O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó (Sitran) realizou na terça-feira, 25 de março, o evento “Café, Sucesso e Sucessão”, em comemoração ao Mês da Mulher. O encontro contou com a presença de mais de 30 mulheres empresárias e sucessoras com atuação no transporte rodoviário de cargas. Foram painelistas a especialista em Auditoria de Gestão e Perícia Contábil Mara Jaqueline Santore Utzig, a administradora de negócios e mentora Lianara Maseto Terribile, o especialista em Gestão de Pessoas Niloar Bissani e o advogado especialista em empresas de transporte e mentor de negócios Ariel Vanquisher.
Organizado pela TRC Vision, a mediação foi feita por sua diretora Keily Vanquisher. Em nome do presidente do Sitran, Ivalberto Tozzo, a diretora-executiva da entidade, Danielle Camini, saudou as participantes e destacou a caminhada, as conquistas e o que ainda precisa ser conquistado pelas mulheres: “Somos mais de 50% da população e ainda somos o mínimo no transporte, na política e na liderança”. Sobre o esforço e luta das mulheres, disse que não precisa mais ser tão pesado. “Quando as empresas entendem que as competências e as qualidades da mulher e do homem são diferentes, mas que se trabalhadas juntas, elas se complementam, isso se torna uma estratégia para o sucesso e prosperidade dos negócios”, afirmou.
Niloar Bissani iniciou o painel compartilhando a necessidade de começar a olhar cedo para o processo de sucessão. Ele destacou ser preciso preparar as pessoas que passam pela sucessão para serem acionistas. Argumentou que independentemente de seguirem a sucessão no negócio, vão continuar nessa condição de alguma forma, e os jovens precisam estar preparados para ser acionistas. Citou que “ser acionista não é uma escolha, é herdado na empresa, mas ser sucessor, sim, e isso exige preparo grande para que a pessoa possa manter o que foi construído”.
HABILIDADES, CONSELHEIRO E INVESTIMENTOS
Sobre como lidar com a comparação entre o sucessor e o fundador falou a administradora de negócios Lianara Maseto Terribile. Salientou que o ponto principal é entender que pessoas têm habilidades diferentes: “Quando olhamos para cada um dentro da empresa com consciência e percebemos que as pessoas pensam diferente, conseguimos diminuir as comparações trabalhando as habilidades pessoais”. Lianara orientou as mulheres a olharem para suas habilidades e ver se estão alocadas nos melhores lugares, de forma a contribuir mais e diminuir a comparação que existe.
O advogado empresarial Ariel Vanquisher abordou o papel do conselho consultivo e do conselheiro externo na sucessão. Segundo ele, uma pessoa de fora não está dentro do problema, não está no olho do furacão, não está inflamada pelas mesmas paixões e emoções: “Tem um nível de envolvimento que permite se distanciar do problema e olhar para ele de forma mais objetiva e imparcial, muitas vezes agindo como mediador dos conflitos”.
Por fim, especialista em Auditoria de Gestão e Perícia Contábil Mara Jaqueline Santore Utzig falou sobre como diversificar os investimentos para reduzir os riscos da empresa. Avaliou que não existe “receita de bolo” e, sim, perspectivas de negócios e de crescimento e de saber o quanto há em caixa e onde ir buscar recurso, para, assim, saber investir com o menor risco. A última painelista da manhã ainda orientou quanto ao planejamento da distribuição dos bens entre os herdeiros. Lembrou que, por vezes, os pais têm que tomar a decisão, visto que os bens normalmente são eles que começaram.
MANTENEDORES E APOIO
Os mantenedores do evento foram a Cauduro Corretora de Seguros, Track Brasil e Grupo Grande Oeste. Também foram apoiadores a Transpocred, Nextransport e Neokohm.
Fonte e foto: Sitra/Extra Comunica
