Presidente da Fetrancesc defende programa de retorno de investimentos em infraestrutura proporcional à arrecadação do Estado

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Presidente da Fetrancesc defende programa de retorno de investimentos em infraestrutura proporcional à arrecadação do Estado

Nesta quarta-feira, 17 de março, ocorreu a reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade e do Conselho Estratégico de Infraestrutura de Santa Catarina, na qual foi discutido que Santa Catarina arrecada para o orçamento da União 47 vezes mais recursos que sua demanda anual por investimentos federais em infraestrutura.

Para o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, a situação será corrigida se houver uma política de governo em que os Estados tenham uma garantia de retorno da arrecadação em investimentos. “Em Santa Catarina, não só em rodovias federais como em rodovias estaduais, tem se investido muito pouco. Nós defendemos que deveria haver um programa de retorno de investimentos em infraestrutura proporcional a arrecadação de cada Estado no Brasil. Em SC, nós tivemos um período de 15 anos onde o governo pavimentou 377 km, com a média de 25 km por ano, então, diante da malha rodoviária do Estado que é imensa, é muito pouco investimento. Só vamos corrigir isso se tivermos uma política de governo, no qual os Estados tenham uma garantia de retorno da arrecadação em investimentos. Então teria que se criar essa política e lutarmos para isso”, disse.

Rabaiolli destacou que a Fetrancesc se preocupa com a situação há muito tempo e relembra o estudo apresentado pela federação sobre os impactos dos congestionamentos na BR-101, entre Criciúma e Navegantes, na atividade do Transporte Rodoviário de Cargas. “Fizemos um estudo na BR-101 para conhecermos os impactos na travessia da Grande Florianópolis, Itapema, Balneário Camboriú e Itajaí, até chegar em Navegantes. Naquela oportunidade identificamos que em grande parte do trecho estudado nós percorremos a 39 km/h, metade da velocidade que poderíamos percorrer se tivéssemos rodovias sem gargalos de congestionamentos, então com certeza é um sério problema e esperamos que agora com o Deputado Federal, Carlos Chiodini, com a Comissão de Transportes e Infraestrutura, e o senador Dário Berger, como presidente da comissão de Infraestrutura no Senado, nós possamos realmente ter mais recursos destinados a essas grandes obras de Santa Catarina”.

Em 2020, o Estado enviou a Brasília R$ 69,8 bilhões de reais em impostos. Apesar disso, os investimentos da esfera federal em infraestrutura no Estado somaram R$ 471 milhões, enquanto segundo a Agenda Estratégica, editada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), são necessários 1,47 bilhão por ano. “Com esse montante apontado no documento, seria possível, em pouco tempo, concluir as obras estratégicas federais do Estado, como as BRs 470, 163, 282, 280, acessos aos portos e aeroportos e até avançar com os projetos de ferrovias”, explica o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

A carência de investimentos em infraestrutura não é um problema restrito a Santa Catarina. “O Brasil investe em infraestrutura menos da metade do que é necessário, assim, o país tem uma defasagem de 20 a 40 anos no desenvolvimento do setor, em especial no que diz respeito a rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, energia, saneamento e mobilidade urbana”, afirmou o senador Dário Berger, em sua primeira participação nas reuniões das duas instâncias desde que assumiu a presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, em 24 de fevereiro.

O encontro on-line também contou com a participação dos dois senadores catarinenses – Esperidião Amin e Jorginho Mello –, além do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) em Santa Catarina, Ronaldo Carioni, e do caminhoneiro autônomo Janderson Maçaneiro.

Os parlamentares destacaram a aprovação, por meio da comissão presidida por Berger, de duas emendas ao orçamento da União que destinam recursos a trechos catarinenses das BRs 470 (R$ 123 milhões) e 163 (R$ 100 milhões).

O caminhoneiro autônomo Janderson Maçaneiro apresentou a visão do seu segmento a respeito das questões de transporte.

Com informações da Fiesc

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