A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) participou nesta semana da primeira reunião do Ciclo de Reuniões: Propostas para os Pisos Mínimos de Frete, promovido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq – Log) da Universidade de São Paulo (USP) e a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT). Os encontros foram realizado entre 4 e 6 de fevereiro, em Piracicaba, e tiveram o objetivo de coletar sugestões sobre a implementação a Política Nacional de Pisos Mínimos.
Representando a Fetrancesc no evento, o diretor-executivo da entidade, Maurus Fiedler, destacou que esse foi o primeiro encontro sobre o assunto promovido pelo ANTT. “Nós precisamos de mais transparência nesse processo. Desde esse tipo de reunião para ouvirem as sugestões e dúvidas, até a publicação da fórmula de cálculo e metodologia para a construção dos preços”, destacou.
Fiedler falou ainda que houve uma série de sugestões apresentadas. “Diversos participantes se pronunciaram em relação ao gatilho do diesel, contratações parciais, frete retorno, cobrança por eixo x tonelada transportada, entre outros. Aliás, a modificação dos termos utilizados foi enfatizada. Não se deve usar tabela de frete e sim política de pisos mínimos por uma questão técnica e de livre comércio. Além de que “frete de retorno” também deve deixar de ser utilizado, isso não existe, pois são novos fretes, para novos trajetos desde que com o caminhão carregado independente de onde se vem ou para onde se vai”, destacou.
Ele falou ainda sobre km de retorno (vazio). “Devemos considerar quando o frete é feito por veículos específicos e também quando não há o que carregar para trazer os caminhões de volta e isto envolve um custo variável menor que pode contribuir tanto para transportador, como autônomos e embarcador que terá disponibilidade de veículos para transportar novamente suas novas mercadorias evitando o sobre preço por falta de caminhões”, comentou
Acordo para estudos – A ANTT e a Esalq-Log firmaram um acordo de 21 meses para estudos que visam o aprimoramento da resolução que institui a Política de Pisos Mínimos de Frete. De acordo com Fiedler, além dos estudos, a parceria também vai realizar reuniões com maior frequência com a participação de todos os integrantes do setor.
Fiedler ainda reforça que a “política de preços mínimos não contempla lucro, custo financeiro, prazo de pagamento, impostos, taxas, pedágios e generalidades devendo ser considerado como “preço à vista”, é o valor que garante a mínima segurança de termos os custos operacionais do caminhão suportados, porém, temos estruturas, funcionários, vivemos de lucro e precisamos dele para pagar nossos funcionários, crescer e mover a economia do país.” Outro ponto abordado foi a urgência da revisão da política tributária, pois ICMS, por exemplo, é pago poucos dias após o fechamento do mês sem o recebimento do frete.
Ao final da reunião, a Eslaq disponibilizou uma pesquisa para todos responderem e repassarem ao maior número de pessoas do setor para que todos possam contribuir com o grupo de estudos. Para acessar, clique aqui.
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