O setor empresarial de Santa Catarina entregou à pré-candidata à presidência da República, Marina Silva, documento com seis demandas do Estado que contemplam as prioridades nas áreas de infraestrutura, logística e energia. Ela participou de encontro com representantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem/SC), na manhã desta quinta-feira, 19 de julho, na Fiesc, em Florianópolis.
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O documento destaca o planejamento e investimentos visando à intermodalidade e à eficiência logística, diversificando a matriz de transportes e considerando a cabotagem e os projetos ferroviários, o fortalecimento do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), a articulação para garantir recursos para investimentos rodoviários federais, investimentos para a melhoria dos portos catarinenses, reforço nos investimentos do programa de incentivo à aviação regional do governo federal, além de alternativas ao fornecimento e transporte de gás natural para a região Sul.
Com as propostas, a pré-candidata à presidência da República falou sobre o potencial logístico brasileiro e catarinense e a necessidade de investimento em outros modais. E enalteceu o setor turístico de Santa Catarina, reforçando a importância de desenvolver um planejamento turístico em longo prazo, especialmente o de turismo ecológico.
Marina também falou que “economia e ecologia devem ser aliadas para o desenvolvimento”. Ela pontuou a economia de baixo carbono e matriz energética limpa como estímulo para o êxito econômico do País.
“Inovação, suporte e simplificação, sem perder a qualidade”, disse Marina Silva ao ser questionada sobre a ineficiência em alguns setores do funcionalismo público. Ela defendeu a contratação de profissionais técnicos e éticos para a condução do serviço público, em todos os órgãos, independente de posição partidária.
Combustíveis – A oscilação do preço dos combustíveis e o atual cenário da Petrobras foram levantados na reunião pelo coordenador da Fetrancesc, Alan Zimmermann, na ocasião representando o presidente, Ari Rabaiolli. Marina Silva afirmou que “a Petrobrás precisa estar atenta à lógica de mercado, senão estará sujeita à inviabilidade do serviço, mas fazer repasses diários apenas para cima é injusto”. Ao tratar de privatização da estatal, afirmou que “não pretendo privatizar Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras. O que eu penso para resolver é termos diretores técnicos e éticos, porque até tivemos técnicos, mas não éticos. Ser Estado não é ser corrupto. Não vou privatizar, mas teremos eficiência sim”.
SC para a economia brasileira – O presidente em exercício da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, salientou que Santa Catarina tem grande importância para a economia brasileira, mas não tem sido contemplada com recursos do governo federal. “Não queremos nenhuma vantagem. Queremos condições para crescer. Sempre que o Estado recebe investimentos dá uma reposta rápida e representativa em termos de retorno ao governo. Pretendemos ter uma economia forte e sustentável”, disse.
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Sistema S – Ao ter conhecimento sobre os números do Sistema S de SC, a pré-candidata à presidência da República pediu aos integrantes do Cofem/SC que elaborassem propostas do setor para inclusão em seu plano de governo. Marina Silva afirmou que é necessário ter uma nova avaliação sobre os repasses para que não haja dois pesos e duas medidas. Em paralelo, enalteceu os números do Sistema e o uso adequado de recursos para a continuação desta prestação de serviço. “É imprescindível um olhar criterioso para esta situação”, disse ao ser questionada sobre o corte de recursos para o setor.