A Petrobras anunciou o aumento do preço da gasolina e do diesel. Isso significa elevação do preço na bomba, escalada nos custos da atividade do transporte, repasse no preço do frete. Sobe também o preço do produto final na prateleira do supermercado e da farmácia, apertando ainda mais o orçamento do consumidor.
É inevitável. Esse é o efeito cascata real de quando há elevação no preço do combustível. O impacto não é apenas na hora de abastecer. E a consciência social adotada pelas pessoas é fundamental para que seja assimilada essa cadeia de composição de tudo o que é consumido.
Os quase 25% de elevação no preço do óleo diesel, 18,8% na gasolina e 16% no gás de cozinha causam sequela irreparável para o cidadão, principalmente para a parcela da população brasileira que possui rendimento mensal de um salário mínimo.
Nessa série de sobe e desce nos preços, tudo o que o brasileiro quer é a tal estabilidade de preços. Além disso, o Sistema Fetrancesc entende ser inadmissível a distorção de a estatal, que detém monopólio da atividade no Brasil, definir seus próprios preços, sem concorrência direta. A entidade defende, ainda, que este controle, assim como nos setores de energia e telecomunicações, deveria estar nas mãos da agência reguladora do segmento, a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Enquanto o cenário não se estabiliza, o Sistema Fetrancesc, Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística (NTC&Logística) seguem defendendo os interesses do transportador, em busca de melhores condições para as empresas. Entre as medidas urgentes, o inevitável repasse imediato para equilíbrio do preço do frete.
Ari Rabaiolli
Presidente da Fetrancesc