“Nós precisamos que os senhores entrem em campo. Os parlamentares precisam chegar em Brasília convencidos de que o Brasil não tem outro caminho senão passar por esta reforma”. Este foi um trecho do discurso do ministro-chefe da Secretaria do Governo da Presidência da República, Carlos Marun, durante café da manhã com empresários nesta sexta-feira, 26 de janeiro, na Fiesc, em Florianópolis.
O encontro contou com a participação dos presidentes das entidades integrantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem/SC), além de membros da Diretoria da Fiesc e do senador catarinense, Dalírio Beber (PSDB).
Ele falou sobre os detalhes da Reforma Previdenciária e destacou o déficit que a previdência acumula. “Em 2017 foram R$ 268 bilhões, o que significou quase R$ 800 milhões por dia. E neste ano poderá chegar a R$ 1 bilhão por dia. Isso é maior do que o déficit da União, que gira em torno de R$ 170 bi”, destacou.
Segundo o ministro, este rombo reflete em problemas da ordem tributária. E, com a aprovação, a expectativa é que haja uma economia significativa, um incremento financeiro, além de que “se não houver a aprovação, todos os Estados brasileiros estarão quebrados em 10 anos”.
Marun citou, inclusive, o setor de transportes, para ele um dos mais prejudicados com a crise econômica pela qual o Brasil passou. Aproveitou, ainda, para criticar a não obrigatoriedade da contribuição sindical, aprovada na Reforma Trabalhista. “Muitos viam isso como um aspecto positivo, mas a gente sabe que não é. A representatividade das categorias depende disso”, comentou.
Com base em todas estas defesas, o ministro reforçou o pedido de apoio dos empresários. A atuação das categorias em prol do convencimento de alguns parlamentares que estão em dúvida, além de agradecer aqueles que já tomaram uma posição em relação à reforma, é fundamental neste momento, na alegação de Marun.
Discussões devem ser retomadas depois do carnaval – A expectativa do Governo Federal, segundo o ministro, Carlos Marun, é de que as discussões acerca da Reforma Previdenciária sejam retomadas logo após o carnaval. Por isso, pediu atenção dos empresários ao pleito desde já.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, garantiu que conversaria com os deputados da bancada catarinense, com o apoio das demais lideranças do Transporte Rodoviário de Cargas. “Nós entendemos os impactos da Reforma Previdenciária, da mesma forma em que a Trabalhista, para o setor produtivo como um todo, bem como para os brasileiros e o próprio Brasil. A Nação depende disso para que tudo flua”, acrescentou.