Fórum Parlamentar Catarinense debate com empresários soluções para minimizar impactos da greve dos caminhoneiros

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Fórum Parlamentar Catarinense debate com empresários soluções para minimizar impactos da greve dos caminhoneiros

Fotos: Assessoria de Comunicação/Fetrancesc

Lideranças catarinenses debateram nesta segunda-feira, 4 de junho, propostas para minimizar os impactos sofridos por Santa Catarina com a paralisação dos caminhoneiros. O encontro, proposto pelo deputado federal e coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Jorginho Mello, aconteceu na sede da Fiesc, em Florianópolis.

Participaram do debate todos os presidentes das entidades que integram o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem/SC), deputados federais e senadores da bancada catarinense, além de representantes da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e secretários de Estado que atuaram no comitê de crise do Governo.

Mello alertou que a medida do governo federal de reduzir o preço do óleo diesel pode gerar aumento de tributos para cobrir esse custo. “A preocupação é que não se cobre mais de quem produz e trabalha nesse Brasil”, declarou, defendendo que seja colocada em pauta a reforma tributária. “Seria o momento de pautar”, afirmou ao observar que o tema foi sugerido ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, por sua vez, alertou aos parlamentares presentes para o “cumprimento das ações propostas pelo Governo, para que não haja novo movimento”. Ele salientou a importância da atuação conjunta da Defesa Civil com as polícias de Santa Catarina para desmobilizar a greve.

No encontro, ficou decidido que o Cofem enviará para o Fórum uma proposta com sugestões de ações para o período pós-greve.

A greve para as empresas do Transporte Rodoviário de Cargas – “Nestes dias em que as nossas empresas pararam, literalmente, as atividades, registramos uma redução de 35% a 40% no faturamento, que ainda não é possível precisar em reais”, salientou o presidente da Fetrancesc, Ari Rabaiolli, durante a reunião.

Ele destacou que as empresas não optaram por parar os caminhões, “elas foram obrigadas porque muitas tiveram veículos e colaboradores trancados em bloqueios. Da minha empresa, por exemplo, foram três casos”.

Os reflexos desta queda no faturamento, estimou o líder do TRC, serão digeridos ao longo do ano, senão por mais tempo. No entanto, ele acredita que as medidas tomadas pelo Governo Federal e Estadual, especialmente a abertura dos parlamentares para diálogo, como o que ocorreu com o Fórum Parlamentar, serão fundamentais para minimizar estes impactos.

Rabaiolli também falou sobre a Tabela de Preços Mínimos do Transporte e fez críticas às multas aplicadas aos caminhões que estavam trancados em bloqueios. “Muitos estavam lá porque não conseguiam passar. E, neste caso, há de se considerar que foi injusto. Já estamos atuando para tentar reverter a situação nestas situações”, garantiu.

A greve para a indústria – No encontro, o 1º vice-presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, apresentou pesquisa feita pela entidade que mostra que a paralisação dos caminhoneiros afetou intensamente 70% das indústrias consultadas. Conforme o levantamento, realizado com 905 empresas, quase metade delas estimam prejuízos de pelo menos 20% do faturamento mensal. “A greve trouxe sérios danos à economia e à sociedade. Em conjunto precisamos encontrar mecanismos para minimizar os impactos”, declarou.

O que disseram os outros parlamentares?

“Precisamos formalizar as demandas. Entre elas, linhas de crédito e parcelamento de tributos. Tem que ir para a pauta da Câmara”
Deputada Carmen Zanotto

“Mudem os políticos, mas sem política não há solução”
Deputado Esperidião Amin

“A situação do Brasil hoje é de insolvência. Ou nos unimos ou a crise só vai piorar”
Senador Dário Berger

“As consequências das paralisações ficaram e não sei por quanto tempo vão permanecer se não construirmos alternativas”
Senador Dalirio Beber

“Penso que o Fórum Parlamentar vai ter que agir e não sozinho. O governo federal tem mecanismos para resolver esse problema”
Senador Paulo Bauer

Com informações: Assessoria de Imprensa Fiesc

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