Mais de 1,4 mil veículos que fazem o transporte de produtos perigosos foram autuados entre 2014 e 2018 somente em Santa Catarina. O número integra os 10,9 mil do total que foi vistoriado neste período, segundo a Gerência de Transporte de Produtos Perigosos da Defesa Civil.
Os dados foram apresentados durante o 1º Encontro sobre o Transporte de Produtos Perigosos nas Estradas Catarinenses, uma parceria entre Fetrancesc, Arteris Planalto Sul e Defesa Civil de SC. O evento aconteceu na tarde desta segunda-feira, 17 de dezembro, em Florianópolis.
De acordo com a Defesa Civil, em 2016, foram autuados 51,2% dos caminhões catarinenses abordados durante fiscalizações no Paraná. Isso quer dizer 62 casos comparados a 121. Já nas fiscalizações em território de SC a quantidade se mantém, mas as autuações são maiores – foram 63 casos de 267 somente em 2018.
Para reduzir acidentes com este tipo de cargas, a Defesa Civil atua em conformidade com os Decretos 2.894/1998 – institui o Programa Estadual de Controle do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos – e 553/2011 – cria a Comissão Estadual de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos, com o objetivo de implantar e promover ações de prevenção de acidentes com este tipo de cagas.
Esta Comissão conta com a parceria de diversas entidades, que atuam, especialmente, de forma preventiva, a exemplo da Fiesc, Secretaria de Estado da Fazenda e Ministério Público. “Será uma honra se a Fetrancesc integrar este grupo também”, salientou o gerente de Gestão de Produtos Perigosos da Defesa Civil, Almir Vieira.
Confira a galeria de fotos do 1º Encontro sobre o Transporte de Produtos Perigosos nas Estradas Catarinenses
“Tem várias agências que falam sobre o transporte de produtos perigosos. Só que a gente verifica erros primários que, em muitas das vezes, poderiam ser resolvidas com fiscalizações e manutenções corretivas para seguir viagem de forma segura”, comentou Vieira durante sua participação no evento.
Acidentes – Entre julho e setembro de 2018, 58% dos produtos perigosos transportados somente no trecho da BR-116 de Santa Catarina e Paraná eram de líquidos inflamáveis. Os dados são da Arteris Planalto Sul, concessionária que administra a rodovia.
Para facilitar a identificação em caso de acidentes, a legislação determina a colocação de placas específicas, com códigos correspondentes ao tipo de produto perigoso que está sendo transportado. Isso, segundo Almir Vieira, determina métodos para isolamento do local, além de equipamentos de segurança para serem utilizados pelos socorristas.
O gerente de produtos perigosos esclarece que, “vendo a simbologia do produto perigoso transportado, é preciso manter a distância segura e acionar Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e outros órgãos competentes”.
Parceria – A Fetrancesc tem muito interesse em firmar parceria com a Defesa Civil para atuar em Câmaras Temáticas sobre Transporte de Produtos Perigosos nas estradas catarinenses, segundo o presidente da entidade, Ari Rabaiolli. “Um treinamento junto à Defesa Civil, além do curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos, o MOPP, direcionado a quem faz este serviço é ideal porque acaba realmente atingindo aqueles que precisam desta informação”, salientou Rabaiolli ao falar sobre ideias de ações mediante esta parceria.