Santa Catarina, segundo pesquisa divulgada recentemente pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) e realizada pelo Departamento de Custos Operacionais (DECOPE), acumulou 35% de queda no volume de cargas durante o período de isolamento devido ao coronavírus (COVID-19). O cenário teve uma pequena melhora em relação à última pesquisa, que mostrava 42,8%, graças ao retorno de alguns serviços liberados pelo governo.
O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, avaliou a situação no Estado. “Nós estamos cumprindo rotas e percursos com um terço da capacidade de veículo, 50% da capacidade de veículo, dependendo da região. Sabemos que nosso trabalho é fundamental, pois é uma atividade essencial e precisamos garantir o abastecimento do País, entretanto é preciso de um respaldo para poder funcionar, que está voltando gradualmente”, afirmou.
Os dados apurados de 13 a 19 de abril mostram que a redução em alguns estados foi bastante expressiva, como é o caso do Maranhão (75%), seguido de Mato Grosso (52,8%) e de Mato Grosso do Sul (51,2%). O transporte rodoviário internacional de cargas, que já vinha sofrendo antes da crise, também caiu cerca de 61%.
O percentual de empresas que tiveram queda significativa no faturamento ainda revela que saltou de 66% na primeira semana de acompanhamento para 89%.
Para o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, ainda não é possível prever até quando continuará a crise. “Temos acompanhado e passado as informações para órgãos governamentais para que eles fiquem por dentro de como as empresas de transporte de cargas estão sendo atingidas e para que nos ajudem com as demandas que temos apresentado, como a abertura de crédito para capital de giro com prazos maiores, suspensão de impostos e de contribuições e a suspensão dos vencimentos dos financiamentos junto ao BNDES enquanto durar o estado de calamidade. Desde o início, assumimos o compromisso de não parar o abastecimento das cidades e estamos cumprindo, fazendo nossa parte, uma vez que fomos reconhecidos por decreto como atividade essencial”, destacou.
A pesquisa também aponta redução de 47,58% para as cargas fracionadas e 43,34% nas cargas de lotação.
Durante todo o período de extensão da pandemia, a entidade permanecerá acompanhando a baixa no volume de cargas até que tudo volte à normalidade.
Acesse à pesquisa na íntegra.