Conversar em casa sobre acreditar no Estado Democrático de Direito é um grande começo para mudar o cenário político brasileiro, disse o juiz eleitoral, Wilson Pereira Júnior. Ele participou da reunião do Conselho de Representantes da Fetrancesc nesta segunda-feira, 20 de agosto, em que mostrou a realidade política do Brasil vista pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Júnior, que é o primeiro juiz eleitoral do interior, começou a apresentação às lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas (TRC) de Santa Catarina questionando se eles se lembravam em quem votaram quatro anos atrás. “Vocês compõem uma realidade diferente, mas há quem sequer saiba o papel de um senador”, comentou.
Por isso, o juiz eleitoral afirmou a necessidade de haver “diálogo sobre a importância de votar e votar consciente”.
“Precisamos mudar a mentalidade para que as pessoas votem, para que falem sobre política, para que voltem a gostar e isso mude o cenário. Porque se não daqui a 10 anos continuaremos na mesma discussão”, salientou ao provocar os presentes para estimular as pessoas dos seus cotidianos em relação à política e campanhas eleitorais.
Que Brasil queremos? – A pergunta que Wilson Pereira Júnior frisou por várias vezes durante a apresentação foi “como vamos querer uma reforma política?”. E ele mesmo respondeu: “nós pedimos a reforma, mas não dizemos o que queremos nela”, disse ao deixar a reflexão para que todos pensassem em quais mudanças políticas consideram pertinentes nesta reforma.
Veja mensagem do juiz Wilson Pereira
Mudanças a partir de 2020 – As mudanças mais marcantes do cenário político serão sentidas a partir de 2020 “com o fim das coligações para proporcional”, segundo Wilson Júnior.
Inicialmente o juiz eleitoral já apontou uma redução de R$ 450 milhões para R$ 70 milhões para uso nas campanhas da última eleição para esta. Ele também comentou a presença feminina como uma tendência para o próximo pleito.
Fake News – “Por favor, não passem adiante. A campanha mal começou e já temos varias notícias falsas”, alertou.
O juiz eleitoral apontou que, nos Estados Unidos, 70% das pessoas que receberam Fake News no celular nas últimas eleições passaram adiante, mesmo sabendo que eram falsas.