”As obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, com exceção do Rodoanel de São Paulo, compõem o maior canteiro de obras em infraestrutura no Brasil”, mensurou o superintendente de Investimentos da Arteris Litoral Sul, Marcelo Módolo.
Ele fez a apresentação do panorama geral do investimento durante reunião da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística, na Fiesc.
Segundo Módolo, com a liberação da rodovia haverá redução de 20% no tráfego da região. No entanto, “a solução do problema vai além do contorno”, disse ao salientar que a concentração de tráfego na Grande Florianópolis é maior do que nas outras regiões. Ainda, uma alternativa para que haja contrapartidas é a implantação do sistema FreeFlow, defendida, inclusive, pelo Grupo Paritário de Trabalho (GPT).
O superintendente de Investimentos da Arteris adiantou que, dos 50km de extensão que a rodovia terá, 34 km já estão em andamento. Para demonstrar como está a realidade, Módolo apresentou fotos do cenário atual, que validou um filme apresentado pela Fiesc antes da apresentação.
Com prazo de entrega das obras em andamento em 2019 e do Contorno no final de 2020, o vice-presidente da Fiesc, Mário Cézar de Aguiar, não é otimista em relação à finalização. “Sendo realista, não ficará pronto no prazo, por conta das pendências”, acrescentou.
O coordenador da Fetrancesc, Alan Zimmermann, também não acredita na conclusão do Contorno Viário para 2020 e, ainda, estima elevação de custos para o transportador. “O mais prejudicado com estes constantes atrasos nas obras é o Transporte Rodoviário de Cargas, que acabam elevando o custo do serviço, principalmente em virtude dos congestionamentos nesta região”, disse ao reforçar a disparidade da concentração de tráfego entre a Grande Florianópolis e outras metrópoles do Estado.
Aguiar concordou com Módolo que a problemática da infraestrutura na região não será solucionada apenas com o Contorno Viário. “E se este é o segundo maior canteiro de obras em rodovias no Brasil, temos grande responsabilidade, porque nossa deficiência neste sentido é enorme”, acrescentou.
Desapropriação é preocupante – Segundo o superintendente da Arteris Litoral Sul, Marcelo Módolo, um dos grandes problemas nas obras do Contorno Viário é a desapropriação de terras. No entanto, uma movimentação da Justiça Federal para agilizar este processo deve contribuir para o processo.
”Tão importante quanto cumprir os prazos é que consigamos superar esta parte burocrática das desapropriações para iniciar obras em locais como em Palhoça, onde não conseguimos iniciar as obras”, disse.
Investimento em prevenção – R$ 2 bilhões dos R$ 7,2 previstos para investir em 15 anos nas rodovias catarinenses já foram utilizados, segundo Módolo.
Mas os investimentos com resultados mais expressivos foram na redução de acidentes e vítimas fatais. Segundo a concessionária, de 2011 a 2017 foram -17% de acidentes e -23% de óbitos. “O nosso objetivo é chegar a zero”, salientou. Para contribuir com estes números, a Arteris tem investido em programas, a exemplo do “Saúde na Boleia” em parceria com o SEST SENAT.