A livre concorrência é fundamental na promoção da competitividade. Por esta e outras razões, a Tabela de Frete é um tema que divide opiniões. Na tarde desta quarta-feira, 18 de julho, o assunto pautou a reunião da Câmara de Transporte e Logística (CTL) da Fiesc, em Florianópolis.
“A tabela apresentada pela ANTT demonstra valores que, enquanto para as cargas lotação são benéficos, para as fracionadas prejudicam. Além disso, gera desequilíbrio no preço dos fretes se considerarmos a complexidade das cargas”, comentou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli.
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Ele explicou que, em uma conta prática, na tabela publicada no dia 30 de maio, para uma viagem de 501 a 600 km de distância em um veículo de 3 eixos, uma carga geral custaria R$ 0,98 km/eixo enquanto uma de produtos perigosos seria R$ 0,65 km/eixo e a carga frigorificada R$ 0,69 km/eixo.
Ainda durante a reunião da CTL, Rabaiolli falou que a Tabela de Frete promoverá inflação na atividade do transporte, o que vai refletir no consumidor final. “Ela veio para solucionar a defasagem do frete, que já é antigo em virtude da grande oferta de caminhões de quando a economia estava aquecida, mas vai acabar gerando problemas”, acrescentou ao comentar o desenrolar da greve.
Opinião que foi concordada pelo gerente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Álvaro Capagro. “Não precisa ser especialista no transporte para entender que a tabela atual tem incoerência”, disse. Capagro esclareceu a dificuldade para editar a primeira tabela. “Nós tivemos cinco dias para elaborar e, por inviabilidade de tempo, foi dispensado o processo de participação social por meio jurídico”, acrescentou.
Meio Ambiente – Eficiência logística e energética são o foco do Programa Logística Verde Brasil, apresentado durante a reunião da CTL. O objetivo do projeto é obter práticas que reduzam os custos do transporte e contribuam para o meio ambiente, garantindo certificações às empresas.
Porto de Itajaí – Para cada U$ 1 investido em estrutura no Porto de Itajaí, U$ 200 voltam para a região onde ele está instalado. Isso foi o que apontou o superintendente do Porto, Marcelo Salles, durante o encontro, ao apresentar a realidade das obras estruturais que estão sendo feitas no local e as perspectivas.
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