Minucioso estudo elaborado a partir de visitas a 45% das rodovias estaduais catarinenses, foi apresentado em Chapecó pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Durante o evento, realizado no SENAI, foi novamente descrita a precária situação das rodovias estaduais de Santa Cataria, com destaque às do Oeste do Estado.
O presidente do Sindicato das Empresas de Carga e Logística de Chapecó (Sitran) e representante da Fetrancesc, Deneraci Perin, participou da reunião da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística e do Grupo de Trabalho Rodovias Oeste SC do Futuro. O encontro contou com a presença do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, deputados federais e estaduais, prefeitos, secretários municipais, comunidade empresarial e lideranças.
TRC sofre – A acentuada precariedade do sistema rodoviário, por falta de manutenção, é conhecida e perdura há anos. Foi mais uma vez constatada por novo estudo de avaliação realizado pela FIESC. “A falta de consistentes investimentos permite que as rodovias fiquem deterioradas”, lamentou Perin. O setor do Transporte Rodoviário de Carga “é um dos que mais sofrem com a situação”, lamenta. Perin disse esperar que essa nova investida “possa ser resolutiva e acabe o problema, ou pelo menos reduza as dificuldades”.
Risco para o Oeste – O presidente da FIESC destacou a importância do Oeste, ao citar que a região representa 18% da produção de riquezas do Estado. Mostra que a indústria agroalimentar da região é referência para o País, mas “corre sérios riscos pelas condições de infraestrutura”. Para agravar ainda mais, o empresário explicou que o Plano Logístico do governo federal não inclui entre as prioridades a logística do Oeste de Santa Catarina. Ao defender forte investimento em rodovias, Aguiar enfatizou que as operações tapa buraco são “uma vergonha para o governo”.
Agenda – O documento, denominado agenda mínima para a infraestrutura de transporte do Oeste, está sendo elaborado com previsão de ser concluído ao final de junho. Com elevada consistência técnica a agenda prioriza as SCs 283, 305 e 161, as piores do Oeste segundo a FIESC. O estudo contempla investimento, planejamento, política e gestão. A agenda propositiva será debatida em conjunto pela sociedade organizada de Santa Catarina.
Concessão – Como o governo do Estado não tem dinheiro, a FIESC está recomendando que a iniciativa privada assuma obras e serviços de manutenção, restauração, conservação e melhoramentos rodoviários. Isso pode ser feito por meio de concessão ou Parceria Público Privada – PPP, permitindo a transferência de algumas rodovias para a iniciativa privada.
Assessoria de Imprensa Sitran