Passo a passo, item após item o custo de uma viagem foi fragmentado em planilha para identificar “pontos de fuga” de recursos financeiros. As ferramentas de projeção de custos operacionais do TRC (Transporte Rodoviário de Cargas), foram apresentadas durante reunião da Câmara Temática Frigorificada, realizada no Sitran Chapecó. A CTF é órgão contributivo ao setor, criado pela Fetrancesc (Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina).
Nada pode fugir ao controle e, com poucas exceções, todos os componentes que determinam o custo da viagem de um caminhão, podem ter valor reduzido. Foi o que disse Carlos Augusto Silveira, aos transportadores do Oeste. Ele é professor de Logística e Comércio Exterior na Univale, em Itajaí. Veio a Chapecó apresentar cálculos para o levantamento e custos do transporte frigorífico, no encontro aberto pelo presidente do Sitran, Deneraci Perin e conduzido pelos coordenadores da Câmara Temática, Luiz Alberto Framento e Edson Tresing.
Didático ao extremo, Carlos Augusto simulou uma viagem Chapecó/São Paulo mostrando aos transportadores o que pode ser feito para baixar custos, envolvendo práticas de fácil assimilação e plenamente exequíveis. “Tudo depende apenas de eficiente gestão”, falou, para dizer que a redução pode ser feita com recursos humanos e técnicos disponíveis na empresa e não há segredo. Essencialmente “basta que o transportador se disponha a negociar com os fornecedores”, além de dar aproveitamento às parcerias mantidas pela Fetrancesc.
Gestão administrativa – A manutenção e crescimento da empresa, porém, requerem metodologias estratégicas envolvendo custo, espaço e tempo. “Cada um deve saber comprar, consumir e produzir”, orientou. O procedimento básico está no redimensionamento de custos para pulverizar despesas, um dos princípios fundamentais à solidez do empreendimento. O professor insistiu que conveniente modelo de gestão de frete é, além de uma necessidade, uma exigência para manter a funcionalidade empresarial com vida saudável. Carlos Augusto foi decisivo em sua argumentação: “sem gestão ninguém sobrevive no mercado”.
Concorrência – Os coordenadores Framento e Tresing reforçaram a necessidade de o setor promover e sustentar “permanente unidade” comportamento que reflete a verdadeira importância do segmento no contexto econômico/social do grande Oeste. Desaprovaram a concorrência depredatória que condena a política “da boa vizinhança”. Cada transportador tem o legítimo direito de defender seus interesses, mas o conjunto deve “manter discurso uniforme”, entendem os empresários.