O diretor executivo da Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), Maurus Fiedler, participou na manhã desta sexta-feira, 17, da solenidade de entrega ao governador do Estado, Raimundo Colombo, da proposta de consenso para a atualização do salário mínimo regional catarinense. Representantes das federações empresariais e de centrais sindicais laborais de Santa Catarina estiveram presentes.
Este é o sétimo ano consecutivo em há um acordo entre trabalhadores e empregadores em relação à atualização do piso regional. “Esta é uma tradição que mantemos em Santa Catarina. É o único Estado em que as duas partes negociam entre si. O acordo foi longo e difícil, mas chegamos a um entendimento em que os trabalhadores tiveram um pequeno ganho acima da inflação e também acima do reajuste do salário mínimo”, disse o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte.
Diretor executivo da Fetrancesc e o governadorPara Maurus Fiedler, este consenso que existe há sete anos entre trabalhadores e empregadores reflete o que se propõe a Fetrancesc na gestão do presidente Ari Rabaiolli. “Desde o tempo em que presidiu o Setracajo (Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e de Operações Logísticas de Joinville) o presidente mostrou essa proximidade entre os sindicatos patronais e dos trabalhadores. Há anos que não se sabe o que é dissídio coletivo no Setracajo”, afirmou o diretor executivo.
O governador Raimundo Colombo enalteceu o entendimento entre as classes patronal e trabalhadora, o que – segundo ele – fortalece o enfrentamento a crise econômica. Ele ainda destacou os bons números de Santa Catarina mesmo diante da crise no país. “Não aumentamos impostos, estamos gerando novas vagas de trabalho, as exportações vêm crescendo em todos os setores, o que aquece a nossa economia interna. Fomos o último Estado a entrar, mas não tenho dúvidas de que seremos o primeiro estado a superar esse cenário de adversidades econômicas que o país inteiro vem enfrentando com tanta dificuldade”, ressaltou.
Maurus Fiedler (Fetrancesc), José Zeferino Pedrozo (Faesc) e Glauco Côrte (Fiesc)Por sugestão do secretário de Estado da Casa Civil, Nelson Antônio Serpa, o governador encaminhará o acordo em regime de urgência para a Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (21), e a proposta é que o projeto seja aprovado sem emendas já que há o entendimento entre empresas e trabalhadores. Depois de aprovado, o documento volta para o governador para sanção.
Segundo o diretor da Federação dos Trabalhadores no Comércio (FECESC), Ivo Castanheira, ocorreu um respeito entre as partes o que foi fundamental para o acordo. “Temos que preservar esse processo entre o capital e o trabalho para conseguirmos ter entendimento”, declarou.
Veja as faixas:
Primeira faixa
Piso atual: R$ 1.009
Piso proposto: R$ 1.078
Trabalhadores: na agricultura e na pecuária; nas indústrias extrativas e beneficiamento; em empresas de pesca e aquicultura; empregados domésticos; em turismo e hospitalidade; nas indústrias da construção civil; nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos; em estabelecimentos hípicos; e empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.
Segunda faixa
Piso atual: R$ 1.048
Piso proposto: R$ 1.119
Trabalhadores: nas indústrias do vestuário e calçado; nas indústrias de fiação e tecelagem; nas indústrias de artefatos de couro; nas indústrias do papel, papelão e cortiça; em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas; empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas; empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e nas indústrias do mobiliário.
Terceira faixa
Piso atual: R$ 1.104
Piso proposto: R$ 1.179
Trabalhadores: nas indústrias químicas e farmacêuticas; nas indústrias cinematográficas; nas indústrias da alimentação; empregados no comércio em geral; e empregados de agentes autônomos do comércio.
Quarta faixa
Piso atual: R$ 1.158
Piso proposto: R$ 1.235
Trabalhadores: nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico; nas indústrias gráficas; nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana; nas indústrias de artefatos de borracha; em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito; em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade; nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas; auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino); empregados em estabelecimento de cultura; empregados em processamento de dados; empregados motoristas do transporte em geral; e empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.