São José do Cerrito, 8.3.06 – Três quilômetros. Essa é distância que separa a população de São José do Cerrito de ver o sonho de mais de 40 anos realizado: ter acesso asfáltico com Lages, via BR-282, um percurso de 32 quilômetros, 29 deles já executados. As obras estão sendo executadas pelo 10º Batalhão de Engenharia de Construção do Exército (BEC), que espera terminar os trabalhos até os primeiros dias de abril. “Acredito que logo nos primeiros dias de abril estaremos com o cronograma de trabalho concluÃdo”, comenta o comandante do 10º BEC, tenente-coronel Daniel de Almeida Dantas.
Mas o comandante faz uma ressalva. Um trecho de aproximadamente 400 metros, logo após a ponte sobre o rio Passo Fundo, não irá receber o asfalto. No local há um barranco que necessita da colocação de um gabião (estrutura formada por telas de arame e pedras que impede o desmoronamento), mas como esse item não estava incluso no orçamento da obra, não será realizado agora. “Não adianta colocar o asfalto nesse trecho e depois, na hora de fazer o gabião, ter de destrui-lo”, analisa Dantas. “Também não temos recursos para concluir obras como a colocação de uma segunda camada de asfalto, que dará mais durabilidade ao piso, assim como a cerca de proteção na faixa de domÃnio da rodovia. Para realizar esses itens, são necessários mais recursos”, alerta o comandante.
Se a ligação com Lages já está praticamente concluÃda, o mesmo não se pode dizer da continuidade da BR-282, que está sem asfalto. Isso porque, há cerca de três anos, o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou superfaturamento em três trechos da rodovia de Cerrito a Vargem, de Vargem a Campos Novos e de DionÃsio Cerqueira a ParaÃso – este último no Extremo-oeste catarinense – e solicitou o embargo da obra e o fim do repasse de recursos.
No final do ano passado, a empresa ARG, responsável pelos trabalhos, e o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), chegaram a um acordo, intermediado pelo Ministério Público Federal (MPF). Apesar de não haver mais empecilhos de ordem judicial, a continuidade dos trabalhos depende de recursos federais e não existe uma data para o reinÃcio da obra. Fonte: A NotÃcia
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