O afastamento do governador, Carlos Moisés, é altamente prejudicial ao Estado de Santa Catarina, sobretudo à gestão da pandemia da Covid-19. A esta altura do campeonato, com mais de 50% do tempo em que ele estará à frente do Governo, certamente não trará bons resultados, pois toda mudança requer reorganização, como a substituição de secretários – e este não é o momento para isso.
Reitera-se posicionamento da Fetrancesc em outubro de 2020, quando do primeiro afastamento de Moisés, em virtude de processo de impeachment anterior: “Na prática, contudo, ter um chefe de Estado impeachmado implica em perdas para toda a sociedade”.
O julgamento do mérito da causa do afastamento – a suposta compra fraudulenta de 200 respiradores por R$ 33 milhões, que não chegaram ao Estado – cabe apenas à comissão competente. Contudo, a decisão de afastá-lo certamente acarretará prejuízos incalculáveis a todos os cidadãos catarinenses.
A manutenção da vice-governadora, Daniela Reinehr, por, pelo menos, 120 dias, até que seja findo o julgamento de Moisés, trás esperança aos cidadãos de Santa Catarina pela manutenção de alguns Secretários estratégicos e, importantes para a concretização de tamanhos e importantes desafios – destaque aos secretários da Fazenda, Paulo Eli; da Infraestrutura, Thiago Vieira; e da Saúde, André Motta Ribeiro.
E, por esta razão, cabe lembrar que a gestão de Carlos Moisés passou de R$ 1,2 bilhões de déficit em 2018 para R$ 161 milhões de superávit em 2019, além de articulações, de forma marcante por meio do seu secretariado, para o desenvolvimento socioeconômico sustentável, da segurança pública e, especialmente em 2020, da estrutura da saúde.
Ao final desse período, independente de resultados, o desejo comum é um só: que, efetivamente, a justiça se cumpra e o nosso Estado tome os rumos esperados da decisão das Eleições de 2018.
Assista aqui à manifestação do presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli