SC demanda R$ 2,8 bi para obras de infraestrutura rodoviária, diz FIESC

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SC demanda R$ 2,8 bi para obras de infraestrutura rodoviária, diz FIESC

Tarcísio Vizzotto e Dagnor Schneider em evento – Foto: FETRANCESC

Santa Catarina demanda, por ano, até 2021, investimento de R$ 5,1 bilhões, entre recursos federais e estaduais, para manter e ampliar a infraestrutura de transporte nos modais rodoviário (R$ 2,85 bilhões), ferroviário (R$ 1,8 bilhão), aeroviário (R$ 95,5 milhões) e aquaviário (R$ 342,6 milhões), mostra a Agenda Estratégica da Indústria para a Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense. O documento foi lançado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), na segunda-feira (11), em Florianópolis. O vice-presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, e o 2º vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Oeste e Meio Oeste Catarinense (Setcom), Tarcísio Vizzotto, participaram do evento.

O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, destacou que as demandas são grandes e o Estado terá que fazer um esforço, nos próximos anos, maior do que tem feito até agora para melhorar a infraestrutura de transporte, colocando-a em condições compatíveis com a força da economia e a contribuição que o Estado dá ao desenvolvimento do País. “Sabemos que o transporte é fator essencial para a melhoria da competitividade de todos os atores do sistema produtivo de qualquer atividade. Os custos logísticos representam uma parcela importante do custo da indústria. Por falta de recursos há uma inibição grande da diversificação da nossa matriz de transporte”, avaliou.

FOTO: FIESC

Em Santa Catarina, o modal rodoviário responde por 68,7% da matriz de transporte, seguido por aquaviário (18,6%), ferroviário (9,7%), dutoviário (2,9%) e aeroviário (0,1%).

Conforme o trabalho da FIESC, para ampliar a capacidade das estradas e para realizar as manutenções de rotina são necessários R$ R$ 2,85 bilhões por ano, até 2021, sendo R$ 1,55 bilhão nos trechos federais e R$ 1,3 bilhão nos estaduais. Esses investimentos são para aplicar em rodovias que já existem, mas em sua maioria opera acima da capacidade ou em condições precárias.

Dentre as propostas que a instituição faz para o segmento rodoviário estão a garantia de investimentos no Programa de Conservação, Restauração e Manutenção das rodovias (CREMA, do governo federal) para as BRs 470, 282, 153, 158 e 163. Além disso, a instituição defende recursos para duplicação e pavimentação das BRs 470, 280 e 285. No encontro, também foi destacada a BR-282 e a importância de realizar um estudo para a logística da cadeia de suprimento e distribuição da indústria do Oeste catarinense, com eixos de suprimentos e distribuição, alternativas de suprimento de grãos e armazenagem. Para as estradas estaduais, a sugestão é criar um programa, com pequenas concessões, para garantir a manutenção e restauração.

O sistema Monitora FIESC acompanha 60 obras federais e estaduais de transporte no Estado que somam 7 bilhões em investimentos. Desse total, quase 60% estão com o prazo expirado ou com o andamento comprometido. No caso das rodovias, a entidade acompanha 36 obras (R$ 5,4 bilhões), das quais, 58,4% têm o prazo expirado ou o andamento comprometido.

No Orçamento Geral da União para o período de 2007 a 2016 estavam previstos R$ 11,9 bilhões para investimento em obras de transporte em Santa Catarina. Contudo, foram efetivamente executados R$ 5,7 bilhões, sendo que 51 % desse total foram aplicados na duplicação da BR-101 Sul.

Custos logísticos

Durante o evento foi apresentada pesquisa que revela que o custo logístico em Santa Catarina segue acima da média nacional. O trabalho, feito pela FIESC em parceria com a UFSC, mostra que o custo logístico representa 13% do faturamento da empresa. Estudo sobre custos logísticos brasileiros, feito pela Fundação Dom Cabral (2015), aponta que em nível nacional esse valor é de 11,73%. A pesquisa da Federação foi realizada em 2017, com a participação de 49 empresas que respondem por 19% do PIB industrial do Estado.

Com informações da FIESC

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