,5 mil acidentes em rodovias federais que cortam o Brasil, com quase 52 mil vítimas (mortos ou feridos). Além disso, em treze anos, de 2007 a 2020, foram 1,8 milhão de acidentes, dizimando 864 mil vítimas, sendo 99,3 mil mortes, e, apenas no ano passado, 5,2 mil vidas perdidas.
Este cenário quer dizer que, em média, foram 81 acidentes a cada 100 km de rodovias, além de que, a cada 100 acidentes com vítimas, dez pessoas morreram, ambos os indicadores apenas no ano passado.
No Brasil, a maioria dos acidentes com vítimas ocorre nos casos de colisões, o equivalente a 30 mil ocorrências, 60% do total, em 2020. No mesmo ano, a rodovia brasileira com maior índice de acidentes foi a BR-101, com 8,7 mil ocorrências com vítimas. Por outro lado, é a BR-116 que mais mata: no ano passado, 690 vidas foram perdidas na rodovia.
Da mesma forma que em Santa Catarina, o automóvel foi o que mais se envolveu em acidentes com vítimas em 2020, 44,2% do total, seguido das motos, com 31,8%, e dos caminhões, com 17,6%.