Fetrancesc participa de reunião da Fiesc que mostra o estudo das BRs catarinenses e a necessidade de emendas para continuidade das obras

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Fetrancesc participa de reunião da Fiesc que mostra o estudo das BRs catarinenses e a necessidade de emendas para continuidade das obras

Nesta quinta-feira, dia 16 de novembro, a FIESC (Federação das Indústrias) apresentou um estudo que mostra a situação de trechos das BRs 470, 153, 282, 158 e 163. A análise, realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti, contempla 630 quilômetros percorridos, e foi realizada nos meses de agosto e setembro, ou seja, no período pré-chuvas — então a situação pode ter se agravado. O diretor-executivo da Fetrancesc, Renato Macedo, representou a entidade na reunião, que também discutiu as emendas para a continuidade das obras nas rodovias.

Diante da perspectiva de o orçamento federal para 2024 prever somente R$ 400 milhões para infraestrutura, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, alertou para a importância de destinar emendas parlamentares para garantir a continuidade dos projetos. “Conclamamos a Bancada Federal para prover maior volume de recursos, por meio das emendas individuais e coletivas. Isso é fundamental porque os valores previstos na Lei Orçamentária Anual, do Governo Federal, para o exercício de 2024, são insuficientes”, afirma Aguiar.

Em 2023, o orçamento federal foi de R$ 1,3 bilhão, o que garantiu o bom andamento de obras rodoviárias importantes. “Mas precisamos prosseguir nesse ritmo. Por isso, pedimos aos catarinenses que mobilizem os parlamentares das suas regiões. Isso trará benefícios para a segurança dos usuários, em face ao grande número de acidentes, e para todos os setores econômicos catarinenses, ameaçados pela precariedade da nossa logística”, acrescentou o presidente da FIESC.

O estudo das BRs avaliou fatores como: a conservação (eliminação de buracos e melhoramentos da qualidade do estado de conservação) e a restauração (adaptações do pavimento prolongando seu período de vida útil). Outro ponto analisado foi o Programa CREMA (contratação, restauração e manutenção do governo federal). Nesse quesito, foram estudados projetos de engenharia, recuperação funcional e estrutural do pavimento nos contratos de três a cinco anos.

Confira abaixo um resumo da situação de cada BR analisada:

– BR-470: Subtrecho Indaial/São Cristóvão do Sul/ Campos Novos/Barracão (288 km):

Em setembro, o DNIT abriu processo de licitação para o subtrecho entre Indaial a São Cristóvão do Sul, com investimentos de cerca de R$ 200 milhões (englobando projetos de engenharia, recuperações funcionais e estruturais do pavimento e manutenções).

O pavimento da terceira faixa, executada nas proximidades do acesso a Pouso Redondo (km 172), numa extensão aproximada de 2.500 metros, se encontra recalcando e bastante danificado. No subtrecho entre o acesso de Taió (km 175,6) e o de Mirim Doce (km 178), a situação do pavimento é de desagregação. O segmento compreendido entre os km 73 e o 75,5 necessita de reparos pontuais no pavimento.

Já nos trechos entre os km 75 e 86 o pavimento apresenta bom estado de conservação. O subtrecho entre Ascurra e Apiúna (km 97) apresenta bom estado de conservação. Entre os acessos de Ibirama e Lontras, o subtrecho apresenta bom estado de manutenção e conservação, bem sinalizado e com terceira-faixa de rolagem.

– BR- 153 (trecho 120 km): Marcelino Ramos (RS)/Concórdia/ Irani/ Campina da Alegria/ General Carneiro (PR):

O traçado da rodovia BR-153/SC é bastante sinuoso e está apresentando a formação de trilhas de rodas nos aclives. Outro ponto que chama a atenção é a situação precária, de longa data, das juntas de dilatações da ponte sobre o Rio Uruguai.

O segmento entre as localidades de Irani, Vargem Bonita, Campina Grande e a divisa entre Santa Catarina e Paraná, numa extensão aproximada de 59 km, está passando por obras e serviços de revitalização.

– BR-282 (trecho 111 km): Cordilheira/Alta/Pinhalzinho/Maravilha/São Miguel do Oeste:

Ao longo de uma extensão aproximada de 4.500 metros do perímetro urbano de Pinhalzinho, o pavimento apresenta vários pontos necessitando de restaurações. Entre os quilômetros 554 e 556, o pavimento está bastante deteriorado, enquanto entre os quilômetros 568 e 572, observam-se vários remendos efetuados no trecho.

O subtrecho da BR-282, entre Cordilheira Alta, Nova Itaberaba e Nova Erechim, numa extensão aproximada de 43 km, foi recentemente restaurado e sinalizado, inclusive as terceiras faixas.

– BR-158 (trecho 49 km): Maravilha/Cunha Porã/Palmitos/Iraí (RS):

No quilômetro 100, há desagregação do pavimento; do km 100 ao 104, a pista tem buracos, afundamentos e recalque do pavimento – essa situação também é encontrada nos quilômetros 142, 139 e no trevo de acesso a Palmitos. No km 135,5, na cabeceira do rio Lajeado Branco. há buraco e afundamento na pista.

O estudo destaca que há expectativa de execução das obras de construção da interseção das BR- 282 e 158/SC e recomenda agilidade na contratação de estudos e projetos executivos, relativos à implantação e à pavimentação do prosseguimento da BR-158/SC, no segmento entre a BR-282 (Maravilha) e São Lourenço do Oeste, passando por Bom Jesus do Oeste e Campo Erê, posteriormente seguindo para Vitorino e Pato Branco, ambas no Paraná.

– BR-163/SC – BR-282 (trecho 62 km): (São Miguel do Oeste/Guaraciaba/São José do Cedro/Guarujá do Sul/Dionísio Cerqueira (divisa internacional de Brasil e Argentina): 

Num trecho de 18 quilômetros de extensão que vai de São Miguel do Oeste a Guaraciaba, há diversos pontos da pista com buracos, afundamentos e recalque do pavimento. A análise mostra que a situação é precária e necessitando, a curto prazo, de um novo traçado que possibilite o desvio do tráfego pesado do perímetro urbano de São Miguel do Oeste. Também há um viaduto, no acesso a Paraíso, em estado de abandono.

No trecho de 44 quilômetros, que vai de Guaraciaba/São José do Cedro/Guarujá do Sul a Dionísio Cerqueira, há execução de segunda pista, em pavimento rígido, nos km 90, 118 e 112,3.

Outro ponto destacado no estudo são as obras e os serviços de restauração da BR-163, no trecho de São Miguel do Oeste a Dionísio Cerqueira. Atualmente, as obras estão concentradas entre Guaraciaba e Dionísio Cerqueira, passando por São José do Cedro e Guarujá do Sul, numa extensão aproximada de 44 km.

O subtrecho São Miguel do Oeste a Guaraciaba, na extensão de 18 km, incluindo a interseção com a BR-282 (acesso a Paraíso e divisa internacional com a Argentina), não está sendo, até o momento, objeto das atuais obras de restaurações e melhoramentos. Este último subtrecho está em situação muito precária, necessitando, a curto prazo, de um novo traçado que possibilite o desvio do tráfego pesado do perímetro urbano de São Miguel do Oeste.

No trabalho, o engenheiro destaca, ainda, que as comunidades do extremo oeste catarinense aguardam a federalização do segmento São Miguel do Oeste/Descanso/ Iporã do Oeste/ Itapiranga da SCT-163, numa extensão aproximada de 71 km.

Na expectativa da execução das obras de construção da “interseção das BRs 282 e 158/SC, recomenda-se agilidade na contratação de estudos e projetos executivos relativos à implantação e à pavimentação do prosseguimento da BR-158/SC, no segmento entre a BR-282 (Maravilha) e São Lourenço do Oeste, passando por Bom Jesus do Oeste e Campo Erê, e posteriormente, seguindo a Vitorino e Pato Branco, no Paraná.

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