O faturamento médio das empresas do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) no Brasil caiu. De acordo com pesquisa da NTC&Logística, apresentada durante a edição de São Luís/MA do CONET&Intersindical, a queda é de 61,7%. Em paralelo a isso, 21% das empresas mantiveram o faturamento estável, frente a 17,3% que apresentaram crescimento.
Os números refletem os resultados do primeiro semestre de 2019. Dados que, para o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, são preocupantes. “Acredito que o aumento do transporte via cabotagem e ferroviário, provocados pela tabela mínima de fretes, deve ter contribuído para essa redução”, avaliou.
Para o líder do TRC de Santa Catarina, no Estado a preocupação é ainda maior “por termos cinco portos, posição privilegiada em relação aos demais, que tendencia a perda das empresas de carga para a cabotagem”.
A realidade deixa o sinal de alerta em evidência ao considerar outro dado apresentado no evento: a defasagem do frete, que teve média de 17% em agosto de 2018, caiu para 13% em fevereiro de 2019 e voltou a subir neste segundo semestre, atingindo 16%. Infelizmente, segundo o presidente do Setram, sindicado do Sistema Fetrancesc da região da Amurel, Riberto Lima, “os dados são fidedignos” e não se pode “subsidiar os embarcadores por meio de ‘milagres’”.