A Confederação Nacional de Transporte (CNT), o Instituto de Transporte e Logística (ITL) e o SEST SENAT estão sob nova batuta. O empresário mineiro do transporte de cargas Vander Costa – eleito em fevereiro, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da CNT – tomou posse nesta quinta-feira, 21 de março, em Brasília (DF), para comandar as entidades pelos próximos quatro anos.
Vander Costa respira o transporte desde a infância e, agora, vive a expectativa de estar à frente dessas instituições e de tocar o legado do presidente Clésio Andrade. Preparado, ele tem clara a ideia de que a rota para o Brasil inaugurar uma nova era de desenvolvimento, geração de empregos e distribuição de riquezas passa, invariavelmente, pelo investimento em infraestrutura. “A CNT tem papel estratégico na formatação desses projetos e no convencimento dos governantes”, diz ele.
Para destravar, no curto prazo, os investimentos na área, o novo presidente fala da necessidade de “abrir os caminhos para a maior participação do setor privado” e de haver uma regulação responsável. “Se quisermos atrair investidores, precisamos expor, de maneira clara e objetiva, as regras do jogo, garantindo segurança jurídica”, afirma.
Costa também não vê com bons olhos o atual modelo de outorgas praticado nas concessões do transporte, com altos valores, o que, na visão dele, onera as operações e atrasa o desenvolvimento econômico.
Sobre a inédita atmosfera política por que passa o país, Costa considera acertada a agenda reformista encampada pelo governo Bolsonaro, com a reforma da Previdência na linha de frente, mas critica a marginalização da política enquanto instrumento de uma democracia representativa.
Ele entende que velhos e viciados hábitos decorrentes do presidencialismo de coalizão devam ser suprimidos, porém, defende o diálogo permanente com todos os setores para se chegar aos melhores denominadores comuns.
Exclusivo: novo presidente da CNT fala sobre ações da gestão 2019-2023