O Governo Federal divulgou nesta terça-feira, 16 de abril, medidas para o Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). As ações anunciadas são demandas apresentadas pelos caminhoneiros autônomos. Investimentos de R$ 2 bilhões na manutenção e recuperação de rodovias, linha de crédito e a criação de um documento único do transporte foram alguns pontos apresentados.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, destacou que são medidas necessárias para a categoria. “É um avanço que o governo fez. As medidas, quando começarem a valer, tendem a melhorar as condições de trabalho do TRC”, falou.
Uma das ações prometidas pelo governo é a construção de pontos de descanso para os caminhoneiros. “Os pontos de parada sempre foram uma das nossas bandeiras na Federação. A inclusão, nesses locais, dos serviços de saúde do SEST SENAT também será fundamental para melhorar o ambiente para os trabalhadores do setor”, falou Rabaiolli. De acordo com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o plano é que as construções dos pontos de descansos sejam realizadas em rodovias já concessionadas e as que serão concedidas.
Durante o anúncio, também foi divulgada uma linha de crédito de R$ 500 milhões, oferecido pelo Banco de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a manutenção de caminhões, além de R$ 2 bilhões para obras de rodovias. Para Rabaiolli, essas medidas são “essenciais para a infraestrutura rodoviária e para os caminhoneiros, já que uma frota envelhecida e uma estrada mal conservada não traz segurança para os trabalhadores.”
Desburocratização – Outro ponto que atinge o setor é a criação do documento eletrônico de transporte. A ideia, de acordo com o ministro, é que além de eliminar a burocracia e a necessidade de intermediários, fazer uma ligação direta entre os transportadores e os embarcadores das mercadorias. Com essa “digitalização”, esse novo documento vai congregar uma série de papéis exigidos atualmente.
O ministro também anunciou que Carteira Nacional de Habitação passará a ser renovada a cada dez anos para pessoas com menos de 50 anos, e não a cada cinco anos, como ocorre atualmente.