Venda de caminhões usados cai no 1º semestre de 2022; entenda os motivos

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Venda de caminhões usados cai no 1º semestre de 2022; entenda os motivos

Foto: Volvo/Divulgação

A venda de caminhões usados caiu 23,6% no primeiro semestre de 2022. No total, foram 153.623 unidades comercializadas em lojas multimarcas entre janeiro e junho.

De acordo com o Estadão, o número representa 47.391 a menos que nos seis primeiros meses de 2021, conforme dados da Federação Nacioinal das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), que reúne as associações de empresas do setor.

Da mesma forma, houve também queda nas vendas em junho. Segundo a Fenauto, o número representa 1,75 a menos em comparação aos 30.402 caminhões vendidos em maio. Além disso, houve também redução na comparação com junho de 2021, ou seja, quando 37.624 unidades foram vendidas e resultadeo uma retração de 20,6%.

O presidente da Fenauto, Enilson Sales, afirmou para a reportagem do Estadão que a queda tem relação com a “acomodação do mercado de usados”. Ele diz ainda que isso é normal após o período de alta demanda.

Mesmo assim, os caminhões usados mais transferidos foram:

– Ford Carga: 11.885;
– Ford F-4000: 8.014;
– Volvo FH: 7.413.

Juros altos impactam venda de caminhões usados

Sales acredita que a retração está diretamente ligada ao desabastecimento e alta nos preços de veículos usados. Além disso, aponta que a alta taxa de juros como um complicador e que auxiliou na queda nas operações de financiamento, afirma.

Segundo dados da B3, o número de negócios envolvendo pagamento a prazo recuou 12,6% no acumulado de janeiro a junho de 2022. No entanto, o presidente da federação afirma que a tendência é de alta no segundo semestre.

“Historicamente, o mercado fica mais aquecido a partir de julho. O Brasil funciona mais rápido neste período do ano”, afirma.

Apesar disso, Enilson Sales avalia que há muitas incertezas no horizonte. Entre eles, a possibilidade de falta de abastecimento, inflalão e alta de juros podem impactar o setor. No entanto, caso o cenário continue, a queda de caminhões usados seguirá.

Fonte: Estadão

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