A Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) externa preocupação com a possível restrição da circulação de caminhões na BR-101. A medida, solicitada pela prefeitura de Palhoça em Ação Civil Pública, pleiteia a proibição imediata do tráfego de caminhões e veículos pesados na BR-101 nos períodos de trânsito mais críticos: das 7h30 às 9h30 e das 17h às 20h.
Restringir o tráfego implica em comprometer o abastecimento das cidades, como a entrega de mercadorias para supermercados, de produtos para tratamento de água, suprimentos para hospitais e outras inúmeras situações que podem prejudicar o bem-estar da população.
Vale lembrar, ainda, que a estrutura da rodovia não tem pontos de paradas para os caminhões e isso trará insegurança para os veículos, sobretudo para os motoristas – o nosso maior patrimônio. Além disso, os transportadores correm o risco de serem autuados pelos órgãos competentes por estarem parados em locais impróprios.
Em tempo: vale ressaltar que as cidades vizinhas a BR-101 cresceram diante de uma via rápida e não houve estruturação das ruas internas para escoar o tráfego local. Hoje, portanto, a rodovia é usada para tráfego local, causando elevação de veículos na BR.
Por meio da Comissão Jurídica (Comjur), portanto, a Fetrancesc adotará os meios jurídicos necessários para a continuidade da circulação dos veículos de carga. A entidade ressalta, porém, que apoia a atitude do município em cobrar dos órgãos responsáveis o andamento das obras do Contorno Viário de Florianópolis – fundamental não só para a mobilidade urbana, mas também para o Transporte Rodoviário de Cargas. A entidade acompanha e também questiona a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária da obra para que os investimentos sejam feitos e que a conclusão aconteça no prazo prometido, em 2021.
Por fim, a Fetrancesc considera injusto que o transportador – responsável por movimentar a economia e transportar diversos elementos necessários para o abastecimento da população no dia a dia – pague o preço pela falta de investimentos em mobilidade em diversas gestões municipais, estaduais e federais. A entidade também reitera que está aberta ao diálogo para achar a melhor solução antes de qualquer atitude radical.