Pesquisa aponta defasagem de quase 21% no frete rodoviário

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Pesquisa aponta defasagem de quase 21% no frete rodoviário

 

Paulo Simioni, Ari Rabaiolli, Osmar Labes, José Hélio Fernandes e Urubatan Helou (presidente e vice da NTC), Riberto Lima e Osni Roman

Pesquisa nacional realizada em agosto de 2017 pela NTC&Logística em colaboração com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), envolvendo 2.290 empresas apontou uma defasagem da ordem de 20,89% na carga lotação e 7,72% na carga fracionada com relação ao frete rodoviário praticado. O estudo foi divulgado durante a realização do CONET (Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado) que ocorre no Rio de Janeiro. O presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli; o vice-presidente regional da Fetrancesc, Paulo Simioni; o presidente do SETRAM, Riberto Lima; o presidente do Setcesc, Osmar Labes; e o presidente da Coopercarga, Osni Roman, participam do evento.

Estas defasagens foram calculadas comparando-se os valores das planilhas referenciais de custos da NTC&Logística, que não incluem impostos e margem de lucro, com os fretes médios praticados pelas empresas pesquisadas. O valor do frete caiu em média 2,98%.

A pesquisa, que revela a situação das empresas transportadoras no primeiro semestre de 2017, apontou ainda que houve uma queda no faturamento em 70,5% com uma redução na receita de 10,32%. Além disso, 91% das empresas diminuíram de tamanho
e 54,7% das empresas tem recebido frete com atraso.

Segundo a pesquisa, alguns fatores contribuíram para tal situação. Em primeiro lugar, estão os aumentos de custos, especialmente, as majorações nos últimos 12 meses de salários que chegaram a 4,00%, combustível 4,25%, despesas administrativas 9,20%, manutenção 6,58%, veículo 5,61% e a lavagem 8,40%.

Contribuem também o baixo volume de carga, provocada pela situação econômica por que passa o país. O aumento do roubo de carga na região metropolitana do Rio de Janeiro, mas não estando restrita a somente ela. É sempre importante destacar a existência dos riscos suportados pelas empresas e que necessitam ser cobertos conforme a especificidade do serviço e da carga, como é o caso do frete valor, GRIS – Gerenciamento de Risco, generalidades como a Taxa de Restrição de Trânsito – TRT, dentre outras, inclusive as de caráter emergencial e transitório como é o caso da EMEX – Emergência Excepcional, criadas para cobrirem os custos decorrentes da situação de falta de segurança, escoltas urbanas, aumento no valor da cobertura securitária e das restrições impostas a prestação de serviço de transporte.

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