Segurança, saúde e emprego eram as três primeiras das quatro prioridades do eleitor nos anos de 2010 e 2014. A quarta era educação. “E o mais interessante é que a educação resolveria todos os três primeiros”, comentou o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, durante a última reunião do Conselho de Governança do Movimento Santa Catarina pela Educação.
O encontro foi na tarde desta quinta-feira, 16 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc), e reuniu lideranças que integram o Projeto. Foi, fundamentalmente, um momento para documentar todas as ações promovidas em 2017, quando a temática abordada foi Professor, e apresentar as metas para 2018, cujo foco será a educação em tempo integral.
Somente neste ano, segundo o diretor-executivo do Movimento, Antônio Carradore, foram investidos U$ 150 000 para capacitação de professores por meio de uma parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fiesc, Secretaria do Estado de Educação e Instituto Ayrton Senna.
Além disso, todas as ações deram destaque para o estudante em toda a sua amplitude. Porque “desenvolvimento profissional não é simplesmente ter um aluno que só tira nota dez. Não basta apenas o cognitivo. É preciso fazer a diferença, trabalhar de forma colaborativa e atender às demandas que o século XXI exige”, salientou o consultor do Projeto, Mozart Neves Ramos.
Todos os investimentos do Movimento SC pela Educação em 2017 fundamentaram as ações previstas para 2018, quando a meta será de educação em tempo integral. Se o Estado encerra este ano com 15 escolas em 14 municípios funcionando em dois turnos, para o próximo deverão ser acrescidas outras 22 unidades de ensino, pela previsão do projeto.
Só que “antes de vendermos qualquer projeto, nós temos que comprar”, defendeu o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, durante a reunião. Ele falou que “investimos constantemente em qualificação e motivamos os nossos colaboradores, tanto do SEST SENAT, quanto da Fetrancesc, da Transpocred e, inclusive sugerimos às empresas que façam isso com seus colaboradores, para se manterem em constante desenvolvimento profissional e pessoal”.
Câmaras Regionais – Durante a reunião, vice-presidentes da Fiesc relataram ações que mobilizaram a comunidade em suas respectivas regiões. As Câmaras Regionais do Movimento realizaram mais de 700 ações ao longo do ano, relacionadas à articulação institucional, elevação da escolaridade básica e educação profissional do trabalhador, mobilização das famílias e de milhares de voluntários, formação de gestores e envolvimento dos jovens com a educação, entre outros.
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O olhar dos jovens sobre a educação catarinense – Durante a reunião foi lançado o documento “O olhar dos jovens sobre a educação catarinense”. O material elenca as conclusões do Workshop Conexão Jovem, realizado em todas as regiões do Estado com a participação de mais de 3,7 mil pessoas, que resultou na publicação. Entre os pontos mais importantes do material, destacaram-se aproximar a família da escola, conscientizá-la da importância de acompanhar a vida escolar dos filhos e inserir o uso de tecnologias educacionais que promovam a interação entre alunos, tendo o professor como mediador.
No levantamento, os jovens apontam dez proposições para a educação. Eles querem aprender resolvendo problemas, colocando a mão na massa e tendo uma atuação mais participativa. Também querem saber mais sobre temas que os preparem melhor para o mundo do trabalho, como empreendedorismo, gestão, liderança e profissões do futuro. Citam o uso de metodologias inovadoras para e aprendizado com foco na resolução de problemas.
O documento será disponibilizado para instituições responsáveis pela definição de políticas públicas, em especial para a Secretaria de Estado da Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Estadual de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação, Conselho Nacional de Educação, Ministério da Educação e Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado.
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